A dor do luto não é facilmente superável, mas o mundo não parou para sentir minha perda;
Aquele não era o fim, havia mais que estava por vir.
Me pergunto se um dia poderei ser feliz...
Com você.
_qual é o problema? - indaguei para yuri conforme nos chegávamos em um armazém abandonado com vista para o mar
_o sanzu - inicia enquanto andávamos após estacionar as motos
_outro problema não é? - digo com sarcasmo, yuri sempre me contava todas as vezes que sanzu se metia em encrencas
_essa é muito pior - contou yuri - os caras foderam todo o sanzu
_quem começou? - pergunto seria
_foi o sanzu, ele não me disse o motivo mas foi ele quem começou a brigar
_merda - xingo olhando em volta - onde ele ta?
_lá - yuri apontou para uma parte com grade de frente ao mar no qual sanzu estava sentado
_espera aqui yuri - digo dando as costas e indo até sanzu
me sento ao seu lado enquanto olho para o mar e percebo que ele me encara
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_desculpa... capitã - inicia ele - se quiser pode me expulsar
_não é assim que as coisas funcionam comigo - digo inclinando o rosto para tras e o encaro - não vou te expulsar tão facilmente, agora voce é um dos meus membros e eu não abandono ninguém
ele abre um pequeno sorriso discreto e desvia o olhar
_mas me fala, qual foi o motivo da briga? - indaguei
_bem... - inicia receoso - eles zuaram as minhas cicatrizes...
_não gosta das suas cicatrizes? - perguntei olhando para ele
_odeio elas - respondeu olhando o mar
_então por que entrou numa briga por algo que odeia e que mesmo assim sabia que perderia? - ele engole em seco pensativo
seu olhar triste parecia se perguntar o que ele estava fazendo
_vamos fazer um trato - inicio quebrando o silencio
sanzu me encara curioso
_de agora em diante voce só vai entrar em brigas para defender algo importante para voce ou que ame muito intendido? - propus e ele frisou a testa
_certo - ele engole em seco ainda receoso
_não fique nervoso, não vou te morder - provoco com um sorriso e ele desvia o olhar com um sorriso discreto - aproposito - ponho minha mão na sua bochecha e ele me encara enquanto acaricio sua cicatriz com meu polegar - eu gosto das cicatrizes
ele corra enquanto desvia o olhar novamente fazendo minha mão sair da sua bochecha, rio do sua falta de jeito e recuo minha mão
_mas bem - inicio enfiando a mão no bolso - se voce não gosta delas pode usar isso - digo oferecendo uma mascara preta - até que se sinta seguro e então não a use mais
ele pegou a mascara e a vestiu
_obrigado - agradeceu ajeitando seu cabelo enquanto colocava a mascara
_certo - digo me levantando - temos um acordo então não o quebre ok?
ele assentiu e se vira em direção ao mar e encara a peça que segurava, era a peça do rei do tabuleiro japonês
_eu devo proteger o rei - sussurrou olhando para a delicada peça
esse sempre foi o objetivo de sanzu, ele não excita em matar traidores do rei.
sanzu... eu não sou sua inimiga
espero que possa perceber isso
_sim... nos devemos proteger o rei - conclui olhando para o horizonte
