10.

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Eu queria gritar, aquilo que estava vendo eu não poderia acreditar.

Várias borboletas nas cores amarelo e rosa, sobrevoavam a sala de jantar, eu não sabia o que falar para o homem que amo, a minha frente, só sei que estava sorrindo largamente.

- E aí gostou? – Perguntou ele, me tirando de meus devaneios e admiração.

- É magnífico... Mas, como sabia que eu estaria aqui... – Ele sorriu de lado e falou:

- Tenho minhas fontes. – Sorri ao lembrar-me de quem ele se referia.

- Mai e Dul. – Sorri e ele concordou.

- Vem, preparei mais uma surpresa. – Me estendeu seu braço e eu o tomei.

- Acho que vou enfartar. – Coloquei a minha mão livre no meu peito, sorri quando ele gargalhou.

Demos alguns passos em direção a área externa atrás do chalé, onde algumas velas iluminavam o caminho de pedras, minunciosamente colocadas, sorri ao perceber isso, meus olhos se arregalaram quando vi uma banda de mariachis, tocando uma música conhecida por mim, mais a frente uma mesa com dois lugares um de frente para o outro, com um vaso uma pequena vela cor de rosa no iluminava a mesma.

Poncho puxou a minha cadeira e sentei-me logo ele sentou-se em minha frente, logo um empregado nos entregou a entrada, que comemos normalmente até seu celular tocar e o mesmo trazer para a mesma.

- Eu preciso atender, é do conselho. – Assenti e Poncho se afastou, vi que ele estava demorando e comecei a comer, pois de fato estava com fome. Assim que acabo o que estava em meu prato, Alfonso logo retorna, com uma expressão nada boa.

- Está tudo bem? – Indaguei-o, mesmo sabendo que não estava.

- Não, mas vai ficar. – Respondeu-me com um sorriso mínimo.

- Então, o que está acontecendo. – Ele suspirou.

- Eu preciso ir para o castelo, tem alguma coisa errada com os números de transportes que irão levar algumas crianças até Barcelona, para um passeio escolar e eu preciso realmente ver isso. – O olhei com um olhar tranquilizador.

- Tudo bem, pode ir. – Sorri para ele que retribuiu. – Também vou adiantar algumas coisas que precisaria fazer amanhã.

- Tudo bem, então vamos? – Assenti positivamente, ele levantou me ajudou a sair da cadeira, como um perfeito cavalheiro.

Depois de mais ou menos meia hora, chegamos no palacete de minha avó, dei-lhe um beijo casto, quando estava quase saindo ele me puxou novamente para o carro e me deu mais um beijo, mas dessa vez com pegada, me fazendo arfar, nos separamos por falta de ar.

- Nos vemos amanhã? – Ele me perguntou e eu assenti positivamente, com um sorriso no rosto.

Depois de esperar o veículo se afastar dos portões, adentrei a casa de vovó e me deparei com uma cena muito fofo, Maite estava de conversas e risos com Levy, se não soubesse o que aconteceu com eles há alguns dias atrás eu acharia isso meio estranho ou que ele estava apenas querendo usá-la.

Flashback on

- Anahí. – Uma voz masculina me chamou, olhei para trás e dei de cara com Willian, tenho certeza que fiz uma carranca, pois dois dias atrás ele tentou me beijar.

Estava na sala de visitas lendo, não tinha nada marcado hoje, era como se fosse uma tarde de folga de minhas aulas e dos compromissos da coroa.

- O que você quer? – Perguntei com um tom grosseiro.

- Hey! Calma, abaixe as armas... Só queria te perguntar uma coisa. – Falou inocentemente, sorri de lado pelas suas palavras. – Bom, gostaria de saber se a Maite gosta de dar passeios? – Franzi o cenho com sua curiosidade repentina.

- Hmmm, ela gosta sim, mas por quê? – Indaguei-o.

- Por nada, só queria saber mesmo, vou indo. – Ele começou a sair e mandei ele parar.

- Pode parar aí, o que você quer com ela?

- Eu... Nada, só queria saber. – Deu de ombros, analisei-o

- Pode me contar essa história direito. – Cruzei meus braços na altura do peito.

- Bom... Eu talvez possa estar gostando dela. – Eu não acredito nisso.

- Aiii minha nossa, você está apaixonado por ela! – Eu gritei.

- Shiuu, por favor. – Advertiu-me.

- Desculpa... – Fiz uma fisionomia de criança inocente.

- Eu também quero te pedir desculpas por aquele dia, eu estava fazendo o que ... – Ele deixou morrer o assunto como se estivesse se arrependido do que estava dizendo.

Flashback off

- Hey! Vocês dois... – Chamei a atenção de ambos para mim. – Tem um motel perto da saída de Andorra. – Sorri zombeteira para eles que em sincronia reviraram os olhos.

- Como foi o jantar? – Perguntou-me Maite, esperançosa.

- Não teve jantar. – Dei de ombros e comecei a subir os degraus da escada que me levava ao meu quarto.

- Como assim? – Disse ela atrás de mim.

- Alfonso recebeu uma ligação de não sei quem, pois a contagem dos ônibus que levariam as crianças para Barcelona, não estava fechando com a quantia que eles pediram. – Adentrei meu quarto e ela também, notei que havia abandonada o Levy.

- Ahh entendi. Mas, outros jantares virão e nada vai os atrapalhar. – Ela sorriu e me abraçou logo retribui. Maite se tornou uma melhor amiga para mim sempre me entendo e me dando ótimos conselhos quando preciso. – Bom, vou deixar você descansar que amanhã o dia será longo.

Ela saiu do meu quarto e eu fui para o closet tirar minha roupa para tomar um banho rápido, feito isso, vesti uma camisola preta curta, pois a noite estava um pouco quente, embrenhei-me nas cobertas e logo me deixei levar pelo sono. 

O PRÍNCIPE DO LESTE - O CASAMENTO REALOnde histórias criam vida. Descubra agora