⇾ʜᴀᴘᴘʏ ▏Outer Banks

𝐏𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐝𝐨𝐢𝐬

Mayse Mancini

Acordo com alguns barulhos de notificação. Me viro para o lado contrário tentando voltar a dormir, o céu ainda está escuro.

O barulho de mais mensagens chegando começa a me incomodar. Me viro e pego meu celular e clico em uma notificação qualquer. Todas elas são mensagens de Pope.

“Bom diaaaa”

“Vamos acordarrr?? Vamoss!!”

“Bora pro John B. Logo passo ai para te buscar.”

“May?????”

“Eu estou saindo de casa, espero que esteja pronta.” recebido há cinco minutos.

“Ok, eu realmente estou saindo agora e você nem visualizou as minhas mensagens.”

“MAYSEEEEEE” 

Dou risada e mando uma mensagem falando que já estou pronta. Me levanto e coloco uma roupa leve, a previsão é que será um dia muito quente. Pego minha mochila que já está com o que preciso para passar o dia e desço as escadas lentamente. 

Abro a porta da frente com o mínimo barulho possível e saio para a rua. Logo a caminhonete do pai de Pope estaciona e eu entro rapidamente. 

 ― Pensei que teria que acordar seus pais. ― Pope fala assim que entro no carro. 

 ― E eu pensei que você estaria no John B. ― ele franze a testa.

― Por que eu estaria no John B? ― abro a boca para falar, mas prefiro ficar quieta. 

Isso quer dizer que o JJ mentiu para mim. 

― Só pensei. Você está quase sempre lá. ― dou de ombros. 

― Certo. Se eu não te conhecesse eu acreditaria. O que aconteceu? 

― JJ saiu daqui ontem a noite falando que era a noite dos meninos, mas pelo jeito não é verdade. 

― Talvez fosse algo só dele e do John B? Você sabe que eles resolvem fazer loucuras do nada. ― concordo e fico em silêncio. Vejo que Pope me olha rapidamente e volta o olhar para a estrada. ― Se você acha que tem algo errado, fale com ele. 

― Eu já falei. Ele nem me olha. ― olho para Pope. ― Ele não sustenta o olhar no meu por mais de cinco segundos. 

― Você sabe que o JJ tem fases, sabe disso melhor que ninguém. Deve estar acontecendo alguma coisa e ele não sabe como falar. 

― Ele sempre falou comigo, Pope. Esse é o problema. Ele não fala mais comigo. Parece que sempre que está ao meu lado, é forçado. 

― Antes de qualquer coisa, o JJ te ama. Deve ter alguma razão para tudo isso.

― A razão pode ser outra pessoa. ― olho para a estrada e vejo que Pope está com o carro na velocidade mínima para dar tempo de conversarmos. 

― Eu realmente não sei o que te dizer. ― ele me olha. ― Desculpa.

― A culpa não é sua. ― encosto minha cabeça no banco e suspiro. ― Só estou com medo que tudo isso acabe. 

― Ele não vai terminar tudo com você. Olha tudo o que vocês já passaram juntos.

― O fim parece mais real do que nunca. 

― Ei, ei. Hoje vai ser um dia lindo, vamos aproveitá-lo e tudo vai estar bem logo. ― sorrio para ele.

Por mais que eu não acredite, e Pope também não. Sua voz está exitante demais para acreditar nas suas próprias palavras, espero que tudo fique bem.

Pope estaciona o carro na frente da casa de John B e o som de risadas enchem meus ouvidos. Nós nos aproximamos lentamente e vejo John B, JJ e… Kiara e Sarah. Todos dentro do barco rindo de algo. 

― Um lance dele e do John B? ― olho para Pope. 

― Relaxa. ― ele passa seu braço por cima dos meus ombros e nós caminhamos em direção ao barco. 

― Finalmente, pensei que não viriam. ― John B ergue os braços. ― Deviam ter vindo dormir aqui.

― Eu não sabia de nada. ― Pope tira seus braços de volta dos meus ombros e tira sua mochila jogando no barco. 

― Eu pedi para o JJ avisar. ― John B olha para JJ.

― Meu celular ficou sem bateria. ― ele nem mesmo me olha.

Reviro os olhos e entro no barco me sentando ao lado de Pope. Recebi alguns olhares questionadores de John B e Sarah, mas não me preocupo de olhá-los. 

― Ok, então vamos lá. ― John B fala e liga o barco.