{ O frio do luar }

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Any Gabrielly | Carolina do Norte
               Beach, continue...

A cada toque gelado pelo meu corpo, minha respiração falhava como quem fica sem fôlego depois de alcançar uma nota alta, sua pequena barba fazia cócegas nos meus ombros, tudo era tratado com carinho e atenção.

Tudo com ele era contemplado, teus olhos azuis brilhavam com a luz do luar, ao sentir a ponta dos seus dedos deslizando no centro das minhas costas até o zíper, o som suave do adereço deslizando para que pudesse soltar era aconchegante.

As alças caíram dos meus ombros, dando a ele a visão dos meus seios pequenos, como toda mulher, tinha minhas inseguranças e ele percebeu isso, e esse é um dos motivos de gostar dele, sua atenção nos mínimos detalhes.

— São perfeitos, cabem tanto na palma da minha mão, quanto na minha boca — os olhos não desviavam dos seios desnudos.

— O quê há de perfeito em mim?

Teu corpo caiu só rê o meu, afastando os fios bagunçados do meu rosto, subindo as mãos do joelho até a coxa esquerda o levando em seu percurso, minha virilha, não demorou muito de ter tirado a minha roupa por completo, apenas restante um pano de calcinha e sua cueca box cinza.

— Isso — selou um beijo nas pequenas estrias perto da virilha.

Sua trilha de beijos desceram para a coxa esquerda, deixando para trás e começando a subir seu selar pela coxa direta, a ponta dos dedos grossos deslizaram junto a minha calcinha, levando aos lábios do mesmo, a tocar minha intimidade.

Sua calma me levava aos céus, a sensação de não saber o que ele iria fazer me deixava em pânico. Teu nariz respirava o cheiro da minha intimidade enquanto sua boca brincava com meus lábios.

— Irá me levar aos céus, loirinho? — pergunto eufórica.

— O inferno pode ser prazeroso comigo, mademoiselle — me ressalto por sua língua me invadir sem piedade, ameaçando meu clitores de um orgasmo.

Meus dedos penetraram em seus fios loiros, afundando sua cabeça em minha intimidade, sentindo minha perna estremecer por conta do ápice próximo.

— Não, ainda não. — a falta da sua língua molhada pelo meu pré gozo me agonizou, mas a entrada do seu pênis que havia sido encapado não media forças em penetrar, encheu-me de prazer.

Arqueando a coluna em estado de liberdade, o som dos seus testículos batendo em minhas nádegas facilmente poderia se tornar a minha música favorita.

Não era como se tudo fosse somente sentimentos, tinha fogo, admiração. Eu tinha tudo por ele desde o momento em que deus olhos estavam destinados a ver coisas que poucos prestavam atenção.

— Estou quase lá — Mesmo depois de ter gozado fazendo seu pau encapado estar altamente lubrificado, seu membro continuava a estimular, até o momento que seu corpo se jogou ao meu lado pelo cansaço.

— Não se questione pelo meu sumiço em alguns dias, as vezes tenho serviços a fazer pelo estado, por mais que não veja, eu sempre irei estar te observando. Você sempre poderá ter um pouco de mim se prestar atenção nos detalhes ao seu redor, loirinho. — digo olhando para o céu estrelado.

— Eu não sou do tipo que irei te procurar todos os dias para obter respostas sobre o nosso status social, na verdade sempre depositei confiança em muitos e as respostas foram sempre decepções.

— Sua rachadura é a sua maior proteção.

— Então não se preocupe, se você quiser me ver, deixe sinais pela cidade, saberei que me quer assim que sentir você através das mensagens.

— Isso é bom pra mim — puxo um cobertor fino para passar a noite sem o frio trazido pela noite de lunar.

Sina Deinert | Carolina do Norte
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Não era a primeira vez sentindo a pele queimar, os gritos altos que aumentavam a cada piscar de olhos, o cheiro de carvão com gasolina invadiam minhas narinas, temer que a luz se apague e escutar a risada que mais me apavorava nos meus sonhos.

Ataque de pânico, era esse o nome das minhas correntes que pareciam nunca querer se quebrar, a cada dia o peso delas aumentavam, deixando meus pés mais fincados ao chão.

Antes de desaparecer, minha guardiã citou três palavras que mais podem doer em cerca de um minuto. Solidão, traumas e o amor, quando dizemos que o amor dói, não é somente amar alguém que gostamos, mas a si mesmo, a aceitação.

Ela não se amava no próprio casamento e isso a fez soltar do carro em movimento e correr até a mata escura, sem deixar pistas. Deixando uma garotinha de quarto anos para trás, hoje entendo suas últimas palavras feitas a mim, não é como se a vida fosse um mar de rosas, é que pra você chegar até às pétalas, tem que atravessar os espinhos primeiro e muitos desistem no caminho.

— Se você já estiver morta, desculpa por não ter me jogado do carro com você...Depois daquilo, nada foi normal pra mim.

Encarar o teto da sala não era o que tinha em mente para a vida, na verdade nunca imaginei chegar até onde estou, talvez a vida tenha me dado muitas oportunidades e eu nunca soube aproveitar as mesmas.

— Mas se estiver viva, espero que se ame, que alguém te ame e que a mesma pessoa que te amou, te mate. Assim saberá o que sempre senti ao fechar os meus olhos.


𝙈𝘼𝘿𝙀𝙈𝙊𝙄𝙎𝙀𝙇𝙇𝙀 • 𝘽𝙚𝙖𝙪𝙖𝙣𝙮 𝘿𝙖𝙧𝙠Onde histórias criam vida. Descubra agora