Capítulo 43

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Rafe Cameron

- Vem S/n você tem que entrar no carro, se apoia em mim

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- Vem S/n você tem que entrar no carro, se apoia em mim. - Disse ajudando ela a se levantar com muita dificuldade.

- A chave está engatada no carro, me coloca no banco da frente. - Ela disse enquanto andávamos até o carro.

- Eu vou te levar para o hospital e vai ficar tudo bem, ok? - Falei o mais calmo possível enquanto colocava ela no carro.

Porra, ela está sangrando muito. O hospital fica uns vinte minutos daqui, tem que dar tempo.

- S/n, pressiona o lugar. Faz pressão em cima da ferida. - Disse nervoso sem olhar para ela, enquanto dirigia o carro com a máxima velocidade.

-  Isso não vai fazer piorar as coisas? - Ela disse com a voz quase sumindo. Agora que ela disse isso, eu não sei se vai piorar a situação ou vai ajudar. Nunca tive que aprender sobre esse tipo de coisa, merda!

- Só fica pressionando o local, entendeu? Faz oque eu estou mandando. - Disse sem fazer a mínima ideia se isso iria piorar as coisas.

- Eu nunca me imaginei tomando um tiro, caramba. - Ela disse rindo. - Rir dói demais. - Completou.

Ela só pode ser louca. Rindo nessa situação de vida ou morte, ela é realmente louca. Mas independente de tudo, eu não posso perder ela, de jeito nenhum.

Já estou perto do hospital, ainda bem. Não sei qual a gravidade disso, mas pelo tanto de sangue acho que não é um bom sinal. Ela não disse mais nada durante o caminho todo, escutava as vezes ela gemendo de dor, apenas.

- Chegamos! - Disse eufórico. - S/n? Ei por favor abre os olhos! - Falei desesperado colocando minhas mãos em seu rosto quando percebi que ela estava com os olhos fechados. - Por favor S/n!

- Você está fazendo pressão na minha barriga. - Ouvi ela dizer quase em um sussurro, respirei aliviado e logo percebi meu braço apoiado nela, tirando o mesmo rapidamente.

- Eu vou tirar você do carro e nós vamos entrar no hospital. Acho que isso vai doer um pouco, mas por favor não desmaia.

- Eu vou tentar. - Ela disse com uma piscada preguiçosa.

Fui do outro lado do carro, na porta onde ela estava, para conseguir pegar ela no colo. Porra, e se eu machucar ela ainda mais?

- No três eu te pego no colo, ok?

- Ok.

- 1...2...3! - Contei e peguei ela no colo rapidamente, fazendo com que ela soltasse um grito de dor e fincasse as unhas em um dos meu ombros.
- Pronto, calma. Encosta a cabeça no meu ombro. - Falei e ela se aconchegou um pouco. Não consigo imaginar a dor que ela deve estar sentindo, eu daria qualquer coisa para trocar de lugar com ela.

Burn - Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora