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 Nas ruas cinzentas de uma cidade chuvosa um pequeno garoto caminhava sem rumo, tinha cabelos longos e castanhos, vestia uma roupa branca e esfarrapada,e segurava firmemente um único papel, o qual estava plastificado então a chuva não o rasgava, simplesmente vagava por aí sem nenhum propósito. Já tarde da noite, exausto, faminto e com frio, o pequeno sentou-se em um beco e encolheu-se, com olhos cheios d'água. A rua principal, a qual o garoto detinha visão era bem silenciosa e vazia, de dentro de uma das casas dali, saiu dois homens, um mais alto e forte, e o outro mais miúdo, ao lado de uma garota loira, Rachel, com sacos pretos nas mãos.

Os meninos seguiram o caminho deles, enquanto a moça direcionou-se para o beco, jogou o lixo fora, e percebeu simultaneamente a presença do garoto, como uma empreendedora hábil, qualquer situação é um passo para seu negócio, ela foi checar o garoto, com algumas palavras ela poderia torná-lo mercadoria.

-Ei, moço, o senhor está bem? -ela estende a mão para ajudá-lo a se levantar e ele aceita, ela consegue dar uma boa avaliada no rosto do garoto, que apesar de sujo era belo, quando o menino se levantou observou todo o seu corpo, era magro, e parecia ser frágil, com uns tratos ele poderia lucrar até que bem.

-O-brigado.

-Não a de que. O que está fazendo aqui? Quem é você?

-Eu não sei, eu não me lembro. -com toda a inocência o garoto respondia-a.

-Neste caso, quer vir comigo? Posso te oferecer um pouco de comida, banho e roupas quentes, quem sabe se o senhor não se lembra de alguma coisa.

-Ta bom, obrigado.

Eles entram naquela casa, que lembrava um escritório, a entrada era como uma recepção, em uma das portas a esquerda um banheiro, na outra um escritório principal, nas portas do lado direito uma cozinha, e na outra um quarto que lembrava um camarim, com espelhos e maquiagens, e dentro deste cômodo mais um toilet, bem ao fundo uma porta que levava a um quarto cheio de beliches, sem ventilação quase nenhuma, ambiente completamente insalubre.

Rachel levou o menino para o camarim, forneceu-lhe roupas e pediu para que ele fosse se banhar, enquanto a mesma preparava algo para eles comerem.

Depois de cuidar do moreno, ela decidiu iniciar um interrogatório.

-Então como se chama?

-Eu não sei, mas talvez tenha alguma informação nisso daqui. -ele entrega o papel que estava segurando.

-Humm... -lendo. -Esse é seu registro geral, Baam, seu documento, sua identificação.

-O que isso quer dizer?

-Aqui está contendo seu nome, sua idade, as coisas que você não sabia sobre você.

-Então qual meu nome? Minha idade?

-Você se chama Baam, tem 24 anos. -os olhos de Baam brilham ao saber de coisas tão pequenas, mas que para ele, naquele momento era tudo, -Nem adianta eu perguntar sobre família ou virginidade a esse ignorante, não sabia nem o próprio nome, vou vendê-lo como virgem se tudo der certo. -ela pensou. -Baam, você se lembra de algo, de como veio para aqui, por que estava no meio da rua?

-Não me lembro de nada, senhora.

-Me chame de Rachel, certo?

-Certo.

-Baam, o que acha de vir morar comigo?

-Eu adoraria.

-Vamos indo agora mesmo, vou te levar até o carro.

A moça pede para que o garoto espere um pouco dentro do carro enquanto ela realiza algumas ligações aos seus funcionários, ela diz que se ausentará um pouco. Depois eles partem para uma viagem para uma cidade no interior, onde vão até a casa de Rachel, um sobrado bem grande no topo de uma colina, bem afastado do centro.

Eu Vou Te Salvar-{Khun x Baam}Onde histórias criam vida. Descubra agora