Ele...morreu?

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Reino Unido - 9:00

 Eu não conseguiria descrever a tamanha adrenalina que pairava no meu corpo. A cada segundo minha mente trabalhava para despistar todos os seguranças da ilha. Mesmo sendo de confiança, por parte de Vincenzo, eu não poderia abrir mão de me sacrificar por Han-Seo. Eu ja estava cansada, mas eu me mantinha em pé. Perto de uma restaurante Inglês, havia pessoas conversando e bebericando suas xícaras de chá, sem perceberem, duas mulheres que conversavam eufóricas sobre um tal de Tunder, pego o casaco e o chapéu que estavam pendurados na cadeira da mulher.

 Entrando em um beco sem movimento, tiro minha blusa e coloco aquele casaco, e depois o chapéu. Jogo as minhas roupas no lixão que havia ali. Me misturando entre ás pessoas, pude ver finalmente uma caixa eletrônico, eu não havia ido ao aeroporto. No táxi, enquanto eu buscava meu cheque que havia colocado no bolso, logo lembro que com certeza Rosa ja teria mandado homens a minha espera. 

 - Certo...como os britânicos fazem isso -Não havia como tirar o dinheiro com o cheque, e me arriscar a ir em um banco também não seria uma boa ideia.

 - Posso ajudá-la? - Um homem , cujo aparentava ter 40 a 50 anos, aparece atrás de mim.

- Ah, não precisa. Não consigo sacar um cheque por aqui. - Quando eu ja me afastava, ele segura meu braço a força.

- Acha que sou idiota? 

- Como? - ''Ele sabe quem sou? Será que é da ilha??''

- Eu vi o que fez lá atrás. - Ele me olhava nos olhos.

- O-o que eu fiz senhor? - ''Será que devo dar um golpe nele? Mas a tantas pessoas aqui...não posso ser presa OH CÉUS ME AJUDEM!!''

- Não se finja de sonsa, eu vi você roubar este casaco e este chapéu daquela senhorita - ''UFA...''

- Ahh, o senhor deve ter entendido errado. Aquela moça é minha irmã, eu tenho o costume de pegar as coisas dela escondida.

- Aé? Então qual é o nome de sua irmã? - Ele arque-a uma sobrancelha para mim.

- É...O nome de minha irmã é...Sophia! - Falo e então o homem solta um suspiro.

- Creio eu que devo chamar as autoridades. - Ele pega seu telefone - O nome da senhorita que acabou de roubar é Marle, ela é filha de um duque muito estimado.

''Céus, esse homem ja esta me deixando aos nervos''

- Certo, admito, ela não é minha irmã e roubei seu casaco e chapéu. - Levanto minha mãos como rendida. - Mas posso fazer uma ligação? Creio que gostará de falar com que vou ligar.

- Interessante, para o seu advogado creio. - Ele ri.

- Bem, eu diria alguém acima de um advogado.

 Ele me olha novamente e fica interessado no que eu havia dito. Ele então entrega o seu celular a mim e então disco os números e ligo para o contato. 

''Alo?''

 - Ciao, sono io...Joanna - O homem me olhava perplexo ao falar em italiano. Enquanto ele me olhava, continuo a conversa.

''Consigliere?? O que houve? Precisa de algo?''

- Estou com problemas aqui no Reino Unido. Confirmado que essa linha esta segura, certo? 

''Sim consigliere. Essa linha está totalmente segura"

- Cierto...Estou com uns problemas que logo irei resolver, mas quero que resolva so um agora.

''Qual senhorita? Farei imediatamente."

 Passo o meu celular ao homem, ele segura sem entender. Então ele coloca o celular em seu ouvido.

- Hello? - Ele fica sério ouvindo atentamente. Tinha momentos que ele arregalava os olhos.

- Certo...me desculpe. - Ele desliga o celular pasmo.

- E então? foi boa a conversa? Ele tende a ser bem rude quando mexem comigo.

- Eu...eu...ME PERDOE, EU PEÇO MIL PERDÕES - Ele se ajoelha esfregando as mãos pedindo súplicas.

- Será perdoado se me ajudar em algo. - Falo e ele se levanta.

- Farei qualquer coisa, tudo o que quiser eu farei. 

.

 Depois de fazer quase um homem de quase 50 anos molhar as calças, eu já estava indo para Rússia e depois para a República da Coreia. Aquele homem trabalhava com um grande empresário que era próximo a rainha, então ele havia mexido uns pauzinhos e conseguiu uma passagem exclusiva para me mandar para Rússia.

 -  Скучаете по шампанскому? (Champanhe senhorita?) - A aeromoça russa ergue o champanhe a mim.

- Спасибо. (Obrigada) - Ergo a taça.

 A viagem estava exaustiva, o meu corpo estava afundado naquela poltrona. Sentia minhas pernas tremerem até que uma outra aeromoça aparece.

- Senhorita...Joanna, esse prato é exclusivo da agencia, espero que aprecie - Ela coloca o prato na mesinha e depois saí.

 Quando estava prestes a comer, sinto um cheiro no macarrão. Era cheiro de Flunitrazepam. Quando estava na Itália trabalhando e aprendendo com os amigos de Cassano, eles me ensinaram distinguir tipos de cheiros e sabores. Me fazendo lembrar do dia que desmaiei de sentir muitos cheiros fortes de remédios. Ficava drogada todas as vezes que me ensinavam.

- Com licença! - Chamo a outra aeromoça.

- Sim senhorita, o que deseja? - Ela se aproxima e sussurro.

"Quem tentar me matar, será morto logo ao aterrissarmos..''

 Quando falo, ela rapidamente se ergueu e me olhou assustada. Ela então vai até a aeromoça que havia me servido o prato. Enquanto elas conversavam, as observo e mostro minha pistola de 9mm. Quando elas olham para mim, se assustam e dão um passo para trás.

 Passei a viagem inteira atenta a qualquer movimento. Até que, enfim, cheguei na Rússia. Logo ao pousar, fui a última a sair, qualquer um que tentasse me apunhalar pelas costas eu ja estaria pronto a revidar. Quando saiu do avião, havia dois carros blindados e vários seguranças. Mas alguém a mais estava me esperando, era Hunter.

 Quando me aproximo ele vem em minha direção com um sorriso.

- Joanna irmã! - Ele tenta me abraçar, mas o impeço com a minha arma.

- O que faz aqui? Como sabia que eu estaria aqui Hunter???? 

- Calma, eu posso explicar! - Ele tira um celular do bolso e me entrega.

- O que isso significa?

- Atenda.

 Quando atendo a ligação, era nada mais nada menos que...

"Olá Joanna"

- Senhor...Cassano?

"Sim sou eu, a minha secretária me falou o que aconteceu na ilha. Por que fez aquilo?"

- Eu soube de Han-Seo, não me pude me conter, então arrisquei tudo pra voltar para Seul.

"Entendo..."

- Senhor Cassano, como ele está?? Estou desesperada por informações.

 Vincenzo ficou em silêncio me fazendo ficar nervosa. 

- S-senhor Cassano?? - Lágrimas começavam a cair. Então puxo todo ar para dentro e falo.

- Ele...morreu?

...

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