parte X

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Antes.

Asher.

Como todos os outros dias de festa da galera eu costumava beber muito, nesta não foi diferente. Eu gostava de fazer festa na casa da Estela por que eu podia beber a vontade, gozar com ela e na manhã seguinte não ter que enfrentar meu pai ou alguém da minha família me enchendo o saco. A festa ia bem até o sem noção do Calebe querer dar uma de bonzão em cima do Jordan. Ele não tinha noção de como me irritava a sua insistente vontade de se aparecer para os meus amigos.

Me aproximei dele, na varanda e o vi conversando com o Jordan, como eu queria socar a cara dele agora. 

- Ei, Jordanzinho.... vai ver se a Estela está por ai e diz para ela que eu já to precisando levar ela pro banheiro...

Apertei o volume que a adrenalina e a bebida deixaram na minha calça e pedi que ele saísse. Ele não o fez e então eu insisti e o puxei pelo braço.

- Jordanzinho... eu não vou pedir de novo... eu preciso ter uma conversa com o Calebe aqui...

Ele se manteve imóvel, acuado, com medo com certeza. Calebe se virou para sair mas eu o impedi.

- É rapido Calebe, eu prometo.

Jordan enfim se virou contra mim mas ainda não saiu. Coloquei minha mão no pescoço dele, pelas costas e o puxei, forçando que ele saísse. Ele fez cara de dor e Calebe se pôs para defender o amigo. Engraçado, Calebe acha que pode fazer alguma coisa ainda.

Ele deu um passo a frente, para cima de mim e eu não contive. Larguei o pescoço de Jordan e empurrei Calebe contra alguém que estava atrás dele. De inicio eu não vi quem era, mas ao sentir o contato eu percebi que era Peter, escorrendo água. Ele se virou para ver oque houve com ele e riu. Calebe revidou contra mim e então com mais força eu o empurrei de volta. Seu pé deslizou sobre a poça que Peter formou no chão e ele escorreu para trás, a grade baixa da varanda não teve força para o segurar e ele caiu. Meu corpo tremeu nesse momento e minha única reação foi correr dali. Nunca pensei tão rápido. Meus órgãos estavam elétricos, agitados, quentes, teso. Eu queria extravasar aquilo tudo. Os olhos distantes de Peter chocaram ao meu, por um instante só havíamos nós ali. A música alta, o agito das conversas, tudo parecia ter sumido, até o primeiro som irromper o silêncio: um estrondo plástico e queda do corpo dentro da agua.

Me virei e sai, antes que eu mesmo pudesse perceber qualquer coisa. Ao tentar entrar no corredor escuro que eu via na minha frente, do lado da varanda, trombei com Laurel e fomos os dois apertados para o canto. 

Doce Laurel, aquele tesão que eu estava segurando disparou contra ela. Empurrei seu corpo contra a parede da dispensa. Ela não revidou, ela não acuou, ela queria aquilo tanto quanto eu queria. Puta, depois ela vai se fazer de sonsa para amiguinha que me quer.

Amarga Laurel, sua entrada estava tão quente quanto eu, ela com certeza queria aquilo. Não consegui segurar por muito tempo, meu corpo exalava adrenalina, descontrole. Aquilo facilitou minha vida, ela estava comigo, estávamos transando em um canto escuro, ninguém me viu empurrando Calebe. 

Terminei, gostoso suficiente para meu cérebro dissipar a energia. Tempo suficiente para me fazer pairar e só voltar quando senti Jordan me dar um puxão para sair dali.

Corri desajeito com ele até o carro que estava na frente da casa e zarparmos dali. Eu ainda não estava processando oque houve quando comecei a ouvir aos gritos dele contra mim.

- Que merda foi essa Asher? Hein? Que merda foi oque você fez?

Eu não estava entendendo direito de qual parte ele estava falando mas prossegui ouvindo.

Destroyed SecretsOnde histórias criam vida. Descubra agora