Vocês... Urgh! Não me aguentei, sério. Decidi trazer mais um. Me agradeçam, tá? Pelo jeito muita gente conhece essa fic e gosta dela, então né? Lá vou eu. Não esqueçam dos votos, comentários, sim? Compartilhem aí o quanto puderem. Boa leitura!
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- Por enquanto nada, Andreah. - Disse isso e depois se afastou. No mesmo momento em que senti alívio, senti uma falta absurda do seu corpo ao meu. Meu coração se apertou, eu não devia me sentir assim. Meus pais se abraçam assim, e eles são casados. Nós não somos nem amigas, somos freiras. Não devíamos ter esse tipo de contato, eu não devia gostar disso e ela não devia despertar isso em mim. É... é errado, mas algo dentro de mim insiste em dizer que é certo. - Quero lhe fazer o pedido que falei hoje pela manhã. Quero que me acompanhe na próxima semana a cidade vizinha. Ficaremos seis dias fora, ajudando os mais necessitados, iremos segunda pela manhã e voltaremos sábado a noite. Espero que aceite, muitas freiras descobriram o seu chamado por conta disso, eu terei todo o prazer em lhe ajudar a descobrir sua vocação.
Eu me virei para ela ainda com os braços cruzados, seria ótimo ajudar pessoas carentes, melhor ainda se descobrisse a minha vocação. Eu aceitaria na hora se não fosse pelo o que ela anda me fazendo sentir. É perigoso, eu sei disso.
- Eu não sei, Madre Miranda. Tenho vários afazeres aqui no convento. E...
- Irmã, eu me encarregarei disso. Você está indo a trabalho, seu trabalho aqui outra freira pode fazer. - Sua voz soou grave e o rosto dela ficou severo novamente. - Eu espero que aceite, não é sempre que convido uma noviça para me acompanhar em minhas viagens. E seu eu convido, é por que é mesmo importante.
Respirando fundo, concordei.
- Tudo bem, me desculpe. Eu irei.
- Ótimo. - Seu tom amenizou, trazendo novamente aquela voz rouca que me causou arrepios momentos atrás. - Você vai gostar, Andreah. Eu prometo. É muito prazeroso. - Eu balancei a cabeça.
- E ficaremos aonde?
- Em uma estalagem, não se preocupe. É um lugar muito tranquilo e confortável, um pouco distante da cidade, mas muito boa.
- E aonde visitaremos tanto?
- Iremos a orfanatos, a vilas mais pobres, daremos alimentos e roupas para os mendigos, trataremos das feridas de quem não tem condições para obter remédios e ervas. E outras coisas mais.
- A senhora pode me dizer o que são essas coisas mais?
Quando terminei minha pergunta, ela imediatamente veio em minha direção com aqueles olhos escuros feito noite sem lua. Quando ela estava chegando perto, por impulso dei um passo para trás, ela estava meio assustadora andando e me olhando daquele jeito. Quando pensei em dar mais um passo para trás, ela não deixou. Circulou meus cotovelos com as mãos e me puxou para perto dela.
- Você me faz perder o controle com esse tipo de pergunta, Andreah. - E foi chegando mais perto do meu rosto. - Sim. Eu posso lhe dizer, mas você precisa prometer aos santos que não vai contar a ninguém.
- É-é eu não sei.
- Você vai gostar muito, nós duas vamos. Precisa prometer aos santos que vai me deixar fazer.
- Mas eu quero saber antes, Madre.
- Só depois que você prometer de joelhos diante deles. Será bom para nós duas. E eu quero que prometa nesta noite.
- Nesta? Por que?
- Para eu ter certeza que não vai desistir.
Eu não queria, mas ao mesmo tempo queria. Estava sentindo que isso não ia ser boa coisa, mas ao mesmo tempo ia. Sentia que isso poderia trazer problemas, mas também sentia vontade de me arriscar a vive-los.
- Eu aceito. - Disse num sussurro.
- Ótimo. Vamos descer e depois te trago até a porta.
