O olho que nada vê

314 29 12
                                    

Estava surpreso com aquele lugar, mas não gostei do fato de estarem mascarados, isso me deu um mal pressentimento, então, recusei a proposta de Baldur dizendo que eu não ficaria muito tempo na Islândia. Depois saí dali e vi Borislav sentado  no sofá conversando com uma mulher e ambos estavam bêbados.

- Borislav, acho que é melhor sairmos daqui estou com um mal pressentimento- disse isso e a mulher que estava conversando com Borislav começou a passar a mão em mim.

- hum... Me parece delicioso- disse a mulher.

- Que isso cara, dando em cima da minha mina- disse Borislav.

- Borislav, você está muito bêbado é melhor irmos embora- Disse tentando me aproximar dele, mas ele fez uma posição de ataque.

- Quer brigar? Vem! Vem!- disse Borislav em posição de ataque.

Para piorar a situação vimos Baldur e seus capangas levando LeBron e Pierre amarrados para o meio da festa ( todos os capangas estavam armados). Eles alegaram que viram os dois se beijando e que por isso, mereciam aprender a lição.

- As pessoas da Islândia querem aceitar esse tipo de indivíduos, mas nós seremos a resistência!- disse Baldur e seus capangas levantaram as armas concordando.

Tentei fazer alguma coisa, mas o Borislav me segurou tentando me derrubar com um "mata-leão", imediatamente dei um soco no cotovelo dele e ele retirou o braço de mim. Subi até a escada e pulei em cima de uma mesa com rodas e caí do segundo andar com a mesa em cima do Baldur e seus capangas.

Peguei uma das armas e mandei as pessoas se afastarem para eu poder fugir com LeBron e Pierre, então, quando estávamos saindo da casa, começou uma troca de tiros entre mim e os capangas. Quando chegamos a um labirinto de arbustos desamarrei LeBron e Pierre, nesse momento um grupo de vinte capangas entraram no labirinto a nossa procura.

- Estamos ferrados- disse LeBron.

- Não, não estamos- falei mostrando o medalhão- a sorte está do nosso lado.

Pedi ao casal para ficarem ali mesmo que eu cuidaria daqueles capangas. Olhei para uma poça de lama e me lembrei da história do Curupira ( uma lenda do meu amado Brasil), então, sujei os meus sapatos sociais novinhos de lama e comecei a andar para trás naquele imenso labirinto até chegar em um local bem distante, depois voltei andando por cima das minhas próprias pegadas e quando cheguei onde estava a poça de lama, tirei os sapatos e voltei até onde estava o casal.

- O que foi que você fez?- perguntou LeBron.

- Esperem e verão- disse sussurrando.

Vieram 8 capangas e viram que as pegadas, então, resolveram seguir, esse foi o momento em que o casal e eu fomos em direção a entrada do labirinto (não iria conseguir sair pela saída pois não cheguei até lá), corremos até a saída e tinham 4 capangas do lado de fora do labirinto (pois dentro do labirinto, haviam 16 nós procurando), começamos uma troca de tiros e LeBron foi baleado no braço.

Consegui atingir os quatro capangas, mas os outros 16 estavam saindo do labirinto, então, fugimos para longe da mansão em um carro de golfe, mesmo não sendo tão rápido era mais rápido do que a pé além disso, estavamos com um ferido. Paramos em um hospital levamos Lebron para ser atendido, então, o médico retirou a bala e costurou o ferimento, mas nem tudo eram flores, ouvimos barulho de metralhadora quebrando as janelas do hospital.

Olhei rapidamente pela a janela e vi que o hospital estava cercado (o hospital ficava no meio do nada) e a energia havia sido cortada, tive que me vestir de médico, Pierre de Enfermeira e LeBron ficou em uma maca todo coberto como se fosse um paciente. Os capangas entraram no hospital dizendo que não iriam matar ninguém, apenas queriam levar 3 caras repugnantes e abomináveis.

- Vamos levar esse paciente para outro hospital pois este não tem energia- disse para um dos capangas levando LeBron na maca e acompanhado de Pierre.

- Não precisa, já vamos ligar a energia é só encontrarmos os Sodomitas que já liberamos vocês- disse o capanga nós impedindo de sair do hospital- E a propósito... Deixa eu dar uma olhada nesse paciente.

- Não! Ele está com varíola!- disse isso e capanga se afastou olhando com nojo.

Fui até a máquina de escrever e fiz um cartaz dizendo "hospital para pessoas com Varíola e hanseníase", então, os capangas começaram a ficar preocupados principalmente as quando algumas crianças começam a tossir. Imediatamente os capangas foram embora do hospital, beijei o medalhão de Borislav e ajudei a ligar a energia do hospital novamente, me senti muito bem ajudando idosos que estavam com mal de Alzheimer. De dia, Borislav apareceu com cara de ressaca e muito triste, então, quando chegou perto de mim ele se ajoelhou.

- Por favor, me desculpa! Eu estava bêbado, não foi por mal- disse Borislav chorando de cabeça baixa.

- Borislav- falei e ele levantou a cabeça para mim- Você não tem ideia do quanto você me magoou ontem e mesmo que eu lhe perdoe não será mais a mesma coisa, a partir de hoje... Você é a mulher do nosso relacionamento.

Borislav riu e me abraçou, gostei do abraço, mesmo magoado por tudo o que ele já fez comigo, eu não teria forças jamais para odia-lo. Durante a noite, fomos para uma montanha para ver um lindo fenômeno da natureza, a Aurora Boreal, iluminando o céu noturno e frio, pena que o meu relacionamento com Borislav seja de mentirinha ainda creio que ele irá me amar pelo menos a metade do quanto eu o amo.












Apaixonado por uma divindade (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora