{ she could finally come back }

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Josh Beauchamp| Carolina do Norte
Back home

Desde os meus seis anos de idade, a curiosidade é uma parte da minha personalidade que ainda luto pra controlar, mas sempre que podia sentir o seu cheiro no ar, me perguntava de onde você veio? Ela é um mistério pra mim.

— Filho ? Onde estava noite passada ? Saiu escondido pra ver alguém ? — as perguntas da minha mãe parecem nunca acabar.

— É, talvez sim — encosto na janela olhando para ela.

— É a sua namorada ?

— Não, mas é alguém que eu daria de tudo só pra saber mais um pouco sobre a sua vida.

— A investigue, se lembra do pequeno J ? Você pegava o meu distintivo e fingia ser um detetive pelo bairro. — a mesma depositou a cesta de roupas limpas na minha cama.

— É, mas eu estou falando de alguém de verdade, não de uma boneca que sumiu, o que estava fazendo?

— Só os afazeres de casa, Josh eu quero te pedir uma coisa, não venha pelo atalho ok? Tem um serial killer pela cidade e todas as vítimas foram torturadas, chegue cedo em casa e sempre deixe o localizador ligado, é só o que eu peço — sabia o que aquele aviso significava.

Alguém da delegacia a avisou da situação que a cidade está passando, um alarme vermelho. Quando surge um problema que a polícia não consegue resolver sozinha, todos os policiais e ex polícias são alertados.

A cidade estava enfrentando o medo do desconhecido, não sabem quem é o autor dos assassinatos, então como consequência a mídia alimenta o pavor com as informações, dando a população o que é necessário para criar o caos, a revolta.

— O quê eles disseram? — desço as escadas batendo de frente com a televisão sendo ligada.

— Fique longe disso.

— Se te ligaram é porque o departamento não consegue dar conta, eu sei que pediram reforços e se a situação não melhorar, vão acabar te chamando outra vez, não sou uma criança mãe — me posiciono em frente a televisão.

— Só saiba que estamos no escuro, não sabem nem se é homem ou mulher, então quero que tome cuidado, sei que não é idiota, é meu filho e sabe defesa.

— Vamos ver até quando a delegacia ainda vai aguentar tudo isso — sempre odiei a delegacia, talvez pela incompetência de alguns que antes faziam parte da minha vida através da minha mãe.

— Entendo o que pensa sobre a delegacia, mas nada muda o fato de que sou sua mãe e que eu prezo pela sua segurança, então por favor, mesmo que lhe dê dinheiro para pegar o ônibus todo dia, não venha pela floresta.

— Está tudo bem mãe, eu não sou do tipo que dá prejuízo, você sabe disso — sorrio para a mesma que se prepara para sair do quarto.

Volto a atenção para o lado de fora da janela, onde encontrava-me com os pensamentos na dona dos lábios carnudos e cachos macios, talvez estivesse exagerando, através dos olhos da mesma, era de se ver a coragem nela.

𝙈𝘼𝘿𝙀𝙈𝙊𝙄𝙎𝙀𝙇𝙇𝙀 • 𝘽𝙚𝙖𝙪𝙖𝙣𝙮 𝘿𝙖𝙧𝙠Onde histórias criam vida. Descubra agora