3- Dente

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Um mês e meio depois

Louis entrou de mansinho no quarto do filho para ver o que ele estava fazendo. Depois do lanchinho da tarde, Tommy decidiu que não queria ver desenho animado e que queria ficar no seu próprio quarto, sozinho. Louis não questionou, ajudou-o no banho e o deixou sozinho no próprio quarto. Harry fora tirar uma soneca, já que estava de folga naquele dia e Louis fora tentar escrever mais uma coluna, porém, ficou entediado.

Depois de alguns minutos, o homem de olhos azuis decidiu ver o que o filho estava fazendo. Ele parou à porta do quarto do menino e o viu deitado de barriga pra baixo, desenhando em seu caderninho especial com suas canetinhas em seu encalço. Ele sempre era fofo, mas agora ele está passando dos limites. Suas sobrancelhas estavam franzidas e a ponta da sua língua estava entre os lábios, em concentração. A coisa mais fofa que Louis já vira. Não tarda do em tirar mais fotos com seu telefone.

Louis aproximou-se sem fazer barulho e sentou-se ao lado do menino, sorrindo para o mesmo, que deu um gritinho e levou um pequeno susto. Louis riu da careta que o menino fez, mesmo achando extremamente fofa.

- Papai! - o menino protestou. - Você me assustou.

- Desculpe, querido - acariciou os leves cachos do menino, observando o que o mesmo desenhava: - O que você está desenhando?

- É a nossa família! - Exclamou e mostrou melhor o desenho para o pai. Haviam três bonequinhos de mãos dadas, os da lateral maiores que o do meio; como uma escadinha. Louis sorriu genuinamente para o menino. Ele mal pode acreditar como esse menino consegue mexer com seu coração. Basta apenas olhar para o filho que ele já sente lotes de amor invadindo seu corpo. Às vezes ele tem vontade de abraçá-lo e nunca mais soltar. Ele só quer ficar abraçado com o seu menino e protegê-lo de tudo e de todos. Louis ainda não se recuperou completamente do susto do episódio quando o menino nasceu e acha que nunca vai se recuperar. Quer dizer, é o seu bebê! Ninguém pode julgá-lo.

- Esse aqui é você? - perguntou, apontando para o bonequinho menor e o menino riu:

- Sim. E esse é você e esse outro é o papai Harry - disse, indicando cada boneco no desenho.

- Está lindo, meu amor - beijou a testa do filho. - Papai pode ter esse lá na sua coleção? - Perguntou, referindo-se a coleção de desenhos do filho lá no seu "escritório". A pouco tempo atrás, antes de Louis inaugurar definitivamente o "escritório" no quartinho dos fundos, ele pediu para o filho sugestões sobre o que pôr nas paredes. O menino decidiu que ele mesmo montaria um papel de parede para o pai, feito de seus próprios desenhos. 

Eles mesmo colaram os papéis até a metade da parede - que é até onde eles conseguiram alcançar. Agora, sempre que Tommy faz um desenho novo, Louis pendura na parede do seu escritório. Isso definitivamente o ajuda na hora de escrever sobre sua família. Dá-lhe forças e inspiração na hora de desanimo e tristeza.

- Tudo bem, mas eu ainda não terminei - o menino disse.

- Então tá bom. - levantou-se. - Papai vai deixar você terminar, ok? - beijou o filho novamente e deixou o quarto.

Ele caminhou para o seu próprio quarto, deitando-se ao lado do marido na cama. Ele não pretendia dormir e deixar o seu filho sozinho, mas infelizmente, não dá pra controlar esse tipo de coisa.

xxx

No dia seguinte

Louis acabara de sair do banho, com uma toalha enrolada em sua cintura e olhou para o relógio no criado mudo, ao lado de sua cama. Já está quase na hora de Harry chegar com Thomas e ele ainda precisa preparar lanches para os dois. 

Pretty Little Family | Book 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora