𝙎𝙃𝙐𝙉𝙏𝘼𝙍𝙊 𝘾𝙃𝙄𝙎𝙃𝙄𝙔𝘼 (𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍)

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-Talvez eu tenha ganhado o que eu merecia, mas o que é de vocês está guardado

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-Talvez eu tenha ganhado o que eu merecia, mas o que é de vocês está guardado.

Eu sentia as mãos daquele porcos passarem pelo meu corpo ao me amarrar em uma cadeira. Meu estado não estava um dos melhores, minha consciência voltou rapidamente e eu sentia meu corpo todo dolorido.

Os membros da milícia me deixaram trancada em um dos quartos - muita sorte minha pelo fato que simplesmente poderiam ter me matado. Uma fita estava sob minha boca e eu não tinha muito o que fazer a não ser esperar.

O tempo parecia ter parado, tudo estava em um completo silêncio até um som alto de tiros ecoar pelos corredores e o barulho de gritos e pessoas correndo por todo lado. Minha mente entrou em um leve pânico e meus olhos se arrecadaram quando a porta do quarto foi arrombada e Usagi e Arisu passaram por ela.

Eles tiraram a fita da minha boca e eu deixar um suspiro aliviado agradecendo os dois.

-Como conseguiram me encontrar? - eu pergunto me soltando das cordas. - e que merda tá acontecendo?!

-Nos seguimos os milicianos quando te pegaram

-E nós temos que jogar. Toma - Arisu diz me entregando um celular, o tempo para completar o jogo era de uma hora e o que me deixou ainda mais surpresa era o nível do jogo.

Copas.

-O objetivo do jogo obviamente é sobreviver mas como consequência você tem que matar ao menos duas pessoas para sair ilesa e fugir desse lugar.

Bom, pela situação atual e desde a morte do chapeleiro as coisas na praia havia saido dos eixos. Os milicianos não perderiam a chance de matar a todos, a única coisa a se fazer é encontar uma maneira de vencer o jogo.

Mas eu precisava fazer outra coisa no momento e eu não perderia essa chance.

-Vocês podem ir eu preciso resolver algo, se algum de nós sobreviver nos encontramos lá fora.

-Tá louca?! Você nem mesmo tem uma arma! - Usagi diz assim que eu começo a me afastar.

-Já disse que eu vejo vocês lá fora - quando eu estava prestes a ir para a direção contrária meu pulso é agarrado me fazendo parar de imediato.

-Aqui, pega isso - O moreno me estende uma faca de caça colocando nas minhas mãos antes de se afastar. -Você vai precisar.

Eu aceno com a cabeça com um sorriso mínimo logo correndo pelos corredores me esquivando e tentando a todo custo evitar a milícia. Minhas chances de passar por eles era zero, eu não comseguria os vencer apenas como uma faca mas eu precisava de uma vítima; qualquer pessoa.

Eu segurava o cabo da faca com força enquanto olhava incansavelmente por todos os lados, desviando de corpos caídos no chão, eu consegui chegar até o lado de fora. Já havia se passado no mínimo meia hora e eu estava indo bem por não ter encontrado ninguém ainda.

Não podia arriscar dar de cara com os milicianos.

Do lado de fora o caos se alastrava ainda mais, corpos de pessoas estavam sendo carregados e sendo jogados na fogueira. O número de pessoas haviam se diminuindo bruscamente.

Precisava a todo custo pegar aquela carta, aquele loiro desgraçado é esperto mas seu único erro foi me subestimar.

O som de tiros próximos fez meu coração acelerar com força dentro do peito, eu me escondi atrás de um pilar segurando a faca com força, eu tranquei minha respiração assim que o homem passou por mim em um pico de adrenalina eu pulei em suas costas prendendo sua cintura com minhas pernas e cravando a lâmina da faca em seu pescoço.

O chão e as paredes próximas estavam pintadas de sangue assim como minhas mãos, o homem caiu morto enquanto eu me levantava correndo para longe dali.

Dez minutos restantes.

Conforme eu me aproximava mais para dentro do hotel era possível notar uma quantidade excessiva de fumaça vindo de algum lugar abaixo, não demoraria muito para aquele lugar estar completamente em chamas.

-Cadê esse filho da puta?

Eu não podia deixar minha guarda baixa principalmente quando meu alvo era Chishiya, matar ele não seria uma opção mas eu o faria pagar por ter agido tão baixo assim.

-[Nome], que surpresa você continuar viva.

Meu corpo paralisou por um segundo até reconhecer aquela maldita voz, eu me virei vendo o loiro escorado em um dos pilares enquando sorria. Cínico de merda.

- Pra sua felicidade ou não, eu estou - sorriso falsamente em sua direção o vendo revirar os olhos.

-Por quê continua aqui dentro? O tempo do jogo está no fim, nessa hora já encontraram a bruxa.

Meus olhos estavam presos no seu, sem nenhuma emoção presente, por um momento eu queria ter acreditado que aquilo não tivesse acontecido. Mas eu estava com raiva o suficiente para não demostrar nenhuma fraqueza em sua frente.
Eu sabia muito bem que era exatamente isso o que ele queria, pensar que eu não tinha forças ou coragem para tentar algo consigo.

Você mexeu com a mulher errada 'amorzinho'.

Eu rio sem humor de sua fala me aproximando lentamente de si, ele não move um músculo e nossas respirações estavam quase se misturando. E pensar que eu estava quase sentindo algo por esse maluco.
Em um movimento rápido eu o prenso na parede enquanto deixava minha faca em seu pescoço, nenhum de nós quebramos contato e seus olhos diziam por si que ele não estava nem um pouco assustado.

Eu sorri.

-Sabe..desde o momento em que nos falamos pela primeira vez e não eu não estou falando sobre "esse mundo" você sabe muito bem - sorrio com a memória de alguns anos atrás - Eu sempre odiei o tipo de pessoa que se acha esperto em usar outras de forma tão baixa para conseguir as coisas e você é exatamente esse tipo de pessoa.
Você pode até ser um bom jogador Chishiya, mas como ser humano..você é uma pessoa de merda.

A cada palavra dita era como um sussurro saindo de meus lábios, e um peso de minhas costas.

-Vai me matar aqui?

Sua fala me fez rir alto antes de responder, ele não tinha mais o sorrisinho escroto de sempre.

-Nah isso seria muito pouco pelo o que você me fez passar, mas fique sabendo de uma coisa, isso tudo ainda não acabou. Você vai pagar muito caro e ainda melhor, eu vou estar assistindo tudo da mesma forma e que você estava.

Eu sorri pela última vez antes me afastar, eu caminhei em direção a saída enquanto a voz robótica anunciava o término do jogo.

Aquele lugar era como um castelo de cartas e agora ele estava no chão em completa ruína com todos observando.

Dez de copas.

Um sorriso malicioso se fez em meus lábios enquanto eu segurava a carta com força.

Você vai pagar caro Chishiya, muito caro.

𝐀𝐋𝐈𝐂𝐄 𝐈𝐍 𝐁𝐎𝐑𝐃𝐄𝐑𝐋𝐀𝐍𝐃, imaginesOnde histórias criam vida. Descubra agora