Any Gabrielly | Carolina do norte
Quando abrimos os olhos, nosso cérebro desperta para que possamos começar o dia como estamos acostumados, pessoas normais se perdem em estado de pressão psicológica, como se uma pessoa estivesse apontando uma arma entre seus olhos.
Mas a cabeça de um retardado é como um labirinto mágico, a cada paço é uma fantasia diferente, onde a troca de humores e personalidades podem se agravar, a verdade é que eles nunca vão saber o significado de "perdição total".
— Deixa eu ver se entendi, ir atrás de todos é um assunto seu! Mas ir atrás do soberano é loucura, até mesmo pra mim — a loira de sardas naturais procurava respostas em meus olhos.
— Não estou pedindo para que entre na casa do soberano com as roupas da Lady Gaga e afirme ser a amante dele para a esposa, Joalin! — o gelo no meu copo plástico se debatia com o canudo.
— Você quer me arrastar para sua vingança, mas eu e nem os outros temos o que você tem, muitos de nós fugiram e tiveram identidades novas, não bote isso a perder.
— Eu não tenho nada a perder, tudo que eu já tive, escapou das minhas mãos, não tenho medo da morte.
— Quem é o próximo?
— não posso ter um padrão, eles vão saber a ordem, tenho que intercalar, talvez eu possa pegar algo grande pra assustar o cardume — passo os dedos pela lista com minha letra.
— Você teve respostas dos outros?
— Sina e Noah estão com a gente, Hina e Sofia não me responderam. Certamente por terem saído do mapa praticamente, da última vez que tentei achar a Hina, ela estava em três lugares só mesmo tempo, sempre soubemos que seguiria pelo caminho da tecnologia.
— Eu vou dar uma volta na floresta, preciso saber como é o perímetro, quem sabe eu possa observar a cidade de longe — a loira se levantava da mesa.
— Faça um bom proveito.
Josh Beauchamp | Carolina do Norte
School, nursery.Abro meus olhos com dificuldade, minha cabeça doía na parte de trás, minha audição captava rumores fracos ao meu redor, sinto minhas pálpebras se abrirem lentamente para me acostumar com a claridade, estavam o meu amigo e irmã na enfermaria da escola.
— Josh você está bem? — a mais alta que eu tocou em minha mãe direita, transferindo carinho.
— Você desmaiou do nada do banheiro, mas não se preocupe, foi apenas um queda de pressão. Isso pode acontecer pelo nervosismo ou por estar sobre estresse também — a senhora estava preenchendo uma ficha com minha foto no grampo na ponta.
— Eu estou bem agora, só minha cabeça que está doendo na parte de trás, acho que foi a queda mesmo.
— É provável que terá uma dor maior mais tarde, então recomendo que tome esse remédio quando sentir dor, ficará bom logo, eu já vou indo — seus pés caminhavam para fora da sala.
— Quer ir pra casa? Eu te levo e o Noah fala prós professores o que aconteceu — a mais alta sempre foi preocupada ao extremo comigo.
— Acho que sim, eu só quero deitar um pouco no meu conforto — me levanto devagar sentindo a dor aumentar um pouco mais.
— Vamos então, tchau Noah! Obrigada por ter me dito — o mesmo estava a sair antes do seu celular tocar
— Depois me manda notícias Josh — o som do seu telefone parou assim que aceitou a ligação
> Olha só quem estás a me ligar, a que devo essa ligação Any Gabrielly?
< Irei sair hoje a noite para encontrar uma pessoa, então preciso que fique aqui no chalé com a Sina. Ela fica inquieta quando está sozinha nessa casa.
> Tudo bem, será um prazer acompanhar a senhorita Deinert, já sabe das notícias de hoje?
< Quais notícias? Acabei de desligar a rádio e não peguei o jornal da manhã, já que essa casa fica no fim de mundo!
> O seu príncipe teve uma queda de pressão na escola e acabou desmaiando no banheiro,mesmo que fale que não está interessado no Josh, achei que gostaria de saber.
< Eu não ligo, até depois Urrea.
— Até parece, pode não estar agora, mas logo logo vai estar, Gabrielly. — o moreno deixava seus pensamentos fluírem
(...)
A lua estava dominante no céu, o brilho da mesma que iluminava até os pequenas animais que estavam no chão, era autêntico. Sempre gostei de estar perto do rio onde estava destro da floresta, era um local perigoso, mas não me sentia nem um pouco em perigo.
Como se aquele lugar me chama-se, era lindo ver as folhas que caiam sob as águas desligarem delicadamente, era um cara muito observador em minha rotina.
— Puxa vida... — respiro fundo me deitando na toalha para que não me sujasse.
— Pensando muito na vida? — escuto uma voz conhecida, viro-me para olhar.
— O que está fazendo aqui? — era ela, a dona dos olhos de chocolate.
— Eu gosto de vir aqui as vezes, e você loirinho? — a mesma caminhou ao meu encontro.
— Gosto disso, de tudo isso.
— É mesmo?
— Sim, não é porque esse é o lado mais perigoso da floresta, eu sempre gostei de estar aqui, o perigo me acolhe quando estou pensativo, daqui a cinco minutos verá do que estou falando.
— Você é uma pessoa interessante loirinho, cada vez que te vejo, mais me surpreendo — sua voz me deixava em estado tranquilizante.
— Então vou aparecer mais, para que posso me conhecer mais ainda — a olho de canto
— isso foi uma cantada?
— Não, isso foi uma investida para não se esquecer de mim.
— As pessoas não somem da minha mente tão fácil loirinho, gosto do seu entusiasmo — seus dedos estavam arredondando meus cachos.
— Segura a minha mão, conta até dez agora — a mesma se virou para mim a contar.
Bastou seus lábios definirem o número de, para que os vagalumes aparecerem lentamente pelo local, nesse horário era onde uma grande parte, se libertava.
Seu sorriso de criança se abriu revelando uma parte que nunca havia visto, o sorriso angelical de alguém feliz de verdade, talvez a felicidade dela fosse temporária.
Mas iria fazer de tudo para que esse sorriso nunca se perdesse por aí, sua felicidade virou minha motivação, mademoiselle.
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𝙈𝘼𝘿𝙀𝙈𝙊𝙄𝙎𝙀𝙇𝙇𝙀 • 𝘽𝙚𝙖𝙪𝙖𝙣𝙮 𝘿𝙖𝙧𝙠
Random+ 18 𝘽𝙚𝙖𝙪𝙖𝙣𝙮 | Sua vida era sem graça e parecia ser lenta com o passar do tempo, em uma pequena cidadezinha na Carolina do Norte, Josh Beauchamp vivia seus dezoito anos em devaneios, liderando um grupo de jornalismo da escola Dexter. Até come...