capítulo 11

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Luana


Conseguir fazer o meu pai deixar eu descer pra baixada com as meninas e agora estamos na praia.

Nicole: Caralho, quanto bofe bonito. -sussurrou no meu ouvido

Lorena: Tô passando mal. -se abanou encarando os rapazes passando por nós

-Graças a Deus. -levantei o óculos de sol vendo os moleques jogando altinha na areia

Lorena: Sol fervendo hoje, papo reto.

-Quero fazer marquinha. -estendi a canga e deitei com a bunda pra cima

Nicole: Coloquei logo meu biquíni dentro do rego, sem neurose e estresse. -gargalhei vendo ela ajeitando os peitos e sentando na cadeira

Lorena: Rolou algo ontem? me atualizem.

-Eu peguei o Caio.

Nicole: O Bob? -assentir e ela fez careta -Não eram amiguinhos?

-Somos, mas já ficamos umas 2 vezes. -encarei elas

Lorena: Ele é gostoso, tá certa. -mordi os lábios assentindo

Nicole: Vá orar Luana. -riu passando o protetor -Tudo virgem com fogo no cu.

Ficamos na marola aproveitando a paz de espírito que o mar atraí. Já estava com a minha marquinha estalando, satisfeita depois de levar vários shot de água salgada. Vi um dos vapores dando lugar para a Lorena subir na moto e observei que era o VT.

-Falso tu né Vinícius, nem fala mais. -coloquei as mãos na cintura

VT: Caô doida, tô sem tempo mermo. -estendeu a mão e eu apertei assentindo -Sobe na garupa do DK, ou do Sacolé.

Virei vendo o tal "DK" e me aproximei montando na garupa. Meu pai trocou os vapores e para mim é tudo novo, tento fazer amizade com a maioria.

Xxx: Segura aí patroa. -virei pegando o capacete e sorrir de lado vendo ele acelerar

Nem deu tempo de me despedir das meninas, agarrei na cintura dele. Quase faleci duas vezes quando ele passou no corredor entre os ônibus.

Sentir minha pressão ir no chão e voltar.

Xxx: Suave?

-Gostinho da morte é sempre bom. -entreguei o capacete e ele sorriu mostrando o aparelho nos dentes -Adrenalina.

Xxx: Fé pra tu.-saiu falando com os outros vapores

Entrei em casa vendo que não tinha ninguém.

Subir para o meu quarto e tomei um banho colocando o blusão do meu pai, desci as escadas correndo e quase tropeço no energúmeno que parou na minha frente.

Levantei a cabeça vendo o Filipe parado.

Ret: Tu ainda vai se arrebentar toda nessa escada. -beijou a minha testa e se afastou

-Tá fazendo o que aí? -encarei ele -Parado, parecendo um mal assombrado.

Ret: Vim bater um lero com tu.

-Comigo? olha só, se for pelo rolê de ontem. Eu nem lembro. -ele negou com a cabeça

Ret: Coé do teu rolo com o Bob?

Caminhei até o sofá e sentei ligando a televisão.

-Nenhum, por que? -ele assentiu desconfiado -É sério, eu e o Bob ficamos as vezes mas não vai pra frente.

Ele levantou as minhas pernas e sentou do meu lado colocando sobre o seu colo.

Ret: O moleque tá curtindo tu. -sorriu falso

-Tô sem tempo pra isso.  -falei igual ao meu pai

Ret: Ih ala, 18 anos e tá sem tempo?

-Agora pronto, qual o problema? -cruzei os braços

A porta abriu e eu encarei o meu pai passar tirando a arma das costas.

Fael: Favela parecendo um inferno de problema e tu tá aqui seu pau no cu?  -os olhos dele parou bem no colo do Ret -Afasta aí.

Ret: Tá marolando? -fez careta

Fael: Vá fazer a tua hora extra, mandei ficar na contenção e tu meteu o pé.

Ret: Tô morgado, mas fiquei 5horas lá. -tirou minhas pernas do colo e levantou batendo na nuca do meu pai

Fael: Vô descarregar essa pistola no teu peito Filipe. -destravou a arma e eu encarei os dois

Ret: Tô indo pra goma, amanhã é outro dia. Fé pra tu. -saiu batendo a porta fazendo meu pai xingar ele

Fael: E tu, tá fazendo o que aí? -me encarou

-Assistindo o meu desenho, bença. -ele resmungou "Deus te abençoe" e ficou me olhando  -O que foi? sou bonita, eu sei.

Fael: Tá andando muito com o Filipe, respondona desse jeito vai ficar trancada em casa. -apontou o dedo e eu levantei abraçando ele

-Larga de se estressar assim homem. -beijei a bochecha dele -O infarto vai chegar antes dos 50 anos.

Fael: Tá agorando teu coroa Luana?

-Deus repreende. -bati no peito dele -Ainda vai viver muito e ser vovô, bisavô.

Fael: Vô fingir que nem escutei isso aí.

-Eu falei alguma coisa? nem lembro. -falei sonsa

Fael: Tem problema tu ir dormir na casa da Bianca hoje?

-Adoraria. -sorrir encarando ele -Tu gosta dela né?

Fael: Tá usando droga?

-Eu conheço o pai que tenho, entenda isso. Afinal sou tua cópia.

Fael: Conhece mas tu sabe que é adotada, né? -andou tirando a camisa

-Vem cá, tu vai sair pra onde? -encarei curiosa

Fael: Tá abusando da relação entre pai e filha, acha não?

-Fala logo. -suspirei sabendo que ele vai fazer alguma merda - Rafael?

Fael: Missão em bangu Luana. -subiu as escadas e eu seguir ele

-E tu só avisa agora? -cruzei os braços tensa

Fael: É, não pilha não. Volto de madrugada, rápido pô.

-Pai, tu corre risco?

Fael: Todos os dias né minha filha. -virou me encarando -Hoje é nosso, vou e volto.

-Promete?

Fael: Não, mas tu sabe que o Filipe tá aí pra tudo.

-Rafael?

Fael: Ih, chatona. Prometo Luana,agora deixa eu tomar banho. -bateu na minha testa -Privacidade, por favor?

-O Filipe também vai? -encarei ele fechar a porta do quarto

Fael: Não, é coisa rápida. Tô te falando. -gritou e eu desci as escadas

Fiquei desconfiada por que esses dois são inseparáveis. Sair procurando o meu celular indo mandar mensagem para Bianca. Sempre quando acontece essas missões ficamos fofocando e discordando dessas atitudes do meu pai em esconder tudo de nós duas.

 PROCEDER DA PENHA - 1° LIVRO  (CONCLUÍDA) REPOSTANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora