18- Cantinho de Amor

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Na manhã seguinte

Harry estava no banheiro e Louis estava na cama com a filha descansando em seu peito. Johanne não estava dormindo, no entanto. Ela estava quietinha olhando para seu papai com seus olhos azuis enormes, idênticos aos de seu irmão mais velho, Thomas. Ela já estava se acostumando com as feições de seus pais, irmão e familiares, observando tudo atentamente, como a garotinha esperta que é. 

Louis estava cansado por ter acordado cedo para alimentá-la, já que Harry pegou no sono e não conseguia acordar. Mas ele sabe que o marido está muito mais cansado do que ele, por ter ficado acordando de três em três horas durante a noite, sem contar com as vezes em que ela sujou a fralda e Harry se levantou para limpar.

Louis é muito grato por ter Harry em sua vida, de verdade. Não consegue imaginar qualquer outro alfa que faça o que Harry faz pela família deles sem usar o argumento "isso é função do ômega". 

Quando Harry saiu do banheiro, ele tinha metade da blusa molhada, com aparência de que fora retorcida e espremida muitas vezes. A pequena Joh vomitou em toda a sua roupa durante a madrugada e Louis riu um pouquinho, antes de ficar morrendo de pena do marido. 

- Eu estou fedendo a cocô, vômito e até um pouquinho de cecê. - Harry disse, fazendo uma careta e Louis riu. 

- Você pode ir pra casa se quiser, amor. - Louis sugeriu. - Mamãe está vindo hoje novamente daqui a algumas horas, nós vamos ficar bem. 

- Ah Lou - ele fez um biquinho e Louis o puxou pela camisa molhada para beijar-lhe os lábios. - Eu não quero ir pra casa sem você. 

- Nós vamos sair daqui em pouco tempo, bobo. - riu. - Vá para casa, tome um banho relaxante na nossa banheira e volte bem cheiroso para mim, hum? - murmurou contra os lábios do marido, que sorriu. 

- Você está me enchotando daqui só porque estou fedido, é isso? - perguntou, fingindo estar ofendido. 

- Talvez. - Louis empinou o nariz e riu novamente, fazendo a menina resmungar pelos movimentos em sua barriga. - Uh, amorzinho, me desculpe. - beijou a testa da filha e repousou o nariz ali, inalando seu cheirinho de neném. 

- Tudo bem. - Harry disse e beijou a testa do marido. - Eu não vou demorar, ok? Você quer que eu traga algo de casa? 

- Não, mamãe já trouxe tudo o que eu precisava. Obrigado. - sorriu e puxou o marido para um beijo rápido. - Eu te amo. 

- Eu também te amo, lindo. - beijou-lhe novamente e deu um beijinho na testa da filha. - Papai já volta, meu bebê. 

Quando Harry deixou o quarto, Louis olhou para sua menina e sorriu para ela. A garotinha mantinha sua mãozinha na boca e Louis se perguntou se ela estaria com fome. Porém, ainda faltava um pouco mais de meia hora para sua próxima mamada, então ele não se preocupou. 

- Você gostou do seu irmãozinho, babe? - perguntou e a menina o fitava atentamente. - Ele adorou você, amor. Queria até te levar pra casa ontem mesmo. - riu e deu um beijinho na testa da menina. Já ia começar a conversar com ela novamente, mas ouviu um barulho na porta e levantou o olhar em tempo de ver uma enfermeira ruiva entrando no quarto, uma que ele não tinha visto antes.

Louis sentiu um desconforto na presença da mulher e ajustou melhor sua menina em seu peito, segurando-a firmemente. Achou estranho uma enfermeira diferente aquela altura do campeonato, uma inclusive que ele sequer tinha visto antes no hospital e olha que Louis passou muito tempo naquele hospital.

- Bom dia. - ela disse, sorrindo. Ela parecia muito confiante ao perceber que o ômega estava sozinho. - Eu sou a enfermeira Calder, mas você pode me chamar de Christina. 

Pretty Little Family | Book 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora