A partida

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As idosas estavam ensanguentadas com marcas de agressão e facadas, Borislav tentou achar a sua mãe, mas ela não estava entre as idosas, isso fez o meu amado entrar em mais desperto.

- Rodolfo me ajuda a procurar a minha mãe- disse Borislav e rapidamente tentei ajudá-lo, porém uma idosa acordou.

- Borislav, a sua mãe foi levada- disse a idosa.

- por quem?!- perguntou Borislav de olhos arregalados.

- Eles querem mata-lo porque você também é cigano- disse a idosa, morrendo em seguida.

- Isso não pode estar acontecendo- disse Borislav chorando ,em seguida, ele segurou a minha camisa com força- Rodolfo! Por quê?!

- Borislav, você sabe que estou muito longe de ter ódio de você e também já falei que não odeio ciganos- disse para Borislav pois ele estava com raiva de mim por não ser cigano.

Vimos pegadas na neve e resolvemos segui-la até que chegamos em um bar, lá estavam os mesmos motoboys que jogaram sopa quente na minha cara quando eu estava na Sérvia. Borislav quis entrar no bar, mas eu o segurei balançando a cabeça fazendo um "não".

- Me solta Rodolfo! Meu nome é Borislav! Conhecido em lutas!- disse entrando no Bar- Eu sou cigano! Vou lhes jogar pragas e roubar os seus pertences!

- Nós estamos com a sua mãe! Pois sabíamos que você viria- disse um dos motoboys tentando jogar uma garrafa de vidro em Borislav, mas ele se desvia.

- Por favor, não briguem no meu estabelecimento!- disse Weber, o dono do bar.

- Vamos quebrar todo esse boteco, depois pegamos o cigano!- disse outro Motoboy.

- Vocês não se atrevam a fazer isso!- disse Jennifer a mulher do dono do bar, então, o motoboy se tremeu de medo da mulher.

- Vamos pegá-lo!- disse um dos motoboys tentando chutar Borislav, mas ele quebra a sua perna e chuta sua cara.

Enquanto Borislav batia nós motoboys, eu fui até uma carroça abandonada e lá vi a mãe de Borislav toda amarrada, então, veio um dos motoboys ele estava com uma corrente na mão e estava a girando para me bater com ela. Derrepente, Jennifer segura a corrente e dá um soco tão forte no motoboy que ele desmaia.

- Obrigado- disse para a dona do Bar.

- Não quero que tragam mais problemas ao meu estabelecimento!- disse Jennifer.

- Tudo bem- respondi, então, Borislav chegou.

- Onde está a minha mãe?!- gritou Borislav.

- Eu não faço a menor ideia! Quero que vocês vão embora e nunca mais voltem!- gritou Jennifer e Borislav chutou a lata de lixo, então, Jennifer voltou para dentro do bar e Borislav arrastou o homem desmaiado.

- Onde está a minha mãe?!- gritou Borislav acordando o homem com um tapa.

- sua mãe está no fiorde ao norte- disse o homem.

- Então, você irá nos levar até lá!- disse Borislav.

Entramos em um carro-monstro dos motoboys levando o homem como refém. Borislav batia no homem, enquanto, eu dirigia, porém eu nunca havia dirigido aquele tipo de carro, mas ele era muito bom pois passava pelos buracos sem nenhum efeito.

Derrepente, vimos os motoboys nós seguindo nas suas motos de caveira. Ameaçamos matar o nosso refém caso eles não parassem de nós seguir, todavia eles não se importaram com isso e continuaram nós seguindo.

- Eles vão arrancar as suas entranhas quando os pegarem- disse o refém.

- Eu acabei de dar uma surra em todos eles!- disse Borislav.

- Ah! É?! E sua mãe? Ela também possuí tal força?- perguntou o refém.

- cala a boca!- disse Borislav dando-lhe um soco no nariz.

Chegamos até o fiorde e vimos a mãe de Borislav amarrada em uma espécie de Cruz na beira de um abismo, rapidamente descemos do carro deixando o refém amarrado e fomos retirar a mãe de Borislav antes que a cruz caísse no abismo pois no fim desse abismo havia o mar e estava cheio de rochas pontiagudas e tubarões.

Desamarramos a idosa e a tiramos da cruz quando os bandidos chegaram e desamarram o refém, novamente começamos a brigar, quando achávamos que tinhamos vencido os motoboys, um deles enfiou uma faca na mãe de Borislav, imediatamente, Borislav pulou em cima dele, então, os dois caíram do abismo, mas segurei a perna de Borislav e o puxei para cima.

- Mãe!- gritou Borislav indo em direção a sua mãe.

Voltamos para a nossa barraca, colocamos panos para diminuir o sangramento, porém o corte foi profundo e não haviam hospitais próximos. Borislav chorava enquanto via a sua mãe ficar cada vez mais fraca, então, ela fez um pedido a Borislav.

- meu filho, quero que você vá sozinho pegar boldo para mim- disse a mãe de Borislav.

- tudo bem, mãe- Borislav beijou a testa de sua mãe e saiu atrás da planta.

- Rodolfo, venha cá, meu filho- disse a mãe de Borislav.

- senhora?- me aproximei dela.

- Me desculpa por ter te julgado mal, você é um bom amigo para o meu filho, os espíritos me dizem que vocês estão muito conectados, por isso, te peço mais um favor, quero que você cuide do meu filho e sempre esteja do lado dele em qualquer situação, você pode fazer isso?- perguntou a mãe de Borislav.

- Sim, senhora, será um prazer cuidar do seu filho- disse beijando a mão da mãe de Borislav e ela fechou os olhos.

- mãe! Cheguei com o boldo!- disse Borislav entrando na cabana.

- Borislav- disse abraçando ele, então, ele começou a chorar.

Durante a noite, Borislav e eu estavamos vestidos de preto, não fazia ideia do que dizer para consolar Borislav pois ele viu a sua mãe ser esfaqueada e depois morrer. Pegamos os corpos das idosas (incluindo o da mãe de Borislav) e colocamos pedaços de madeira em cima dos corpos.

- Não vamos cavar as covas- perguntei quando Borislav atirou fogo nos corpos- Ah! Vocês não enterram.

- Rodolfo, pega o vinho que está na minha mala- disse o meu amado, então, peguei a bebida e ele deu uma golada.

- Vai ficar tudo bem, Borislav- disse de cabeça baixa, então, Borislav foi construir uma barraca (pois foram destruídas)- eu vou dormir perto da fogueira.

- tranquilo, pode dormir comigo, não quero dormir sozinho- disse Borislav construindo a barraca.

Quando ele terminou de construir, entramos e nós deitamos de costas um para o outro, os lobos estavam uivando muito naquela noite, parece que um lobo havia morrido. Derrepente, Borislav se vira, me puxa para perto dele e me abraça com se eu fosse um urso de pelúcia.










Apaixonado por uma divindade (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora