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Os olhos da mulher marejaram, ela não estava chorando por sentir tristeza e sim por ódio. Ela queria acabar logo com aquele problema.
━━ Você pode morrer!
━━ E o que eu tenho a perder?
━━ Você tem duas filhas que dependem de você, pense nelas antes de dizer coisas tão absurdas. ━━ Amy a repreendeu, quase não acreditando nas coisas que estava escutando.
Marie se sentiu culpada, ela amava as duas meninas mesmo que elas a irritassem as vezes. Porém, odiava o menino, era como se ele estivesse sugando todas as suas forças e a fazendo perder toda a pouca sanidade que ainda lhe restava.
━━ Por favor, você tem que me ajudar.
━━ Eu me recuso! Eu jamais me perdoaria se você morresse e com um bebê tão grande e avançado, a sua morte é quase que uma certeza.
━━ Vai ser pior se ele nascer, eu juro.
━━ Você já chegou tão longe, falta pouco para que ele nasça. Espere Marie, sei que o odeia agora, mas você pode amá-lo quando ele estiver em seus braços pela primeira vez.
Marie sentia que aquilo não iria acontecer e realmente tinha razão. Três meses depois ela sentiu o peso daquela decisão.
Victor Augusto Camilo, nasceu no começo de julho e até mesmo o seu primeiro choro, havia deixado Marie irritada e atordoada. Ela não conseguia olhar para ele sem sentir raiva. O garoto agora, estava em seus braços e ela odiava olhar naqueles olhos. Odiava aquelas mãos tão pequenas e as bochechas coradas, odiava quando Tainá o fazia rir e então aquela gargalhada ecoava pela casa.
Marie odiava Victor e assim que os anos se passaram, o ódio apenas aumentou. Olhar para o filho a fazia se lembrar do ex-marido e aquilo doía, ela não conseguia suportar. Ela odiaria Victor para todo sempre.
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Sydney, 2014
━━ Victor, seu demônio! ━━ Elizabeth gritou, enquanto o garoto corria sorridente pela casa.
Victor tinha dez anos, estava entrando na adolescência e até mesmo a sua voz mudando aos poucos, conseguia irritar sua mãe, que evitava encontrar com ele pela casa. Elizabeth também não gostava do irmão, que adorava fazer brincadeiras bobas que a deixava cada vez mais irritada. Victor gostava de se inspirar na irmã mais nova, Tainá, que geralmente era sua cúmplice e que o fazia esquecer da maldade naquela casa, durante boa parte do tempo.
━━ Vamos fazer a nossa oração? ━━ Tainá perguntou, assim que o irmão entrou no quarto e fechou a porta.
━━ Por que oramos?
━━ Para agradecer pelo dia.
━━ Mas eu não gosto. Acho que não acredito em Deus.
━━ Nunca diga isso na frente da nossa mãe. ━━ Tainá sorriu. ━━ Vou deixar você fugir, mas só dessa vez, okay?
━━ Obrigada Tai, você é a melhor. ━━ O garoto sorriu fofo, deixando um beijo na bochecha da irmã.
━━ Eu te amo, durma bem. ━━ Victor correu para a cama e fechou seus olhos.
Acordou depois de algum tempo dormindo, sentindo algo molhar suas pernas. A não. O garoto se levantou em um pulo, se sentindo constrangido após perceber o que havia acontecido. Suas bochechas haviam ficado ainda mais coradas, ele se sentia velho demais para fazer xixi na cama, pela segunda vez naquela semana.
━━ Tai? ━━ Sussurrou, pensando na única pessoa que podia contar. ━━ Aconteceu de novo.
━━ Sério? Tome um banho, eu vou tentar resolver as coisas aqui.
Victor assentiu e então seguiu em direção ao banheiro. Enquanto Tainá coçava os seus olhos para tentar acordar.
━━ Não acredito, esse porco fez isso de novo?
A garota loira apareceu na porta, fazendo a sua melhor cara de nojo.
━━ A mamãe vai adorar saber.
━━ Elizabeth, não!
Tainá sabia bem sobre as consequências que aquilo teria, mas Elizabeth pareceu não se importar, deixando o quarto saltitante. A garota retirou os lençóis e assim que os levou até a lavanderia, escutou um grito agudo. Acelerou seus passos e até mesmo tropeçou na escada, enquanto escutava os gritos de socorro do irmão.
Victor estava no corredor, enquanto sua mãe batia nele diversas vezes com uma cinta. Tainá se sentiu desesperada, enquanto via o garoto se contorcer no chão. Sua primeira atitude foi segurar o braço da matriarca, recebendo uma cintada no braço acidentalmente. Demorou alguns segundos até que ela finalmente conseguisse parar a mais velha, que tinha sangue nos olhos.
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authors note
━━Tadinho, ele não merecia
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