Quarenta e Três

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"Entra" - Chris diz dando-me passagem para a casa

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"Entra" - Chris diz dando-me passagem para a casa. A estranho pois estava silenciosa demais. Geralmente a encontrava com muita baderna (ou era as músicas de Rock de Peter, ou era Harry discutindo com alguém).

"Onde estão os meninos?" - pergunto validando o ambiente como mais agradável do que o costume. Volto meu olhar para Christopher, que despertava-se com as mãos para o alto, onde aparece um pequeno trecho de sua barriga. Gostava de reparar em sua tatuagem de leão. Qual seria o significado dela: temido, feroz, selvagem?

"Foram comprar bebida" - típico - "Mas sobrou uma na geladeira, você quer?" - dizia enquanto se direcionava para buscá-la. Então, recusei.

"Não precisa fingir bons modos para mim" - diz distribuindo-me uma piscadela colocando a bebida em minha mão.

Motivos para procurar Christopher Foster, primeiro que seria como forma de retaliação do que Matthew fez, onde seu ponto fraco era bem evidente, Chris e eu.

Outro motivo? Já estou farta de renegar infinitas vezes de que não sentia nada pelo mesmo, sendo que todas as vezes, sem exceção alguma, sentia um tremor dentro de mim quando ele se aproxima, e essa foi a oportunidade perfeita de aproveitar isso.

"Veio fazer o que aqui?" - estava de frente para mim com uma mão no bolso e outro segurando sua bebida. O olhar predominava semicerrado. Porra, para de me olhar assim.

"Estava com saudade" - digo sem dúvida alguma por puro impulso e descaso. Ao raciocinar essas três palavras de minha boca, percebo que foi uma das melhores coisas que já o direcionei. O mesmo solta algumas gargalhadas estupidamente sarcásticas fazendo-me encolher.

"Coincidência decidir aparecer aqui quando Matthew está viajando" - Chris não é bobo.

Fico descabida com a situação, apenas o encaro com meus olhos franzidos esperando palavras sair de minha boca, mas não saem.

"Hanna, só vai embora" - seu semblante muda para desprezo ao se deparar com a situação que o direcionei. Ser tratado como segunda opção não era seu ponto forte.

"Chris, não é isso o que você está pensando" - não era mesmo, só um pouquinho. Apenas juntei o útil ao agradável, o encontrá-lo de maneira que não me sinta culpada.

"De que você não vai arranjar alguém melhor do que eu? Não, não é mesmo o que estou pensando" - dizia com sua ironia a todo vapor. Como poderia ser tão irritante, e ao mesmo tempo atraente?

Apenas bato o pé por ter achado que mudaria o seu comportamento, mas não, ele seria muito cabeça dura para isso.

Vou em direção ao final da casa pronta para esperar um táxi a qualquer instante. Olho pela ultima vez, e Chris ainda continua firme em sua decisão, filho da mãe.


Passaram-se vinte minutos em frente à sua porta e sequer algum táxi aparecer. Ensinamento da noite, nunca confiar-se sem carona, e a bônus, nunca faça Chris se sentir usado.

Bato a porta, essa seria a única opção, e juro que não estava nem um pouco feliz de bater naquela casa novamente. O mesmo ainda me recebe de braços cruzados e seus olhos estreitamente julgadores.

"Pode me dar carona?" - nessa vida já havia passado humilhação demais, já bastava. Christopher solta um sorrisinho incrédulo, e então, me observa novamente com aquela roupa, cujo estava mais vulgar do que das outras vezes.

"Sério isso Hanna?" - ele bate a porta por trás enquanto mantinha aquela cara de intimidador.

"Acredite, vir te pedir isso foi minha última opção" - digo revirando os olhos para o lado.

Escuto o barulho do carro ser destravado em nossa frente, enquanto o mesmo ainda continuava com seus olhos fixados diretamente a mim. O mesmo se aproxima e pude sentir o hálito de licor. Me arrepio, me estremeço, sinto o seu perfume forte.

"Não vai se acostumando, está bem?" - ele fez aquilo de novo, aquilo de mexer com todos os meus "divertidamentes" em uma só tacada.

Não digo nada, o meu comportamento já era o bastante para ele entender que não me acostumaria toda a vez com sua presença de perto.


Me apoio na janela do carro. Aquele congestionamento fazia qualquer pessoa perder a cabeça. Cada segundo dentro daquele automóvel tornou-se desconfortável ao lado dele pelo simples fato de estarmos calados a todo instante.

Havia um certo anseio meu do trânsito não demorar, mas acho bem improvável. Via Chris já impaciente com tal situação. Buzinas, xingamentos, sinais vermelhos. Nova York e suas dificuldades.

De repente, aparece uma brecha à rua do lado, limpa, tranquila e sem carro algum. Já era de se imaginar que Chris manobra sua BMW de uma só vez para ela.

"Mudança de planos" - dizia exalando sua autoconfiança com suas habilidades no volante.

"O que quer dizer?" - pergunto enquanto Christopher acelerava seu carro a todo instante.

"Quero dizer que" - direciona o seu olhar até mim - "Hoje é o seu dia de sorte" - seria um comportamento falho meu se quisesse o desvendar.

Atravessamos uma estreita rua onde ficava um pouco mais distante que Milan, e ali já sabia que não voltaria para casa agora.


"Sabe que eu sou de menor" - digo enquanto o mesmo estaciona em um bar nas proximidades de West Side. Chris me analisa de maneira breve com minhas roupas encurtadas e então há um semblante de aprovação.

"Dá pra enganar" - diz dando-me um sorriso travesso.

Minha única opção foi sair do automóvel, já que o mesmo não mudaria de opinião por motivo algum. Sentamos em uma mesa próximo a mesa de sinuca. Observava o local mais afundo, tons mais escuros com balcão cheio de bebidas e pessoas mais velhas.

Chris pede uma porção de batatas fritas e um hambúrguer para mim enquanto o mesmo me acompanha com whisky e gelo.

"Se me levou aqui para me tratar como criança, não vou ficar" - encaro seus olhos verdes e ardentes enquanto o mesmo me cerrava decodificando o meu comportamento astucioso.

"Dois shots por favor" - diz dirigindo a palavra até o garçom ainda não desviando o seu olhar. Estava me desafiando.

Haha, matei a curiosidade de vocês? Me digam por favor do que estão achando

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Haha, matei a curiosidade de vocês? Me digam por favor do que estão achando. Espero estarem bem, beijos!

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