"Olhei dentro de seus olhos que pareciam precisar de mim, tanto quanto eu preciso dele. É como se nós fôssemos um tipo de droga um para o outro, não é saudável, mas nós queremos muito isso."
Depois de perder seu pai, S/n e sua mãe vão morar em Outer...
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Faltam alguns minutos para eu finalmente chegar em Outer Banks e já consigo ver o píer daqui. Eu senti tanta saudade de ver isso, essa calmaria e caos em simultâneo. Sinto que quero levar uma vida calma e normal, mas, em simultâneo, não quero. Eu admito que gosto da adrenalina e do perigo de nossas aventuras. Odeio pensar também nas coisas que vivi com Rafe, mas é impossível. A cada minuto que se passa eu me pego pensando naquele garoto. Porque ele tem que ser tão imbecil? As coisas poderiam ter sido tão fáceis se ele fosse uma pessoa normal que frequenta a terapia. Confesso que já pensei mais de mil vezes em levar ele para uma clínica psiquiátrica, mas seria bem provável ele fugir de lá e me matar. Não sei oque despertou esse meu interesse nele; bom, talvez seja porque ele é um puta gato, gostoso, maravilhoso, louco, lin... ai meu Deus, oque eu estou pensando? É o Rafe, S/n, o idiota do Rafe. Quanto antes eu esquecer ele, melhor.
E a melhor notícia é que eu vou ter a casa só para mim, durante um mês inteirinho, oque significa que com toda a certeza do mundo eu vou destruir aquela casa em uma semana no máximo. Sinto-me um pouco mal de estar feliz por minha mãe estar longe de mim, mas também sei que a minha relação com ela está meio quebrada agora. Queria muito que ele tivesse um pouco de confiança em mim e acreditasse no que eu digo; diferente da palavra do Ward. Ainda não entendo como ela pôde ter acreditado nele, e não em sua filha. Mas também, agora já passou.
[...]
Finalmente desembarquei da balsa, sai de dentro dela quase num pulo, meu sorriso está tão grande que estou parecendo o coringa. Olhei para os lados tentando enxergar algum dos meus amigos, mas não estava vendo nenhum deles. Tenho certeza que eles disseram que viriam me buscar, ou eu já estou tão paranóica que estou alucinando.
— VOLTA AQUI, SEU MOLEQUE! — Ouvi um homem gritar, e uma movimentação estranha no meio das pessoas.
— JJ! — Gritei quando percebi que ele corria em volta das pessoas tentando fugir do guarda gordinho que corria atrás dele. Ele olhou para trás e mesmo distante pude ver o quanto seus olhos azuis brilharam ao me ver, e tenho certeza que os meus fizeram o mesmo. Abri um sorriso largo e ele retribuiu o mesmo e logo em seguida voltou a correr. Oque é que esse menino fez? Jesus. Como se já não bastasse, Kiara e Sarah passaram correndo com dois fardos de cerveja na mão, cada uma. Bom, agora eu entendi a confusão.
— Não dá tempo de explicar, corre! — Ouvi uma voz atrás de mim, e quando me virei, percebi ser John B, que já estava correndo com uma de minhas malas nas mãos. Sem pensar muito, fiz o mesmo. Levantei a alça da minha mala e comecei a correr e puxar ela comigo.
- Vai logo gente, eu não posso ser preso! - Pope gritou de dentro da kombi logo à frente.
Todos entraram primeiro e eu fiquei por último, como de costume. Pulei rápido para dentro e puxei minha mala com uma força inexplicável, mal senti o peso dela.