Capítulo 7

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Rafe Cameron

Caralho, já são duas da tarde.
Ontem eu estava tão bêbado que nem lembro como vim parar em casa.

- Oi, bom dia amorzinho. Estava esperando você acordar. - Disse a morena saindo do meu banheiro.

Porra. Oque essa vadia está fazendo ainda na minha casa? Não me lembro nem do nome dela.

- Porque você ainda está dentro da minha casa? - Disse com a voz de sono.

- Ontem você me trouxe aqui não lembra Rafezinho? - Ela falou enquanto se aproximava.

- Dá o fora da minha casa. - Disse apontando para a porta do quarto.

- Oque? Mas, e a gent...

- Já mandei você ir embora porra! - Falei mais alto.

Ela pegou os sapatos que estavam no chão e saiu do quarto. Espero que ela não pense que estamos namorando, não depois da forma como eu tratei ela.

Levantei e tomei um banho bem gelado para passar o sono, vesti uma camiseta branca, uma bermuda e coloquei um boné para trás.
Desci para comer alguma coisa e de cara já vi o meu pai, que ótimo!

- Nossa Rafe, você acordou. Que ótimo. - Meu pai disse mexendo numa caixa de ferramentas.

- Oi pai, me desculpa por nã...

- Para de dar desculpinhas Rafe, você tem dezenove anos. Sabe muito bem das suas obrigações e mesmo assim não dá a mínima. Você acha que eu vou te sustentar para o resto da vida? Você é um moleque inútil, só isso. - Ele disse num tom bravo.

- Eu sei pai, mas eu prometo que vou melhorar. Vou trabalhar com você e vou conseguir resolver as coisas. - Disse olhando para baixo.

- Mais promessas não é? E aquelas que você fez nos últimos três anos, você cumpriu? Não. E sabe o por que? Porque você é um mentiroso Rafe. - Ele disse irritado. - Agora sai da minha frente. - Completou.

- Sim senhor. - Respondi.

Marquei de ir trabalhar hoje mais cedo com o meu pai, mas acabei ficando até tarde na casa do Kelce e bebi demais. Meu pai não acredita em mim, mas eu ainda vou resolver tudo.
A única pessoa em que ele acredita é a Sarah, mesmo ela andando com aqueles malditos pogues. E sempre a culpa é toda minha, toda vez.

Peguei minha moto e fui no Barry um traficante aqui da ilha, eu preciso muito relaxar.

- Country Club! - Disse Barry levantando do sofá imundo.
Odeio quando ele me chama assim, se ele não fosse traficante eu arrebentaria nele.

- Quero uma grama. - Disse me referindo ao pó branco na mesa.

- Só uma? Tá parando com o vício? - Barry riu.

- Eu não sou viciado. Quanto deu?

- Para você um precinho especial, setenta. - Disse ele estendendo a mão.

- Setenta? Esse não é o valor certo.

- Esse valor ou nada. - Disse guardando o saquinho com a droga.

Burn - Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora