vinte e três

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𝕻𝖆𝖗𝖎𝖘, 𝕱𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆
seis meses depois

ANNA

Sentei no tapete da sala, e prendi o cabelo em um coque auto, brinquei com a língua entre meu dentes e olhei atentamente a quantidade de fotos que tinham.

— Você vai se livrar disso tudo, né? — Zaya pergunta ao entrar na sala.

— Não sei se consigo. — Confesso e ela da risada.

Viro meu rosto para encara-la e vê o quanto ela ficava bonita gravida. Sua barriguinha de sete meses, ficava cada dia maior e eu a chamava de bolota sempre que podia.

— Bolota. — Digo e ela me dá o dedo do meio.

Sentou-se à mesa, onde continham seus múltiplos desenhos.

Voltei a atenção as fotos a minha frente e mordi o lábio, confusa de novo. Bufei sabendo que não conseguiria me desfazer das fotos.

O barulho da porta chamou minha atenção, e Vi Zyan correr por ela, entrando e vindo direto me abraçar.

— Quase que seu filho não vinha para casa. — Kylian resmungou.

— Eu amo a creche, Tio. — Meu filho disse.

— É tio, ele ama a creche. — Brinco, meu cunhado fez careta e dei risada.

— Quando o tio ney chega? — Perguntou Zyan.

— Não sei filho. — Respondo e dou beijinhos em sua bochecha.

Neymar agora jogava novamente no Barcelona, e foi uma luta fazer com que ele aceitasse. Mas ele aceitou ao fim de tudo.

Enquanto ele estava em Barcelona jogando, eu estava focando nas fotos dos menino. Sempre que tinha folga longa ou era feriado, ele vinha direto para cá. E eu amava.

Estávamos cada dia melhor, e sempre que podíamos, fazíamos vídeo chamadas.

— Almoço está pronto. — Minha mãe anuncia. — Zaya tira os desenhos de cima da mesa.

A fala dela desbloqueou uma memória, me fazendo sorrir. A trouxemos de Madrid para passar um tempo, e ela já estava aqui a quatro meses. Não era nenhum pouco ruim tê-la em casa.

— Mãe calma, que eu carrego sua neta. — Minha irmã disse.

— Deixa de ser preguiçosa, meu amor. — Kylian disse e a ajudou, a organizar a mesa.

— Anna, essas fotos não vão se jogar fora sozinha. — Ela disse.

— Não vou jogar nenhuma fora. — Digo. — Vou guardá-las em uma caixa.

— Em mais uma? — Zaya pergunta e põe a mão na cintura.

Ignorei e juntei todas, as arrumando dentro de outra das várias caixas de fotos que eu tinha. Separei elas por data e por importância, fechando a caixa e levando até o quarto.

Meu telefone tocou e sorri ai me aproximar, vendo que era meu namorado quem ligava.

— Oi chocolate. — Digo ao atender, colocando o aparelho entre o ombro e ouvido.

— Oi chocolate. — Respondeu. — Onde você estacionou?

— Estacionou o que? — Questiono, e coloco a caixa junto as outras.

— O carro.

— Que carro? — Continuo confusa.

— O seu. — Diz. — Em que parte do aeroporto você está?

— Que aeroporto Neymar?

— O de Paris, Anna. — Falou um pouco bravo. — Você esqueceu de mim, amor?

Arregalei os olhos, notando que havia mesmo esquecido dele.

— Não. — Nego rapidamente. — Estava testando você.

— A sim. Então?

— Eu vou me atrasar, cinco minutinhos tá. Sabe como é o trânsito né.

— Tá bom, te espero. — Falou e desligou.

Corri até o closet e peguei um vestido, vesti as pressas e calcei um chinelo, peguei chaves e celular sai correndo.

— O que foi mulher? — Zaya pergunta quando passo pela sala.

— Esqueci que o Ney vinha hoje.

[•••]

— Que saudades. — Digo enchendo meu namorado de beijinho.

— Você disse cinco minutos, se passaram quase uma hora. — Resmungou.

— O trânsito. — Murmuro. — Ignora isso, me dá um beijo.

Não esperei resposta, uni nossos lábios em um beijo lotado de saudades. O envolvendo em meus braços, sentindo o carinho da sua língua na minha, me fazendo ter calafrio.

— E se eu tivesse sido sequestrado? — Perguntou, quebrando o beijo.

— Chocolate, sério que está pensando nisso? — Questiono manhosa.

— Amor, e se...

— E se você me beijasse? — O interrompo.

Mais uma vez, colei nossas bocas. Bufei brava quando mais vez ele nos separou, com uma das teorias dele.

— Vai a merda, Neymar. — Digo, me virando de costas e entrando no carro.

O caminho inteiro foi assim, ele reclamando que eu havia me atrasado e fazendo drama. Ao chegarmos em casa, não foi diferente, foi reclamar a todo mundo que estava presente.

— Ela esqueceu de você, Neymar. — Kylian disse.

— Eu sabia. — Meu namorado concordou.

— Garoto eu odeio você.

**

PHOTOGRAPHY | NEYMAR JROnde histórias criam vida. Descubra agora