Eu Vou Te Salvar-{Khun x Baam}

08

 O encontro entre os três acabou tão subitamente e melancólico, mesmo que disfarçado, assim como começou.

Khun saiu do carro em uma esquina diferente da que foi pego, mas mesmo assim perto de onde seu próprio automóvel estava estacionado; despediu-se dos morenos e a ponto de caminhar para longe, Baam abaixou o vidro da janela e puxou a barra da blusa do azulado.

—Tchau. —ele disse com uma voz falha. —Obrigado por hoje. —seu sorriso soou como um pedido de ajuda, e seus olhos âmbar davam um adeus tristonho.

—Tchau. —Agero respondeu com o timbre mais doce que conseguiu soltar de sua garganta. —Nos veremos em breve. —sorriu com ternura e deu as costas seguindo seu próprio caminho.

Agnis cerrou os punhos fortemente sentindo seu peito doer. Seu corpo pesou muito, seus pés pareciam que não levantavam-se mais do chão para caminhar normalmente, suas pernas não estavam firmes como deveriam. Chegou ao carro exausto, como se tivesse corrido longas distâncias, suspirou e dirigiu até o apartamento.

Sua mente gritava que ele tinha que agir logo, deveria salvar aquele jovem. Sua parte racional não compreendia o porquê de tamanha comoção, mas no fundo ele se enxergava naquele menino, sua pena não era puro altruísmo, esse aspecto não condizia mais com sua personalidade, mas sim porque sentiu como se essa atitude salvasse ele mesmo do passado, ou foi o que acreditou.

[***]

Enquanto isso Ship estava a devolver Baam, novamente, ele usando seu codinome Jung-seo.

—Lembra-se da proposta que lhe fiz há um tempo? —ele perguntou engrossando a voz para parecer mais autoritário.

—Sim. —a loira respondeu sem muita vontade. —Sobre Baam, certo?

—Precisamente. —sacou de seu bolso um monte de notas grandes com alto valor, porém falsas. —Pago-lhe tudo em dinheiro vivo.

A moça encarou fixamente as notas, já que era um um bom negócio.

—Vejo que está muito interessado no menino. —riu debochada. —Deveria consumir mais de quem o senhor já comprou.

—O meu uso deles não dizem ao seu respeito. —rebateu firme.

—Tem razão. —deu os ombros. —Sua proposta foi muito tentadora, realmente, mas vou ter que recusar. —ela caminhou até o balcão e revirou alguns papéis. —Mas já que está tão interessado, vá ao meu leilão que acontecerá daqui um mês. —entregou a ele um convite. —Aí está o horário e a localização, com isso você terá o acesso mais rápido e privilegiado. —em nenhum momento a mulher tirou o sorriso cínico de seus lábios.

—Estarei lá. —o moreno virou as costas e saiu um pouco apressado.

Leesoo correu até o carro para efetuar uma ligação de emergência ao seu comparsa, avisar sobre as informações do leilão e que fracassou em conseguir o menino de maneira justa, mesmo que com dinheiro falsificado era ainda sim mais honesto do que sequestrar a "mercadoria", além de que o alertou que não tinha mais nem horários para sair com ele nos dias seguintes.

O homem do outro lado da linha estava com as sobrancelhas tão franzidas de irritação que parecia que elas poderiam se juntar com somente um pouco mais de esforço.

Infelizmente não tinha tantos meios a se recorrer a não ser esperar o dia do tal evento, cogitaram a possibilidade de executar um plano traiçoeiro e fora das regras, mas colocando tudo em uma balança era um risco desnecessário e complicado demais para ousarem tentar.

A problemática que começou a atormentar a mente do azulado foi a questão financeira, decidiu recorrer à renda mais recente que tinha conseguido no tribunal. Realizou em alguns dias ligações com sua advogada para ver quando era possível realizar as primeiras transações; em poucas horas milagrosamente o banco disponibilizou todo o necessário e, já que Khun podia ser tudo menos burro, iniciou investimentos de retorno rápido.