Josh Beauchamp | Carolina do Norte
A cidade inteira estava em colapso, com os dois homicídios brutais que aconteceram na mesma semana, o delegado passou a sair mais vezes da sua cadeira para que pudesse resolver a papelada.Era o que acontecia quando uma cidade pequena ficava em movimento constante, a maioria da população se isolava em suas casas, pensando que poderiam ser os próximos a estarem em um beco escuro em pedaços.
Outra parte considerada negligenciada pela própria população, os jovens, apenas consideram que a vida é uma só, aproveitar os momentos enchendo a cara, se perdendo em noites cheias de ternura e prazer carnal, festas onde a música estronda o coração, te impedindo de escutar seus próprios pensamentos.
Trabalhando para poder ter algo no próximo dia, andando em uma linha reta para encontrar um sentido na vida medíocre, estudando para que um dia tudo faça sentido.
Mas ela não se encaixava em nenhuma dessas hipóteses, enquanto a cidade estava em alarme vermelho, a mesma andava pelas ruas sem medo nos olhos, seus fios negros pareciam mais brilhante a cada vez que a via, que via a mademoiselle.
— Está falando com Deus, loirinho? — desperto dos meus pensamentos na janela de casa quando a vejo no meu jardim
— Estava apenas pensando, já estou descendo mademoiselle. — saio da janela para retirar meu celular do carregador, encontro minha mãe subindo as escadas
— Posso saber pra onde vai Joshua? — ela tinha visto a figura no nosso jardim, só estava esperando uma apresentação feita por mim.
— Vou sair, não espere por mim ok? Sei que está curiosa pra saber quem ela é, mas eu também quero descobrir quem ela é, então deixa eu conhecer primeiro. — peço calma da mais velha antes que surte.
— Tudo bem filho, se precisa de espaço e tempo eu darei, mas não por muito tempo! Ela é bonita, tem uma áurea forte, quem sabe não seja ela, a sua garota. — escuto sua voz soar médio.
— Eu não sei se ela é a minha garota mãe, mas eu espero que sim. — abro a porta sentindo a brisa ir de encontro ao meu corpo.
— Está lindo loirinho, o perto cai bem em você! — sua voz estava em tom singelo, sua observação foi verdadeira.
— Obrigada mademoiselle, devo dizer que estás estonteante se me permite adimirar a sua pessoa. — faço uma reverência formal.
— Vamos indo? Não quero que a gente se atrase, loirinho. — seu sorriso era como de uma criança.
Suas mãos geladas seguraram a minha, guiando pela estrada úmida depois da chuva fraca, o gelado do ar ainda se mantinha, seu perfume era único pra mim, ninguém da cidade tinha um aroma amadeirado com toque cítrico doce, seus cachos tinham o cheiro de mel com leite.
A palma de suas mãos eram macias, o som dos seus saltos marcavam o asfalto mas pouco a pouco a marca do seu trinta e oito desaparecia.
O que ela queria de mim afinal?
— Pra onde está me levando? — a vejo parar na minha frente.
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𝙈𝘼𝘿𝙀𝙈𝙊𝙄𝙎𝙀𝙇𝙇𝙀 • 𝘽𝙚𝙖𝙪𝙖𝙣𝙮 𝘿𝙖𝙧𝙠
Random+ 18 𝘽𝙚𝙖𝙪𝙖𝙣𝙮 | Sua vida era sem graça e parecia ser lenta com o passar do tempo, em uma pequena cidadezinha na Carolina do Norte, Josh Beauchamp vivia seus dezoito anos em devaneios, liderando um grupo de jornalismo da escola Dexter. Até come...