dezesseis

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𝕻𝖆𝖗𝖎𝖘, 𝕱𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆

ANNA

Uni minha mão a de Neymar, abrindo um sorriso em seguida. Eu me sentia bem, por ele finamente ter tomado uma decisão e uma iniciativa.

Abraço seu braços e deixo um beijinho no mesmo, caminhamos para fora do CT, em direção ao meu carro. Uma loira veio em nossa direção e senti Neymar estremecer.

Ela era alta, e chamativa. Tinha o corpo padrão, a pele pálida e os cabelos escorridos; usava um vestido soltinho, saltos finos e uma bolsa enorme, que caberia minha casa inteira.

— Ney. — Ela disse e olhei para ele, confusa.

— Amália. — Soou baixo.

— E você é? — Perguntou, me olhando de cima a baixo.

— Anna. — Falo e entendo a mão a ela, que fez cara de desdém.

Já odiei ela, tinha um ar de prepotência e soberba.

— Vocês estão namorando? — Voltou a olhar o jogador. — Ou mais uma vez, está usando uma de suas amigas para me afastar? — Neymar mais uma vez estremeceu.

— Co-como assim? — Gaguejo. — Do que ela tá falando?

— Amália. — Falou sem me olhar. — Pode nos dar licença? — Pediu, mas ainda assim não negou a acusação dela.

Me separei dele devagar e coloquei as mãos nos bolsos do casaco leve que eu usava. Senti um vento bater nas minhas pernas, balançando meus cabelos e meu vestido.

— Neymar isso é verdade? — Pergunto e ele me olha, negando.

— Não. — Diz. — Me espera no carro, Chocolate. — Pediu e não pensei duas vezes.

Caminhei até o carro, adentrando o lado do motorista, passei o cinto e esperei que ele viesse. Eles pareciam discutir, e ela, bom, parecia ser bem íntima dele.

— Isso está me incomodando? Sim. — Falo sozinha e cruzo os braços.

*

— Você vai me responder? — Pergunto.

Neymar retirou a mão da minha coxa, que ele havia colocado ali quando comecei a dirigir, fazendo o caminho da sua casa.

— Anna. — Começou.

Já havia começado errado.

— Quem é ela?

— Amália foi um lance de uma noite, nada sério. — Explicou. — Mas já está resolvido, ela não vai mais incomodar.

Permaneci em silêncio, lembrando da fala dela.

— Você me usou. — Sopro baixo.

— Não foi isso. — Responde rápido.

— Então porque você ficou daquela forma quando ela disse isso? — Questiono o olhando rapidamente.

— Bom... porque... — Engoliu em seco e revirei os olhos.

— Você é inacreditável. — Falo.

Dou seta e paro o carro no acostamento. Apertando o volante com toda minha força para não socar a cara dele.

— Chocolate...

— Neymar, você me usou. — Repito. — Me beijou na frente do Clube inteiro, para uma mulher que foi "um lance de uma noite só" — desdenho. — não se aproximar de você.

— Eu sei que você está estressada e...

— Não estou estressada. — O corto. — Estou decepcionada com você. Enojada.

— Meu bem...

— Não. — Volto a corta-lo. — Se aproveitou do meu coração mole, sabe que estou vulnerável e...

— Anna. — Disse alto. — Eu não usei você. — Falou ríspido. — Eu beijei você porque eu quis, não só para afastar a maluca da Amália.

— Não só para afastar a maluca da Amália. — Repeti sua fala.

— Chocolate, eu me atrapalhei, desculpa. — Falou rápido. — Me desculpa por isso, eu não quero que se sinta usada.

— Ah nossa, obrigada? — O olho incrédula.

Olho para a estrada e penso em socar a cara dele com toda a força do meu braço. Respirei fundo e fechei os olhos, tentando controlar toda a minha raiva e todo o pensamento de assassinar alguém.

— Sai do meu carro. — Falo.

— Não. — Disse.

— Estou mandando. — O olho brava.

— Mas eu não vou sair. — Cruzou os braços, como uma criança teimosa. Virando o corpo para frente, olhando para a rua.

— Neymar . — Ameaço.

Ele abriu um sorriso e me olhou.

— Sabia que eu adoro ver você brava? — Sussurrou em um tom que fosse audível. — Me deixa animado.

Não era possível que toda aquela situação estava me excitando, e me deixando mais brava ainda.

— Problema unicamente seu. — Respondo. — Cuida Neymar, vaza.

— Eu já disse que não. — Falou pausadamente. — Seu carro tem fumê?

Olhou em volta e em seguida, voltou a olhar para o meu rosto.

— Porque? — Questiono.

— Queria matar a saudades. — Disse e atacou meus lábios em um ato rápido.

O empurrei e ele me olhou confuso.

— Isso não tira minha raiva. — Digo.

— Mas isso tira. — Falou e sua mão foi para o meio das minhas pernas.

Arfei quando ele movimentou os dedos em cima do meu clitoris, fazendo com que eu tombasse a cabeça para trás.

— Ainda estou brava. — Falo, com certa dificuldade.

— Problema unicamente seu. — Repetiu o que eu havia falado.

— Que tal se a gente for para casa, estamos no meio da rua. — Peço e me obrigo a segurar seu pulso.

— Aperta o acelerador então.

PHOTOGRAPHY | NEYMAR JROnde histórias criam vida. Descubra agora