Sob as estrelas

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Depois de duas semanas sem terem nenhum sinal de terra, os narnianos finalmente encontraram uma nova ilha.
No entanto, ela não parecia tão atrativa, não havia arborização, animais ou pessoas, parecia deserta. Mesmo assim, eles foram em frente investigar, já estavam todos nos botes indo em direção a ilha.

- Assim que formos a praia leve seus homens em busca de água e comida. - ordenou Caspian para Ripchip. - Nós quatro vamos procurar pistas.

- Não quis dizer nós cinco? - perguntou Eustáquio, surpreendendo a todos, não imaginavam que ele queria participar da aventura. - Por favor não me deixem sozinho com aquele rato.

- Eu ouvi, rapaz.

- Orelhudo. - murmurou Eustáquio.

- Continuo ouvindo.

Todos riram. Estavam de bom humor, animados e com altas expectativas do que iriam encontrar nessa ilha.

Assim que chegaram, Caspian, Edmundo, Mary e Lúcia foram juntos procurar algo ligado aos fidalgos.
Depois de andarem um pouco, Caspian avistou um corda amarrada a uma pedra, feita para entrar um uma caverna subterrânea.

- Vejam, não somos os primeiros nesta ilha.

- Os fidalgos? - perguntou Edmundo.

- Pode ser. O que será que tem lá embaixo?

- Vamos descobrir. - diz Edmundo.

Eles descem pela corda e a primeira coisa que avistam é uma pequena fonte no final da caverna e algumas coisas brilhando por perto.

Edmundo, que foi o primeiro a descer, viu que além de vários objetos banhados em ouro, também havia dentro da fonte uma grande estátua dourada de um homem.

Edmundo pega um graveto jogado na caverna tenta cutucar a estátua para ver melhor, mas assim que o graveto entra em contato com a água, ele vai adquirindo um tom dourado e fica, instantâneamente, muito pesado, fazendo com que o rei o largasse.

O choque ao entender o que aconteceu é evidente em todos os quatro, uma fonte que transforma tudo em ouro, quem diria?

- Ele deve ter caído lá dentro. - deduz Caspian.

- Pobre homem. - lamenta Lúcia.

- Tá mais pra pobre lorde. - diz Edmundo assim que vê o brasão no escudo dele.

- É o brasão do lorde Restimar. - Mary aponta.

- E a espada dele. - Edmundo avista logo em seguida, mas estava no fundo da fonte.

- Precisamos dela.

- A espada não tá tão funda, acha que consegue pegar, Ed? - Pergunta Mary.

- E sacrificar o meu braço?!

- Pegar com a sua espada. - ela explica sorrindo.

- Talvez de certo, eu seguro você para não cair. - Caspian diz para Edmundo.

Ed se inclina e consegue sem muita dificuldade equilibrar a outra espada na sua.

- As espadas não viraram ouro? - indaga Lúcia ao ver as espadas normais.

- Ambas espadas são mágicas. - Caspian responde.

- Foi o que eu pensei. - Mary diz.

Caspian ficou com a nova espada em mãos.

- Ele nem deve ter se dado conta do que aconteceu. - diz Lúcia se referindo ao homem na fonte.

- Pode ser, mas quem sabe ele não foi tentar alguma coisa. - Edmundo se aproxima da fonte novamente.

Crônicas de Nárnia: Coração GuerreiroOnde histórias criam vida. Descubra agora