quatorze

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𝕻𝖆𝖗𝖎𝖘, 𝕱𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆
alguns dias depois

ANNA

— Vovô. — Zyan gritou e veio correndo abraçar meu pai.

— Cuidado, Zy. — Falo e ele sorriu.

Meu pai havia batido o pé, pedindo para voltar para casa. Também havia convencido todo mundo de que queria voltar a Madrid, para ser enterrado com meus avós.

Aquilo doeu mais que um tiro. Zaya ainda não conseguia o olhar e não chorar, tendi que sempre ser amparada.

— Vem brincar de montar comigo. — Zy segurou na mão do avô e o saiu puxando devagar.

— Devagar, rapazinho. — Disse e o seguiu.

Ajudei minha mãe a entrar com as sacolas do mercado e fui direto para a cozinha. Colei a dieta do meu pai na porta da geladeira e pus as mais na cintura. Era tudo tão, novo.

— Oh quem chegou. — A voz de Kylian ecoou por toda a casa.

— O ousado. — Zaya disse.

Caminhei até lá e meu olhar cruzou com o de Neymar. O que ele está fazendo aqui?

— Júnior. — Digo.

— Chocolate. — Abriu um sorriso.

— Ou, esse apelido foi eu quem dei. — Minha irmã faz indignada.

— Problema seu. — O jogador diz e dou risada. — Posso falar com você?

— Claro. Vem comigo até a cozinha. — Respondo.

— Esse é seu namorado? — Meu pai pergunta, entrando no recinto. — Prazer, Eduardo o pai da Anna.

— O prazer é meu. — Neymar estendeu a mão e meu pai a apertou. — Sou o Neymar.

Mau pai sorriu e virou o rosto para mim, dando uma piscadinha, como se estivesse aprovando ele. Chamei Neymar e fomos até a cozinha.

Me encostei no balcão da pia e fiquei esperando, o que ele queria falar.

— Então?

— Estou com saudades. — Quase sussurrou. — Do seu beijo, do seu toque.

— Também estou. — Confesso. — Porém, não dá para ficar de indecisão.

— Eu sei. — Falou.

— Para que insiste? — Questiono.

— Eu pensei que...

— Pensou errado.

[•••]

Comecei a fotografar o treino dos meninos, porém não estava tão focada. Minha mente estava em casa, com o meu pai.

O treino havia sido aberto então, tinham fãs gritando em vários idiomas diferente. Foras as variadas marias chuteiras, tietes dos jogadores. Entendia perfeitamente.

— Anninha. — Escutei a voz estridente de Daiana e olhei em sua direção.

— Oi Daí.

— Como está seu pai? — Perguntou.

— Bem, a medida do possível. — Respondo e tiro um foto dela.

— Ou. — Reclamou.

— Saiu lindíssima. — Brinco.

— Pode ir apagando. — Falou. — Tira uma melhor.

PHOTOGRAPHY | NEYMAR JROnde histórias criam vida. Descubra agora