doze

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𝕻𝖆𝖗𝖎𝖘, 𝕱𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆

ANNA

— O que você tem? — Zaya se joga na cama, virando o corpo de frente para o meu.

— Nada. — Minto.

A verdade é que passei o dia pensativa, achando que fui muito dura com as palavras m relação a minha conversa com Neymar. Mas ao mesmo tempo que eu pensava nisso, sentia que era o certo.

Ignorei o fato de está sentindo saudades dele.

— Tem haver com a conversa que teve com o Neymar? — Pergunta curiosa.

— Sim. — Respondo baixo.

Zaya era quem mais sabia dos meus segredos e de tudo na minha vida. Nunca escondia nada dela, até porque, era impossível.

— Ô chocolate. — Me puxou para perto. — Porque não tenta conversar com ele de novo?

— Para que? — Questiono. — Nem ele sabe o que nós dois tínhamos ou temos, de confusa já basta eu.

— Anna, mesmo assim. — Diz. — Tá na cara que vocês se gostam, vocês tem química.

— O que adianta ter química e...

— Sem argumentos. — Pediu e me fez olhá-la. — Se você gosta dele, manda a real. Diz que a forma que está, te faz ficar confusa.

— Zaya...

— Explica as coisas da mesma forma que fez, quando perguntou o que tinham. — Me cortou, e continuou falando: — Se for recíproco, eu tenho certeza que ele irá falar. Vocês, são maduros e se ficar nessa criancice, vão tomar no cu. — A última parte disse em português.

Me puxou para deitar em seu peito outra vez e me aconcheguei a ela.

[•••]

O sentimento da raiva me consumia de forma enorme. Kylian havia me arrastado até a sua casa para um almoço, só que o fato do almoço ser só eu e o Neymar, não foi incluído no convite.

Sabia que isso tinha dedo de Zaya.

— Enfim...

— Enfim. — Repito.

Neymar parecia nervoso e tão perdido quanto.

— Isso é dedo da Zaya, ne? — Questiono.

— Não. — Responde. — Eu quem pedi, porque queria falar com você.

— Ah.

Olhei para a taça de vinho branco a minha frente e segurei a mesma na mão, apenas cheirando o líquido e desistindo de beber.

— Eu gosto de você. — Disse e o olhei. — Mas...

— Há sempre um "mas". — O corto.

— Mas, eu não sei se estou pronto para engatar um relacionamento. — Completou.

— Legal. — Digo, ainda sem interesse algum naquela conversa. — Isso diz muita coisa.

Ficamos em silêncio outra vez, e continuei brincando com a taça.

— Eu gosto do que nós temos, Anna. — Quebrou o silêncio. — Gosto de fica com você, e gosto de te ter por perto.

— Só que isso não é o bastante. — Sussurro. — Eu gosto de você — falo um pouco mais alto. —, gosto de estar com você.

— Eu também gosto, Chocolate.

— É exatamente isso que eu não entendo. — Falo.

O som de notificação, tomou minha atenção e peguei meu celular.

Zaya
papai passou mal, estamos indo para o hospital

— Preciso ir. — Digo levantando, ainda olhando para a tela do celular.

— Espera...

— Eu já disse, quando você decidir o que você quer, você me procura. — Ressalto. — Só não esqueça que eu não vou esperar para sempre.

Peguei as minhas coisas e sai da casa.

**

PHOTOGRAPHY | NEYMAR JROnde histórias criam vida. Descubra agora