Apaixonado por uma divindade (romance gay)

A terapia

O senhor Rogério era um homem de 50 anos que tinha uma sabedoria muito grande, ele me ensinava muita coisa sobre pessoas como eu, além disso, ele me ajudava a juntar dinheiro para a minha viagem para a Sérvia. Ele me disse que é possível conquistar qualquer homem a partir de uma boa conversa.

- muito bem, Rodolfo, hoje vou te mostrar que é possível conquistar qualquer homem- disse o senhor Rogério apontando para um policial- veja aquele homem, ele é muito masculino! Agora veja só o que eu faço

O senhor Rogério se afastou de mim e foi até onde estava o policial, não dava para ouvir o que eles diziam, mas o policial estava com uma cara de sério, no entanto, seu rosto ficou alegre. O policial convidou o senhor Rogério para entrarem em um banheiro público e ficaram por lá durante um bom tempo.

- Você viu como o meu método dá certo?- disse Rogério.

- como você fez isso?- perguntei curioso.

- Simples, você deve fazer com que o próprio homem vai atrás de você e não você dele- disse Rogério.

- Como assim?- fiquei curioso.

- Bem, a sociedade acredita que existe apenas 3 níveis: hetossexual, bissexual e homossexual, mas na verdade são 13 níveis! Sendo que de 1 à 6 é heterossexual, 7 à 8 bissexual e de 9 à 13 homossexual- disse o senhor Rogério.

- Uau! Então a maioria dos héteros tem um segredinho?!- fiquei animado.

- Exato! Apenas 10% dos héteros são realmente héteros!- disse o senhor Rogério com um sorriso no rosto.

- E como faço para que eles venham até mim?!- perguntei contente.

- Você tem que colocar uma ideia na cabeça deles, você tem falar de algo bonito em seu corpo pois os héteros só ficaram com você se acharem que foi ideia deles te pegar, por tanto, jamais elogie um Hetero chamando-o de bonito, lindo, entendeu?- Explicou Rogério.

- Mais ou menos- fui sincero.

- com o tempo você vai entender- respondeu o seu Rogério.

Ao longo do tempo o senhor Rogério foi me ajudando em vários problemas, ele também me mostrava a arte de seduzir, eu apenas observava de longe, mas aprendia muito. 2 anos depois o senhor Rogério tinha tido relações com um grande número de homens da cidade até que um dia, uma multidão começou a jogar garrafas de vidro na sapataria.

- Maricas! Abomináveis!- Gritava a multidão.

- Senhor Rogério, o que faremos?!- perguntei desesperado.

- Vou fazer o mesmo que fiz nas outras cidades, ir embora e recomeçar tudo de novo- disse o senhor Rogério arrumando as suas coisas.

- E quanto a mim?- perguntei triste.

- guardei o seu dinheiro, está enterrado em baixo de uma árvore na praça- disse o senhor Rogério saindo pela porta dos fundos.

Peguei as minhas coisas, porém quando cheguei do outro lado da casa, a multidão já estava lá também, eles me arrastaram para o meio da rua e começaram a me chutar gritando: "pecador!", mas a polícia chegou rápido e me levou preso.

- Estou sendo preso pelo quê?- perguntei desesperado.

- cala a boca! Depravado!- gritou um policial.

Fui levado a delegacia acusado de desordem pública, mas o delegado achou melhor me levar para uma clínica de reorientação sexual. Quando cheguei na clínica vi vários "pacientes" sendo atendidos, alguns era eletrocutados, outros tinham pregos colocados nós olhos e outros tomavam remédios que os faziam vomitar. Quando cheguei ao psiquiatria ele começou a fazer perguntas a mim.

- Você sente orgulho ou vergonha de quem você é?- perguntou o psiquiatria diabólico.

- bem, eu ajudei a pátria, eu sou um herói- respondi.

- certo, sua mãe te mimava muito?- perguntou o psiquiatria.

- minha mãe morreu quando eu era pequeno- respondi.

- Você queria ser como o seu pai?- perguntou o dito especialista.

- meu pai era militar e lutou na primeira guerra, eu era militar e lutei na segunda guerra- respondi educadamente.

- O que você sente quando vê um homem?- perguntou o psiquiatria.

- Na verdade, eu só gosto de um homem, esse homem está longe de mim, mas só de pensar nele já me dá alegria e minha autoestima aumenta- respondi lembrando de Borislav.

- bem, aqui recebemos pacientes que sentem atração por pessoas do mesmo sexo, porém no seu caso será mais fácil já que é uma pessoa em especial. Você tem foto dele? - perguntou o doutor tortura.

- Não, só tenho esse medalhão- mostrei o medalhão- quando uso esse medalhão é como se o meu amado estivesse me abraçando.

- Ok! Siga-me - disse o psiquiatria.

Eu segui o psiquiatria até uma sala onde tinha uma poltrona virada para um pôster de um homem nu. Me sentei na poltrona e o psiquiatria tirou o poster do homem nu e colocou o medalhão para que eu o observa-se.

- Muito bem, Rodolfo! Quero que você use a sua imaginação e imagine o homem que você tem sentimentos olhando para o medalhão- disse o psiquiatria.

Então a enfermeira me amarrou na poltrona e ligou a eletricidade, gritei muito, então, a enfermeira desligou para que eu voltasse a me concentrar no medalhão, então, ela ligou a energia e voltei a gritar, o psiquiatria gritava: "louvado seja Deus", enquanto, me davam choque. Fizeram isso 20 vezes e depois me mandaram ir dormir pois seria assim todos os dias para que eu ficasse curado da homossexualidade.