PHOTOGRAPHY | NEYMAR JR

vinte e um

𝕸𝖆𝖉𝖗𝖎𝖉, 𝕰𝖘𝖕𝖆𝖓𝖍𝖆

ANNA

Entro correndo da ala da UTI e paro assim que vejo meu Pai dando risada, sentado na cama. Conversando abertamente com a minha mãe e Zyan.

Puxei o ar com força, sentido o um alívio enorme. Kylian, Neymar e Zaya chegaram logo atrás, e também ficaram abismados com a cena.

— Não acredito. — Digo, não contendo a felicidade.

Entro no quarto e logo corri para abraçá-lo. Sentindo meu coração gritar de felicidade.

— Pai você está acordado. — Digo e o olho, segurando em seu rosto.

— E por que não estaria? — Questiona, e inclina um pouco a cabeça. — Anjinho, porque está chorando?

— Estou? — Pergunto e passo a mão no rosto, vendo que o mesmo estava molhado. — Não percebi.

— Você continua linda minha filha. — Disse fazendo um carinho bom na minha bochecha.

Sorri ainda mais. Ele pediu para que minha mãe se retirasse por um tempinho, que queria conversar comigo.

Segurou nas minhas duas mãos e me olhou atentamente.

— O que ouve?

— Anna. — Começou, ele nunca me chamava pelo nome, a não ser que o assunto fosse sério. — Eu sei que está apaixonada.

— Pai...

— Deixe eu falar. — Pediu. — Filha, não perca o amor da sua vida, por algo tão simples de se resolver. — Fala. — Neymar é um bom rapaz, digo isso pelo pouco que o conheci.

Quis negar e contestar mas o deixei continuar.

— Sua mãe me disse, o porquê dessa sua raiva do rapaz. — Disse e dei um sorriso. — Anna, se o ama, não o deixe ir.

— Tá bom papai. — Respondo e deixo um beijo em sua testa.

— Ele é um bom homem anjinho, só não gosto desse Kylian. — Brincou.

Soltei uma risada alta, sendo acompanhada pela dele.

— Ah e, pedi para sua mãe, entregar o anel de noivado que dei a ela, para dar ao Neymar quando ele foro pedir você em casamento. — Falou.

— Pai ele não vai me pedir mal em namoro, imagina em casamento. — Respondo, e cruzo meu braços.

— Deixe de ser teimosa, ele vai sim. — Diz um pouco bravo. — Chame ele para mim? — Franzi o cenho com o pedido mas o fiz.

Levantei e lhe dei um sorriso.

— E de um beijo no Zayn por mim, e fale para ele comer mais feijão.

— Ok.

Caminhei até a porta e acenei a ele, que soltou um beijinho no ar.

— Silva, meu pai convocou você. — Digo assim que saio.

*
NEYMAR

— Me chamou, seu Eduardo? — Pergunto, e fecho a porta.

— Qual suas intenções com a minha filha, rapaz? — Questionou, e me aproximei devagar.

— As melhores.

Comecei a contar a ele o quanto eu gostava da filha dele, o quanto ela me fazia bem e o quanto que eu não queria me afastar dela nunca mais. Senti que havia conhecido a mulher da minha vida, e ele sorriu quando terminei de falar.

— Pedi a minha esposa, que quando você for pedi-la em casamento, lhe entregasse o anel que dei a ela. — Falou. — E dê continuidade a isto, faça ser de geração em geração, mudando apenas a pedrinha.

— Como sabe que vou pedi-la? — Pergunto.

— Por que estou meio que mandando você se casar com ela. — Brincou e deu risada.

— Então ok.

Ele sorriu e cruzei os braços, sorrindo também.

— E esse Kylian, ele é gente boa? — Perguntou.

— Só um zé ruela as vezes mas, é sim. — Respondo.

— Eu gosto de implicar com ele, Zaya fica daquele jeito.

— Percebi. — Digo.

— Cuide da minha filha rapaz. — Pediu. — Estou morrendo, e não quero deixá-la desamparada.

— Pode confiar.

[•••]

Aperto Anna ainda mais no meu abraço enquanto ouvíamos os médicos tentando reanimar seu Eduardo.

Ele se despediu de todo mundo, até de Zyan. Que também escondia o rosto no peito da mãe. Ela chorava de forma silenciosa, enquanto soluçava.

O médico se aproximou e olhei para ele, neguei com a cabeça.

— Sinto muito. — Disse. — Ele não voltou. — Falou e Zaya caiu ao chão, se despencando em lágrimas.

Anna permaneceu como estava e Zyan também. Suspirei e continuei os abraçando.

Dona Izabel, agradeceu ao médico e o abraçou. Em seguida se sentou e pegou o neto, deitando ele em seu colo.

— Anna? — Chamo.

— Oi. — Disse abafado.

— Vai ficar tudo bem, eu estou aqui. — Digo. — Pode chorar a vontade.

**