A chegada na Bahia

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Saímos da casa de Lucas e fomos em direção a feira, quando Borislav leu um panfleto escrito: "venha ao carnaval em Salvador", Borislav ficou surpreso pois não sabia que tinha carnaval no continente Americano (O carnaval surgiu na Europa).

- Eu não sabia que tinha carnaval no Brasil, eu fui uma vez na Itália- disse Borislav.

- Tem muito aqui no Brasil, na verdade todo ano tem- respondi quando Gigi apareceu.

- Nós vamos para carnaval na Bahia, aproveito e vou usar minha fantasia de pavão que mandei fazer. Ah! Que roupas vocês vão usar no Carnaval?- disse Gigi.

- A gente vai para o carnaval?- perguntou Borislav.

- É óbvio que nós vamos! Vocês são os meus namorados! Minhas amigas dessa vez vão morrer de inveja, nada pode dar errado- disse Gigi.

- Então, já vamos indo, então- disse e puxei Borislav dali.

O calor escaldante foi substituído por uma chuva grossa, então, Borislav e eu corremos para uma biqueira mais próxima. O espaço da biqueira era pequeno por isso, eu e Borislav ficamos juntos, molhados de maneira que água que escorria um molhava o outro.

- sem beijo- disse Borislav pois nossos narizes estavam encostados.

- Por que? Ninguém tá vendo- sussurrei.

- Eu estou- disse Borislav.

- feche os olhos- sussurrei.

- Não!- disse Borislav me jogando na lama.

Me levantei todo sujo de lama e Borislav começou a rir, então, joguei barro na camisa dele. Borislav tirou a camisa e me arremessou, tirei a minha camisa e fiz o mesmo.

Borislav pegou a minha camisa e saiu da biqueira no meio da chuva, se aproximou de mim e me bateu com a minha camisa, peguei a camisa dele e fiz o mesmo. Mesmo molhados nos lutava-mos no meio da chuva, uma guerra de camisas, até que elas se enrolaram, então, Borislav puxou para um lado e eu para o outro.

Acabamos caindo na lama quando elas se desenrolaram, depois fomos para uma construção abandonada pois precisávamos colocar as nossas roupas para secar. Sempre eu observava Borislav, mas ele demonstrava indiferença.

- O que foi?- perguntou Borislav percebendo que eu o admirava por estar pelado.

- nada não - respondi.

- Sei... eu sou mesmo um pedaço de carne! Um pedaço de mau caminho! Fala logo a verdade- disse Borislav se olhando no espelho.

- Mas eu posso entrar nesse caminho?- perguntei.

- hum!- Borislav riu com o Nariz.

Havia um colchão velho e Borislav se deitou sem nenhuma preocupação, mas eu preferi olhar para a chuva, peguei uns potes vazios e os enchi de água da chuva para tomar banho mais tarde. Fui até onde estava Borislav e percebi que ele estava dormindo, então, fui tomar banho sozinho, mas deixei para ele também.

No dia seguinte, estávamos na casa da Gigi por que se não ela poderia chamar a força nacional atrás de nós. A mãe dela Raquel estava muito bonita toda de vermelho, mas por sorte o general não iria para a viagem.

Pagamos o avião e pousamos em Salvador antes do meio dia, então, nós quatro (Borislav, eu, Raquel e Gigi)    fomos almoçar.  Borislav estava bem trajado de parecia um príncipe (Como se ja não parecesse) pois Raquel havia escolhido sua roupa.

- Porque vocês não estão usando a roupa que eu escolhi?!- questionou Gigi.

- Minha filha, você queria que eles viessem vestidos de pavão nem você veio assim- disse Raquel.

- Eu queria arrasar pra minhas amigas morrem de inveja- disse Gigi.

- Que amizade é essa que uma faz inveja pra outra?- perguntou Raquel.

- Ah, mãe! Você não entende as coisas dos anos 50- disse Gigi cruzando os braços.

Nós hospedamos em um hotel luxuoso,  fomos recebidos por vários funcionários que carregaram todas as bagagens de Raquel, ela estava de chapéu e óculos de sol. Havia uma piscina enorme com um restaurante no meio dela como se fosse uma ilha.

- Como assim não vou dormir no mesmo quarto que os meninos?!- bufou Gigi.

- Porque você é menina- disse Raquel.

- E por que a senhora vai dormir com eles?- perguntou Gigi.

- Porque eu sou mulher- disse Raquel.

Apaixonado por uma divindade (romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora