{ gira gira, sem parar }

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Any Gabrielly | Carolina do Norte
Harbor

Na maioria das vezes quando andamos pelas ruas, sempre temos medos do que se aproxima, medo da sombra que estar aos arredores. Geralmente não temos defesa, é como desviar de uma bala perdida usando apenas a dúvida, correr ou gritar.

No meu caso, eu sou a sombra que está aos arredores, observando cada passo dado a curta distância. A muito tempo já ouvi falar que a arma do cidadão, é a justiça.

A Joalin é a prova viva que a justiça é uma ilusão criada para aliviar nossas mentes do perigo.

1990, tribunal de justiça da Finlândia.

— Ordem, ordem no tribunal! — o auditório estava cheio de jornalistas sedentos por uma resposta, por uma batida do martelo.

— Excelência, eu estou sendo acusada de algo que eu não fiz! Eu fui estrupada por um policial enquanto estava em uma manifestação sobre os meus direitos! Tem uma criança dentro de mim, o DNA prova que ela carrega o sangue do agressor, meus exames, as provas estão aí, por favor faça o certo! — a acusada carregava em seus olhos, o ódio, o medo e a mágoa.

— Iniciarei um intervalo para a conclusão.

Dias atuais.

Os dias nunca foram tão tristes para a pequena menina na qual nem havia nascido, o martelo havia declarado a negação das provas, a imprensa declarou aquele dia como um momento histórico.

A pequena menina nascida em uma cela suja, podendo sentir o calor de sua mãe com rasgos de roupas cedidas pelas detentas, havia uma luz dentro da cela.

Mas rapidamente, a luz havia escurecido.

— Faz tanto tempo que não nos vimos que até esqueci o seu rosto Loukamma! — a garota loira virada de costas para mim, fumava um cigarro com sua ponta queimada.

— Faz tanto tempo que não escuto sua voz Soares, achei que tinha metido seu rabo entre as pernas e se mandado dos Estados Unidos — seu cigarro foi arremessado para longe.

— Como foi a viagem? — olhando para deus olhos azuis, talvez nunca esquecerei, os olhos mais doloridos que já vi.

— Não seja a anfitriã! Temos um dever a fazer, vamos logo. Antes que acordem do sono profundo deles — olhando mais para a direita, a tripulação se encontrava golpeada ao chão.

— Temos um longo caminho pela frente, mas tem algo em específico que você talvez goste.

— O que está aprontando Soares? — saindo do porto com calma para que o momento pudesse ceder um pouco da felicidade.

— Acreditaria se eu dissesse que tem aproximadamente doze milhões de dólares a nossa espera?

— Vamos assaltar algum rico? — sua sombrancelha se curvava.

— Não, vamos pegar o que é nosso por direito — entro no carro prata acelerando para iniciar o nosso caminho.

Josh Beauchamp | Carolina do Norte
               School, Grêmio debate

Na maioria das vezes o meu humor muda, como uma escala, ela despenca de bom para pior. Poucas coisas na vida nos fazem bem, sinceramente, o que te faz bem é temporário.

Uma pessoa se vai, uma música para de tocar, um acontecimento acaba perdendo seu valor, poucas coisas te fazem feliz hoje em dia, talvez seja por essa razão, que somos fracos.

— Temos que planejar a divulgação dos jogos da escola no jornal, tirar as fotos e conversar com pelo menos dois jogadores.

— A matéria principal é minha, preciso que vocês se concentrem nós clubes da escola, o jornal é um espaço para todos poderem se destacar — torço o nariz em agonia pelo cheiro de incenso na sala do responsável pela escola.

— Então quem vai cuidar das fotos, na segunda os jogadores poderiam falar, os clubes estariam com o quarto horário disponível para falar também — o diretor saia de cima da mesa após sua declaração.

— Tudo bem então, vamos nos despedir aqui pessoal, até a segunda para os preparativos — me levanto para abrir a porta.

— Antes que saia Beauchamp, preciso falar com você sobre um assunto importante, deixe que todos saiam e feche a porta.

Não demorou muito para escutar meu coração batendo forte contra o meu peito, as palmas das mãos suavam e isso me deixava em crise de pânico.

— Você e sua irmã tem ótimas notas aqui, tenho que reconhecer isso! Mas a sua mensalidade está atrasada já faz três meses, seu tutor não está mais a pagar sua mensalidade.

— No final do mês eu darei uma parte do dinheiro, não de preocupe com o meu tutor, ele costuma a decepcionar as pessoas quando estão desprevenidos — abro a sala sem cabeça para uma conversa motivacional.

— Até que enfim saiu! O baile dos ex alunos está chegando, sabe o que isso significa? — o moreno não média afeto

— Por quê você sempre fica no meu pé em? Eu não quero saber sobre os ex alunos.

— Tá tudo bem cara?

— Estou, só estou um pouco agitado — me solto dos braços do mesmo, entrando no banheiro.

— Noah! Onde estava? Oi Josh! — sem querer me bato no ombro da Sina ao passar por ela

— O que deu nele?

— Eu não sei — foi a última coisa que ouvi ao entrar no banheiro.

Os meus olhos não paravam nem por um segundo, a todo tempo era como se alguém estivesse invadindo meus pensamentos. Uma voz grossa e agonizante rondava meus pensamentos, ao jogar água em meu rosto, meu pulmão se apertar pela perda de oxigênio.

— JOSH!

Era como estar em uma montanha russa, torcia para que quando abrisse os olhos, seu mundo pararia por um tempo. Mas mesmo alí, deitado no chão do banheiro masculino, o meu mundo não parava de girar, porque tudo ao meu redor, dependia dele.

Onde você está?

𝙈𝘼𝘿𝙀𝙈𝙊𝙄𝙎𝙀𝙇𝙇𝙀 • 𝘽𝙚𝙖𝙪𝙖𝙣𝙮 𝘿𝙖𝙧𝙠Onde histórias criam vida. Descubra agora