capítulo 10

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Luana

Fui com o Bob até o banheiro e ali mesmo começou a pegação com mão boba, beijo, chupão... Pensa em uma pegada sinistra que esse garoto tem, eu já estava me sentindo meio alterada também.

Bob: Tava esperando o teu pai meter o pé.

-O Ret é a cópia dele quando se trata da minha segurança, e o Cadu também. -olhei para trás -Inclusive cadê ele? Não vi ainda.

Bob: Tu acha que eu ia te trazer pra cá com o Marcos na área? Na última vez ele me ameaçou com um fuzil na minha testa. -riu passando a mão no meu cabelo -Cadu tá amarradão em uma mina da baixada. Largou o baile pra ir de rolê com ela, acredita?

-Não. -cruzei os braços um pouco enciumada

Por que aquele traste não me contou nada?Talvez ele esteja me trocando pra ficar com ela, custava ser sincero. Sempre respondia que estava em missão.

-Isso aqui não vai estragar a nossa amizade não, né Caio? -falei assim que nos afastamos

Bob: Nosso lance proíbido?

Nem existe lance, mas tudo bem.

-Tu ficou estranho depois que ficamos pela primeira vez, agora só conversamos quando queremos se pegar. E pra mim está tudo bem, espero que pra tu também.

Bob: Queria te ver mais, fiquei sem tempo. -cruzou os braços -Além que o teu amiguinho me vigiava 24horas pra ficar longe de tu.

-Ah claro. -encarei as tatuagens dele -Curto sua amizade, não vacila não.

Bob: Jamais princesa. -sussurrou e me puxou pra outro beijo

Já estava me sentindo totalmente excitada. Porém tem um bagulho, sou virgem e prezo muito pela minha preciosa, nunca passa de siririca.

Bob: Tô paradão em tu, Luana. -beijou meu pescoço e eu abrir a boca soltando um gemido abafado

Ret: Tá repreendido. -falou rindo

Me afastei rapidamente do Caio sentindo a minha cara ficar quente e vermelha, puro constrangimento.

Olhei para o Filipe de braços cruzados xingando ele mentalmente.

Bob: Foi mal Ret.

Ret: Tanto lugar para se comerem, escolheram logo o banheiro? -fez careta

-O que tu quer? -perguntei pacientemente

Ret: Ir embora, esqueceu que sou o "idoso"? -deu um passo encarando o Bob -Vaza tu também, dona Lena está te procurando. 03horas da manhã é hora de tu tá em casa.

Bob: Tô indo. -levantou as mãos e saiu sem me olhar

Ret: Vamo embora. -estendeu a mão e eu neguei

-Não quero ir agora.

Ret: Tu fumou? -aproximou o nariz na minha boca -Tu usou lança?

-Não, acho que é só bebida.

Ret: Tá doida Luana? teu pai vai comer o meu cu se vê isso. -mordeu os lábios passando a mão na testa

-Foi só um pouquinho de álcool. -falei baixo e ele negou me puxando

Saímos do baile e ele entrou no carro me jogando no banco. Nem estava lembrando de mais nada, apenas apaguei.

(...)

Acordei na minha cama e com a roupa trocada, dor de cabeça infernal.  Fui no banheiro lavar o meu rosto e escovar os dentes. Desci as escadas correndo e caminhei até a cozinha vendo a Bianca e a dona Lurdes conversando.

-Bom dia. -falei quase sem voz

Sempre que eu acordo com ressaca existe uma voz de fumante na minha garganta.

Lurdes: Bom dia querida.

Bianca: Tá melhor Lua?

-Sendo sincera nem lembro o que rolou ontem. -franzi as sobrancelhas

Bianca: O Ret te trouxe e parece que tu misturou ontem, mas relaxa, teu pai não sabe. Quando tu chegou eu te dei banho e vestir.

-Valeu mesmo Bia, se estou viva hoje, agradeço a tu. Papo reto mesmo. -falei aliviada e ela gargalhou

Lurdes: Filha, não use esses negócios de lança. Isso faz mal. -me entregou um copo de água

-Eu devo ter usado e nem percebi na hora.

Bianca: Disfarça aí. -sussurrou e eu virei vendo o meu pai e o Ret entrando em casa

Fael: Eu sei caralho, mas tu foi cobrar o comédia daquele jeito Filipe?

Ret: Foi só um tiro, relaxa coroa.

Os dois pararam na cozinha encarando a gente que desviamos o olhar. Apenas abaixei a cabeça pra disfarçar minha cara de morta.

Fael: Tá acordada essas horas por que? -beijou a minha testa e deu um selinho na Bianca -E tu, não ia pra casa da sua amiga?

Bianca: Vô mais tarde, tá me expulsando é? -ele falou algo no ouvido da mesma que riu

-Eu acordei agora por que tenho um domingo inteiro para aproveitar.

Ret: Tá parecendo um dragão. -se aproximou de mim e eu bati na mão dele -Filhote de cruz credo.

-Não fode cara. -falei rindo e ele bateu na minha testa

Dei um murro na perna dele, que puxou o meu cabelo me fazendo sair no tapa com ele.

Fael: Para de putaria. -afastou o Filipe -É duas criança mermo.

Ret: Tua filha tá mal criada irmão. -apontou o dedo para mim e eu revirei os olhos -Não educamos ela direito amor.

Fael: Não começa, porra. -se afastou

-Pai, posso ir na praia hoje? -encarei ele

Fael: Com quem, que horas, qual praia?

-Não sei, provavelmente Lorena e a Nicole.

Fael: Se tu for, tem que ir com 6 vapor na tua cola.

-Posso relevar isso, três tá bom né?

Ret: Uma praia pegaria bem hoje. -me abraçou de lado

-Não te convidei. -seu olhar lentamente me atravessou

Ret: Uma pena anabelle. -virou e depois voltou com um sorriso chantageador no rosto -Fael, sabia que ontem aconteceu uma pérola?

-Tá. -sorrir falsa -Tua presença é mais que bem vinda.

Ret: Gentil da sua parte tesouro. -sorriu mostrando as covinhas -Mas tô no corre, deixa pra próxima.

Fael: E ontem teve o que? -me encarou desconfiado

Ret: Nada, só ganhei 20 mil no truco. -mudou de assunto

 PROCEDER DA PENHA - 1° LIVRO  (CONCLUÍDA) REPOSTANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora