⇾ʜᴀᴘᴘʏ ▏Outer Banks

𝐏𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐨𝐢𝐭𝐨

Mayse Mancini

J

á faz três dias que vi a Sarah. Os Pogues encheram meu celular de mensagens perguntando se tudo estava bem e porque não fui para o castelo nos últimos dias. Provavelmente a Sarah não falou nada sobre ela ter me contado. 

Dei algumas desculpas para os meus pais e não fui para a aula também. Definitivamente desapareci do mapa para todos. 

Ainda não consigo aceitar o fato de JJ estar apaixonado por outra pessoa… O que me dói mais que isso, é o fato dele não ter me contado. Outra pessoa teve que se meter na nossa história para me fazer descobrir a verdade. 

Talvez, se ele tivesse me contado, a dor não seria tão insuportável assim. 

Pego meu celular e ainda há mensagem chegando dos Pogues. Tanto individual, quanto no grupo. Abro as mensagens do grupo e vejo que a Kiara também está perguntando do Pope. 

Claro, o Pope. 

Fiquei tão focada no meu próprio sentimentos que não me lembrei do meu amigo. 

Já são 23 horas. Um péssimo horário para ir até a sua casa. Bloqueio meu telefone, agora está com o papel de parede de fábrica. Tirei recentemente a minha foto com o JJ. Tudo parece tão estranho…

― Podemos conversar? ― olho para a porta do meu quarto onde minha mãe está parada. 

― Se eu falar que não, adianta alguma coisa? ― ela ri.

― Não. ― ela vem até a minha cama e se senta. ― Quer me contar o que aconteceu? ― ela pega uma das fotos que está em cima da cama. 

― Não. 

― Eu e seu pai tivemos uma longa conversa de quem deveria vir aqui conversar com você. E decidimos que essa talvez fosse uma conversa de mulher, mas se quiser posso chamar o seu pai.

― Mãe, não tem o que falar. 

― Vocês terminaram?

― Não… mas ele gosta de outra. ― minha mãe abre a boca para falar, mas não fala. ― Tudo bem, não tem o que falar. 

― É, seu pai deveria ter vindo. ― nós duas rimos. ― Mas fique tranquila, meu amor. Um dia tudo isso vai passar. 

Meus olhos se enchem de lágrimas e eu não consigo conter o choro. Minha mãe me abraça e eu começo a chorar muito mais. Eu não sabia que precisava de um abraço, até minha mãe me abraçar. 

― Não vai passar. 

― Vai sim, meu amor. Agora pode parecer que não, mas vai. 

― Se você quiser, eu posso mandar dar um susto nele. ― meu pai fala enquanto se senta na cama.

― Não é para fazer nada. ― meus pais dão risada.

― Vai ficar tudo bem, eu te prometo. ― olho para o meu pai e concordo. 

― Quer dormir com a gente essa noite? ― minha mãe pergunta.

― O que? Claro que não. ― os dois dão risada.

― Amanhã você tem que ir para a escola. ― minha mãe fala.

― Enfrenta tudo de frente, não deixa as pessoas saberem o que está acontecendo. Finja que está tudo bem, ok? ― apenas olho para o meu pai. ― Essa é apenas a sua primeira desilusão amorosa.

― A primeira e a última. 

― Quer que a gente te leve amanhã para a escola? 

― Nem sei se vou.

― Vai sim. ― os dois falam juntos.