Capítulo 06

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Aviso: o capítulo a seguir possui conteúdo sexual explícito, não adequado para menores de idade. Caso não se sinta confortável, não leia e pule para a parte que se inicia no símbolo "..."
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6 meses depois

Ada suspirou ainda de olhos fechados.

Uma sensação gostosa de calor tomava conta de seu corpo, fazendo-a se aconchegar ainda mais no que supôs ser seu cobertor felpudo quentinho.

A garota resmungou baixinho, sentindo toques suaves em sua face, em uma carícia de adoração.

O autor destes toques era Bora, que após acordar cedo como o de costume, reverenciava a imagem de Ada nas primeiras horas da manhã.

A mulher tinha uma sombra de um sorriso despontando os sua boca entreaberta, fazendo com que a atenção de Bora focasse para seus lábios rosados e cheios. O homem esfregou a mão em sua própria face, embasbacado que essa simples ação involuntária de Ada tivesse o poder de deixá-lo hipnotizado.

Ada se remexeu inquieta, sua mãos tateando o colchão da cama, a procura de apertar o seu cobertor fofinho contra si. Porém, ao sentir uma textura macia e ao mesmo tempo quente embaixo de seus dedos, Ada estranhou e tentou abrir seus olhos, confusa.

Quando os olhos verdes semiabertos de Ada encontraram a escuridão das íris castanhas de Bora, ambos sorriram. O carinho que Ada viu guarnecido nos olhos escuros de Bora fizeram a garota suspirar e sorrir, enquanto se espreguiçava ainda deitada.

— Bom dia.— Ela saudou e sorriu em seguida, dando-se conta de algo.— Por acaso o senhor estava me observando dormir, Bora querido?

O homem sorriu, aproximando-se da mulher espreguiçada na cama.

— Bom dia.— Ele respondeu, seus lábios beijando cada canto da boca de Ada e parando no seu centro, completando sua fala em um sussurro com seus lábios encostados no dela.— Não tenho como negar, não é? Você me conhece tão bem... E sempre é bom acordar assim, ao seu lado.

Ada, de fato, já havia percebido essa hábito de Bora de observá-la dormir, sempre que ele era o primeiro a despertar.

— E qual é o porquê disso? — Ada indagou, ainda derretida pelas últimas palavras ditas pelo homem.

Bora parou por um momento, ficando tímido de repente diante daquele olhar astuto da mulher. Ela tinha o poder de tê-lo nas mãos.

— Não sei...— Ele sorriu, seu olhar voltando a fixar-se no rosto da garota.— Eu apenas me sinto feliz em te observar. Principalmente, assim... Perto de mim. Como se eu tivesse que me assegurar de que você é mesmo real.

Ada se sentou, inclinando seu corpo, que trajava uma camisola prateada de cetim, o tecido suave encostando no peito nu de Bora e provocando arrepios no homem, ao passo que Ada encostava seus lábios suavemente nos dele.

— Nós somos reais.— Ada declarou, olhando-o cheio de carinho.

Os ombros de Bora ficaram mais relaxados perante as palavras dela e seu corpo aqueceu em seguida, satisfeito.

Bora se inclinou na direção de Ada, invertendo suas posições e ficando por cima dela, tomando seus lábios de uma forma tão faminta, que a outra gemeu baixinho em aprovação.

O pequeno ruído sexy de Ada levou Bora para além de seus sentimentos e este voltou a beija-la com mais intensidade.

Era como se Bora estivesse entorpecido, e Ada fosse a sua droga.
Era como se Bora estivesse faminto, e Ada fosse a sua mais deliciosa refeição.
Era como se Bora esteve sedento ao vagar pelo deserto, e Ada fosse o oásis que lhe tirava o fôlego.

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