Saímos do quarto e seguimos o corredor até às escadas. Tudo estava silencioso e meio escuro, sendo iluminado apenas pelas velas que estavam nas paredes. O convento é estilo castelo, por isso tantas escadas e corredores e iluminação ruim. Depois de descermos, chegamos a igreja particular. A Madre me guiou até a frente dos santos e me fez ajoelhar, esperando eu prometer. Quando abaixei a cabeça e comecei em silêncio, ela me parou falando que queria me escutar fazer essa promessa. Respirando fundo, comecei.
- Diante da igreja, dos santos e do nosso criador, eu prometo que não falarei nunca para ninguém e deixarei a Madre fazer o que está pensando. - fiz sinal da cruz e me levantei.
- Ótimo, Andreah. Vamos voltar lá para cima.
Seguimos novamente pelos corredores e escadas em silêncio. Suas mãos estavam em minhas costas, ela não as tirou em nenhum momento. Quando chegamos em frente a porta, ela me parou, puxando meu braço para me virar de frente a ela.
- Você vai me fazer pecar mais ainda, Andreah. Só que dessa vez, vamos pecar juntas e vamos parar só Deus sabe quando.
- Do que está falando, Madre? - Eu estava quase engasgando. Ela estava perto demais, meu coração estava acelerado, minhas pernas tremiam e um pouco abaixo do meu umbigo, minha boceta se apertou. Era bom, porque a proximidade dela me fazia sentir essas coisas?
- Eu sei que você sente também. Tenho certeza que está sentindo agora. Fala pra mim, fala que eu não é apenas eu que sente a boceta palpitar quando estou perto de você. Eu sei que acontece isso com você também, sei que está assim agora. E eu não vejo a hora de tocar, passar a língua e chupar. É isso que eu vou fazer com você, foi para isso que você prometeu. Agora não pode voltar atrás.
Sexo? Ela quer fazer sexo comigo? Mas ela é a Madre e eu sou a noviça. Não podemos fazer isso! Mas agora eu prometi, mas eu também não sabia. Mas o pior é que aquelas palavras fizeram com que a minha boceta se apertasse cada vez mais contra o nada, me dando uma sensação de quase desespero. Meus olhos também se encheram de lágrimas, por medo, por achar que eu iria vir para cá e na minha vida acontecer o que eu havia planejado. Agora ela me apertava contra a parede e eu estava gostando. Que tipo de noviça eu sou?
- Como pode ter me feito prometer para uma coisa dessas? - Perguntei com voz de choro.
- Não teria feito isso se não soubesse que você também quer. Você acha que não, mas você já se entregou. Eu sei disso porque seu corpo é muito transparente, seus olhos revelam tudo o que está sentindo, seu corpo responde a mim, mesmo quando está dormindo. Falo isso por que todas às vezes que te olhei dormir, seu corpo se agitou fazendo você acordar. Era ele te avisando que me queria por perto, mesmo sem ter te tocado ainda. Você pode não estar aceitando isso agora, mas se você se entregar a mim vai ver como foi a decisão mais certa que tomou em toda a sua vida.
De repente me senti perdida. Senti que o convento já não era mais o meu lugar. Me lembrei do que as minhas amigas me contavam de como é bom se entregar a alguém e comecei a me sentir como se fosse elas. Me senti suja por ter feito aquela promessa, me senti mais ainda, porque ela está certa. Me senti pior, porque eu me entregaria a ela.
- Vou deixar você digerir isso. Esta semana não irei lhe procurar, mas domingo que vem a noite, quero uma resposta. - E antes de se afastar completamente, ela chegou perto do meu rosto e colou seus lábios aos meus, e eu simplesmente deixei, porque gostei. Se afastando, ela me fitou.
- Será o nosso segredinho sujo, irmã. - Sorriu com ironia, virou às costas e saiu, sumindo pelo corredor.
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Meu sincero amém. E aí? Estão gostando? Espero que sim. Beijos!
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Madre Superiora • Mirandy
FanfictionA+18 | Século XIX, Andrea Sachs com 20 anos de idade, decide que as coisas mundanas não servem para ela, decidindo assim ir para um convento, onde passaria por vários treinamentos até se tornar freira. Mas o que ela não esperava era que a Madre Supe...