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Adiei o máximo que pude o momento para começar a cantar a tal música e tentar me declarar para Mer; como a bela desastrada que sou, temi me enrolar toda na atividade.

— Addie… — ela tocou meu queixo — Aconteceu alguma coisa? — seu olhar parecia realmente atônito — Você está estranha.

Estávamos deitadas em sua cama, sob meia luz de perspectiva provida do abajur. Nossas pernas, ainda entrelaçadas, faziam carinho uma na outra.

— Não… — respondi.

— Você… tem outra pessoa? Tudo bem se…

— O que?! — interrompi-a, sua face toda acabou demonstrando o estado de insegurança que ela estava. — Não, não.

Pensei então que eu deveria cantar logo a música, ela precisava saber.

Peguei o violão de sua parede e o posicionei em minha perna, eu não sabia tocar tão bem quanto ela, mas eu me esforçaria. Tirei do bolso o papel onde anotei a cifra.

Meredith me olhava interrogativa e divertida, provavelmente me achando uma tola.

— Tudo bem… Ouça… — pedi enquanto ela ainda me olhava com aquela forma engraçada.

— O que é isso? — ela começou a rir antes mesmo de eu começar.

— Apenas ouça.

Ela se consertou em sua posição, sentada nos calcanhares, assentindo.

Cantei a primeira parte da música, sob o olhar atento e surpreso de Meredith e eu fui obrigada a exprimir um suspiro quando o refrão chegou.

— I love you
I love you
I miss you
I miss you (cc: Eu te amo
Eu te amo
Eu sinto sua falta
Eu sinto sua falta)

When everything feels like it's torn apart,
Look to the Moon and know you're in my heart,
When it rains just try to wash it away,
And know that I'll be waiting (cc: Quando tudo parece que está despedaçado,
Olhe para a Lua e saiba que você está em meu coração,
Quando chover deixe lavar tudo,
E saiba que estarei esperando) — cantei olhando-a bem nos olhos, não soube como consegui manter o contato visual naquele momento.

E então eu larguei o violão na cama, agora um pouco envergonhada olhando para minha própria mão.

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