🥀
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Even though we're going through it
And it makes you feel alone
Just know that I would die for you
Baby, I would die for you, yeah
The distance and the time between us
It'll never change my mind, 'cause baby
I would die for you
Baby, I would die for you, yeah.
𝓝ão.
Não.
Não.Meu coração batia furiosamente no peito e respirar doía como o inferno. Encarei o rosto pálido de Darkless, tão sereno que parecia dormir. Seus belos olhos estavam fechados firmemente, e a realização de que nunca mais veria suas íris azuis me fitarem fez com que eu gritasse de dor.
Não.
Não.
Não.Livido, ainda mais frio que o habitual, completamente imóvel. Completamente morto. Ele tinha mentido, afinal. Queria que eu prometesse a ele que cuidaria de Liam, e mentiu dizendo que nada aconteceria a ele. Mas ele já sabia. Sabia tanto que antes de se sacrificar por seu povo, pediu perdão em meus pensamentos.
- Pela segunda vez na história, o Mestre se sacrificou por nós.
A voz que disse isso chegou aos meus ouvidos distorcida, como se eu tivesse vendo e ouvindo tudo sob águas profundas.
Não.
Não.
Não.Morto. Aztraz Niklas Darkless estava morto. Me agarrei a ele, ficando minhas unhas em seu peito ao segura-lo com força. Suas roupas estavam chamuscadas, algumas partes totalmente queimadas, e seu coração não batia mais. Ele não precisava de ar para respirar, tampouco precisava que seu coração batesse; mas ele já não respirava. Seu coração não batia.
- Eu não disse que te amava... - Sussurrei num choro profundo. - Eu não disse que amava você...
A dor era tão grande, tão avassaladora, que me peguei arrependida de ter dito a Elena que preferia morrer a não ter nenhuma emoção. Não. Eu preferia morrer a ter que viver com o fato de que Aztraz estava morto. Se eu fosse um Lostess, não sentiria aquilo. Não sentiria a dor da perda, da desgraça completa. Aztraz havia se sacrificado por seu povo, e eu sabia, no fundo, que um dia ele faria isso. Ele amava seu povo, amava cada um dos vampiros que viviam naquela Corte. Amava aquela Corte. Já havia provado isso ao matar sua própria família em prol de proteger a democracia e seu povo, porque um dia tinha jurado que morreria por eles se fosse preciso. E agora, tinha morrido. Eu só queria que existisse uma forma de voltar no tempo. Eu só queria que estar comigo fosse mais importante do que defender sua Corte, mesmo que fosse egoísta e estúpido desejar isso. Eu não amaria Aztraz se ele não fosse o Mestre compassivo, que lutava com unhas e dentes por seu povo. Eu não o amaria se ele não fosse o homem que morreria por seus ideais, que morreria para salvar aqueles que dependiam de você.
Até a sua morte.
Vida longa ao Mestre.- Lizzie... - Ouvi Elysha chamar. Sua mão me tocou no ombro com delicadeza, mas eu a empurrei para longe de mim com um tapa.
Morto.
Aztraz estava morto.Gritei. Gritei a todo pulmões. Gritei tentando por para fora toda a dor que sentia e o chão sobre mim tremeu. Sempre que alcançava meus poderes perdidos dentro de mim, sentia que era algo doce e delicado, mas daquela vez foi diferente. O poder era fogo e terremoto, era raio e tempestade. Intenso, forte e destruidor. Gritei de novo. E de novo. E de novo. Minhas mãos começaram a queimar e eu as apertei sobre o corpo imóvel de Aztraz. Minha alma, minha essência, girava dentro de mim, saindo por minhas mãos e indo em direção a ele. Eu sabia, sem nenhum aviso ou motivo, que estava indo longe demais. Que não poderia viver se completasse aquele ritual, que estava me doando para ele, dando minha alma pela dele, mas não me importei. Ele era o Mestre dos vampiros, o ser mais importante de toda sua hierarquia, ele deveria viver. Ele era o pai de Liam. Ele precisava cuidar de Liam. E ele era meu Aztraz, o homem que eu amava, e eu precisava fazer aquilo por ele.
Poder flutuou de mim para ele, senti como se meu interior estivesse sendo rasgado, como se estivesse implodindo. Ouvi murmúrios de espanto quando Darkless suspirou, mas eu não pude sequer ver seus lindos olhos antes de cair; meu próprio coração desacelerou, minha respiração se tornou rasa. Ouvi Elysha gritar, mas ela não podia fazer nada. Queria ter lhe dito adeus, queria ter me despedido, mas meu coração bateu uma última vez e eu mergulhei na escuridão absoluta.
Morrer era muito mais fácil do que viver. Morrer não carecia de decisões, dores ou desafetos, era simplesmente fechar os olhos e se entregar conforme seu coração batia uma última vez e a respiração se findava. Morrer era fácil... Principalmente quando se era por amor.
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A Corte De Sangue - VAMPIRE HISTORY. | CONCLUÍDO
Vampiro"O azul daqueles olhos me dava mais medo do que o preto da mais profunda escuridão." Nada no mundo poderia preparar Lizzie Balmer para a revelação que teve aos dezessete anos: seu pai era um vampiro e depois de sua morte, sua irmã mais velha...