Capítulo 1

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aviso!

esse é o segundo livro;

recomendo que leia o primeiro livro antes de continuar sua leitura aqui




era uma tarde de inverno, o sol raiava calorosamente mesmo que o clima estivesse tão frio.

o som do choro e angustia que vinha das pessoas envolta do tumulo de gintoki deixava o ambiente mais pesado do que já estava.

eu era a única garota que não vestia um vestido ou usava algum tipo de chapéu mirabolante com um véu preto.

estava com uma jaqueta de tecido groso e quente por cima da camiseta preta e uma calça de poliéster preta, uma roupa ultrajante para se usar no inteiro de um homem rico.

duvido que pelo menos metade dos que estavam lá realmente se importavam com gintoki e não tinham segundas intenções.

assim que todos largaram flores sobre o caixão e os discursos foram feitos, os funerários começaram a enterrar o caixão.

 mais lagrimas e angustia ecoaram mas podia ver que ninguém carregava a mesma dor que mitsu, ele se afastou de todos, indo até uma arvore onde se encostou e ficou olhando para o nada com um olhar vazio.

des que havia chegado não me sentia bem vinda lá principalmente agora que os olhares pesavam sobre meus ombros e tudo o que desejei foi fugir.

procuro aika entre as pessoas mas não a encontrei, ela era a única que havia me recebido mas naquele dia intendi o como nossos mundos eram distintos, ela usava o mesmo traje que as das outras mulheres, um vestido preto por baixo de um casaco de pele e um chapéu com véu preto. o pai de aika era um velho amigo de gintoki.

a encontrei conversando com mitsu, parecia querer conforta-lo mas em poucos minutos era ela quem chorava e mitsu teve que consola-la. ela se afasta, voltando para sua família enquanto secava as lagrimas em um lenço, mitsu continua apoiado na arvore.

vou até ele lentamente, a dor da perda é diferente de cada uma, assim como a dor de perder um irmão que eu tanto admirava é completamente diferente da dor de perder um pai que ele odiava, ainda assim eu sentia que poderia fazer algo por ele

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vou até ele lentamente, a dor da perda é diferente de cada uma, assim como a dor de perder um irmão que eu tanto admirava é completamente diferente da dor de perder um pai que ele odiava, ainda assim eu sentia que poderia fazer algo por ele.

quando shinchiro morreu tudo o que queria não eram palavras de motivação ou conselhos, eu só queria um abraço e conforto.

sem pensar duas vezes assim que me aproximei o bastante de mitsu eu ponho minha mão em seu ombro e o impuro para meus braços onde o abraço calorosamente.

ele havia crescido des da primeira vez que nos conhecemos, seu rosto estava sobre meu ombro, meu nariz tocava na ponta da sua cabeça onde envolvia minhas mãos acariciando seu cabelo.

_s/n... - sussurrou ele em um tom de voz constrangido

_fica quieto antes que eu mude de ideia sobre o abraço - digo um pouco brava, abraça-lo ia contra meu orgulho e não conseguia me imaginar fazendo isso duas vezes.

ele ficou quieto, parecia um pouco tenso pelo abraço repentino mas aos poucos percebi que seu corpo relaxou e ele retribuiu o abraço, suas mãos tocavam as costas da minha jaqueta que ele apartava com força, seus dentes ceravam, parecia frustrado com tudo aquilo.

_obrigada por estar lá - falou mitsu, suas palavras transbordaram de gratidão e sinceridade, algo que nunca esperei que viesse dele.

nunca pensei que seria tão grata por minha moto ter quebrado naquele dia.

se eu não estivesse lá, ninguém mais estaria.

_eu o odeio - diz mitsu segurando as lagrimas enquanto acaricio seu cabelo de olhos fechados - eu odeio ele então por que? por que estou tão triste? por que ele teve que morrer depois disso?

minha jaqueta lentamente humedeceu, ele estava chorando.

gintoki morreu em um acidente de carro durante o final da festa, ele estava bêbado e o motorista o levou para casa antes de ir buscar mitsu, um caminhão atravessou o sinal vermelho e acertou o carro, ambos apenas desmaiaram no acidente e foram socorridos.

mitsu só soube do acidente no dia seguinte durante a manha, o hospital havia telefonado para a casa de mitsu onde um dos parente o levou depois do baile ja que seu motorista não havia retornado, mitsu ficou no hospital ate o começo da tarde e assim que os médicos o informaram que gintoki havia morrido, mitsu fugiu do hospital, indo até minha casa.

mas afinal... por que a minha casa?

engoli em seco enquanto sentindo a culpa passar por não ter falado com ele naquela noite.

eu queria contar para ele o que eu sentia mas seria como jogar minha culpa para ele.

talvez contar todos os sentimentos de gintoki ao mitsu seria convidar mitsu a cometer suicídio, ele havia perdido o pai que tanto odiava e mesmo assim chorou desesperadamente pela perda, se ele soubesse o quanto seu pai o amava... não, não havia necessidade de eu estender esse sofrimento.

viver a dor de um pai morto que nem ao menos gostava é muito mais fácil de carregar do que a culpa de nunca ama-lo de volta, de nunca perdoa-lo abertamente.

mas um dia mitsu saberia a verdade;

seu pai nunca deixou de ama-lo.




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