Trinta e Dois

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"Pode me dizer mas que porra está fazendo aqui?" - perguntava para Peter que procurava alguma coisa em minha cozinha

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"Pode me dizer mas que porra está fazendo aqui?" - perguntava para Peter que procurava alguma coisa em minha cozinha.

"Me dá um pano, estou pingando sangue" - o mesmo demonstrava um pouco de desespero em sua voz.

O que tinha acontecido com ele, o por que a sua cara estava jorrando sangue e o por que ele estava aqui?

"Pode nos explicar o que está acontecendo, Peter?" - pergunto trêmula de saber a sua resposta.

Ao encontrar o pano, ele limpa o excesso que estava em sua cara. Vejo com mais detalhe seu nariz sangrando e em sua sobrancelha havia um corte por conta do piercing.

"Meu pai, ele enlouqueceu de vez" - diz pressionando o tecido sobre o machucado - "O Calvin ia me procurar na fraternidade. Aqui será impossível de me achar" - diz ele e juro como achei melhor se ele não tivesse contado.

Me preocupou o tratamento que Calvin Turner tinha com seu filho.

"Mas por que ele bateu em você?" - Emma estava perturbada ao encontrar Peter daquele estado.

"Porque eu disse que não voltaria pra faculdade" - diz ele indo em direção ao meu quarto.

"Ei! O que você vai fazer aí?" - pergunto indo atrás do mesmo.

Encontro Peter retirando sua camiseta branca. Me deparo com o seu tanquinho e a barriga coberta de tatuagens.

"Tem alguma blusa que possa me emprestar? A minha está suja de sangue" - o mesmo mostra em suas mãos a camiseta com os pingos vermelhos.

Peter era com toda certeza um garoto muito problemático. Resolvi parar de admirar suas tatuagens e então o ajudar.

O entreguei a maior blusa que tinha. Havia desenhos de Rock e apenas a usava para ficar dentro de casa. Mesmo sendo a maior de todas as minhas blusas, ainda sim ficou apertada em seu porte musculoso.

"Valeu" - o mesmo solta um sorrisinho quando vê seu reflexo pelo espelho com a camisa já posta.

"Tá, mas agora o que você vai fazer para fugir dele?" - Emma pergunta com curiosidade em seu olhar.

"Gata, eu não sei, sinceramente" - o mesmo estando na pior situação, não perdia fazer um flerte se quer.

Ele nos analisou pela primeira vez de baixo para cima com o fardamento da escola.

"Eles deixam vocês usarem essa mini saia na Constance?" - ele aponta para nosso fardamento - "Por que não era assim no meu tempo na Jude's?" - pergunta incrédulo.

"Foca, Peter. O que você vai fazer com o seu pai maluco?" - pergunto encucada com seu relacionamento paterno.

"Nada. Aquele cara não tem salvação" - diz ele saindo de meu quarto indo em direção à sala novamente, onde o seguimos atrás - "Ele bloqueou todos os meus cartões e mandou uns três seguranças virem atrás de mim"

"Devo me preocupar?" - sério, acho que devia. Peter era filho de um dos homens mais poderosos, e estava em nossa residência.

"Sinceramente, o máximo que ele vai querer fazer quando te ver, é te comer" - diz ele pegando uma das maçãs da bancada e arrancando um pedaço. Fico constrangida com a resposta e o mesmo percebe dando um riso - "Eu estou brincando"

Depois disso, ele segura sua mochila que trouxe quando chegou, e então abre a porta.

"Ah, depois volto para te devolver a camisa" - diz ele saindo do apartamento.

"Espera, para onde está indo?" - pergunto, já que o mesmo não tinha lugar para ficar.

"Eu estava indo comprar alguma ervinha e depois via onde ia passar a noite" - aquele cara era o verdadeiro significado de sem limites.

"Então dorme aqui" - Emma diz fazendo com que Peter fique parado enquanto olha diretamente para ela. Troco olhares com Emma de como ela era altamente impulsiva - "Quer dizer, passa algumas noites aqui até você ver o que faz" - diz ela dando os ombros.

"Caralho gracinha, não sabia que era tão generosa assim" - diz ele voltando com sua mochila.

"O que? O cara está sem teto" - a diz murmurando em meu ouvido enquanto observávamos o mesmo se instalar na sala - "Tadinho" - a diz percebendo seu rosto todo marcado.

Reviro os olhos já sabendo que seria mais problema pra gente. Contanto que o contato com os outros três ainda for nulo, será ótimo pra gente.

"Você pode ficar no quarto de hóspedes" - digo enquanto apontava para o local. Emma olha para mim já convencida de que o mesmo moraria com a gente por um tempo.

Peter nos levou para uma viagem à Miami, acho que isso seria um mínimo gesto de contribuição.


As horas haviam se passado e Peter permanecia trancado em seu quarto. Não queríamos o perturbar, já que deveria ter tido um dia cheio.

Emma e eu optamos por dormir na mesma cama hoje, já que ficaríamos antenadas a cada passo que o Peter dava, já que não confiávamos mais em nenhum deles quatro.

A verdade é que depois daquela noite, Christopher me fez sentir muito culpada, já que havíamos tido uma noite maravilhosa, mas lembro que o Chris não deixava de ser o Chris. Lá dentro ainda continuava sendo o garoto maldoso e sarcástico.

Matthew, por outro lado, me provou o contrário. Ele foi malvado me tratar nos últimos acontecimentos daquele jeito por se sentir rejeitado, mas no fundo, sei que ainda continuava sendo um garoto doce.

De repente, a porta foi aberta de uma vez só. Peter apareceu com a mesma roupa de hoje mais cedo. Ficamos impressionadas com a sua aparição e então o mesmo se pronuncia.

"Eu não vou dormir agora. Então, se vocês não se incomodam, vou passar o resto da noite aqui" - diz ele se sentando na poltrona de frente para a cama onde Emma e eu estávamos. Ele começa a nos encarar cruzando suas pernas apoiadas em nossa cama.

Não levava a sério esse momento, Emma começou a gargalhar.

"Quer que eu vá aí fazer com que você pare de rir?" - Peter tinha um dom de flertar naturalmente.

"Boa noite, Turner" - ela falou já cobrindo seu corpo com o cobertor grosso.

Babys, babys e babys

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Babys, babys e babys. Matei a curiosidade de vocês. Atém em breve pêssegos.

Agradecendo pelos 6K!

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