"Olhei dentro de seus olhos que pareciam precisar de mim, tanto quanto eu preciso dele. É como se nós fôssemos um tipo de droga um para o outro, não é saudável, mas nós queremos muito isso."
Depois de perder seu pai, S/n e sua mãe vão morar em Outer...
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- A cirurgia foi um sucesso! - O doutor disse e pude finalmente respirar aliviado, assim como todos os outros. - Ainda não sabemos como ela foi forte o suficiente para aguentar tudo isso. - Completou.
- E quando ela vai ter alta? - Perguntei com os olhos cheios de lágrimas, odeio isso, mas eu estou recebendo uma das melhores notícias da minha vida.
- Assim que ela acordar, ela ainda está com sedativo então pode ser que demore um pouco. - O doutor explicou.
- E quando vamos poder fazer visitas? - Sarah perguntou, chorando de felicidade.
- Quando ela acordar também. Mas podem ficar tranquilos que uma de nossas enfermeiras vai avisar quando isso acontecer.
- O importante é que ela está bem, ela conseguiu ser forte. - JJ falou e John B abraçou ele de lado.
- A senhora é a mãe dela? - O médico perguntou para Ellen.
- Sim, sou eu sim. - Ela respondeu sorridente.
- Me acompanhe até minha sala por favor. - Ele disse fazendo uma menção com as mãos e ela foi junto com ele.
Porra, finalmente eu posso ficar tranquilo. Essas foram as seis horas mais agoniantes da minha vida. Nem eu sabia que conseguia me importar tanto com uma pessoa igual me importo com ela. Quero que tudo entre nós dois mude quando ela sair desse hospital, quero fazer as coisas certas, e fazer com que elas deem certo. Minhas roupas estão muito sujas de sangue e não quero ver a S/n desse jeito, acho melhor ir para minha casa e tomar um banho nesse meio tempo.
- Eu vou ir para a minha casa tirar essas roupas e tomar um banho, não demoro para voltar. - Disse como se eles se importassem se eu fosse embora.
- Por favor vê se a Whezzie está bem, acho que ela deve estar sozinha. - Sarah me pediu e eu apenas acenei a cabeça e sai.
Caralho, meu carro está todo sujo de sangue, eu vou ter que voltar para o hospital com a minha moto. Não quero ficar lembrando ainda mais do que aconteceu hoje.
Assim que cheguei na minha casa chamei a Whezzie que não apareceu, então fui até o quarto dela e ela não estava lá, provavelmente meu pai deixou ela na casa de alguém para ele fazer as merdas dele. Por um momento até pensei que poderia encontrar ele aqui, mas é óbvio que não. Ele não seria tão burro de voltar tão rápido para casa. Sei exatamente o lugar que ele guardou o ouro mas seria muita burrice tentar pegar, provavelmente os seguranças iriam ver tudo, fora que a casa é lotada de câmeras.
Subi para o meu quarto e já fui direto para o chuveiro, liguei ele na temperatura morna e deixei a água escorrer da minha cabeça até meus pés por um tempo, eu precisava disso. Finalmente vou colocar uma roupa limpa e vou jogar essa no lixo, não quero guardar essas roupas. Vesti uma calça já que vou até o hospital com a minha moto, apesar do calor que está fazendo. Ainda bem que já é tarde da noite e eu não vou precisar ficando andando devagar com a moto, uma das melhores sensações é sentir a adrenalina de correr e sentir o vento no rosto. Peguei a chave da moto que estava em cima da minha escrivaninha, o capacete e desci para a cozinha. Pensei até em comer alguma coisa porque faz tempo que não como, mas não estou com um pingo de fome. Coloquei o capacete, liguei a moto e arranquei dali. Fui pilotando na máxima velocidade, sentindo o vento no rosto, do jeito que eu gosto. Cheguei no hospital em no máximo dez minutos e já na entrada vi alguns policiais conversando com a mãe da S/n, acho que provavelmente eles vão querer meu depoimento em algum momento.
