Madre Superiora • Mirandy

Eu cuido do que é meu.

Cheguei mas já vou indo! Deixem seus votos, comentários, sim? Aliás, vão ler P&D que eu acabei de atualizar. Fui!

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Imediatamente abri meus olhos me sentando no susto. Ela estava sentada na beirada da minha cama, diferente de todas às outras vezes que a vi. Estava com os cabelos soltos e juro por tudo que existe de mais sagrado, eles eram lindos. Lisos escorridos, grandes, na coloração marrom claro. Minhas mãos estranhamente coçaram para tocá-los. Abaixando os olhos, percebi que ela não vestia o paramento, mas sim um vestido de dormir branco, quase transparente. Minha respiração acelerou e quase engasguei com a saliva que nem percebi estar engolindo. Olhei para sua mão em minha coxa e meus pelos se arrepiaram. Ela estava linda, mais linda do que o normal. Sua outra mão subiu para o meu queixo erguendo minha cabeça.

- Estou esperando minha resposta, Andreah. Esperei pela semana inteira, isso está me matando.

Seu polegar começou a acariciar meus lábios lentamente.

Como pode só com um mísero toque ela me fazer esquecer de tudo o que me impedia de não concordar com o que ela queria?
Como pode eu me sentir bem e querer mais e mais seus olhares e toques sobre mim?
Como pode agora eu ver que tudo o que achava ser para mim, na verdade não tem nada a ver comigo?

Eu estava em completa hipnose por seus olhos que refletiam um profundo abismo, onde eu queria me jogar sem pensar nas consequências.

- Eu aceito. - Me surpreendi que minha voz saiu sem nem um meio gaguejo. Pelo contrário, saiu com uma certeza que me assustou.

- Oh, Andreah. Eu sabia que você não ia me decepcionar. - Dito isso, seus lábios macios e quentes colaram aos meus. E foi a melhor sensação que senti até aquele momento da minha vida.

Ela colocou sua mão em minha nuca, apertando meus lábios contra os dela, enquanto isso seu braço livre circulou minha cintura me puxando para ela, fazendo com que eu ficasse de joelhos. Mas ainda assim, ela não permitiu que nossas bocas se desgrudassem. Sua língua me invadiu, fazendo-me sentir o quão quente ela era. Começou a mexe-la procurando pela minha, tomando coragem, permiti que a minha tocasse a dela. Era meu primeiro beijo de verdade, e estava gostando. Quando o ar começou a fazer falta, ela se afastou.

- Você pode me tocar também, Andy. Quero sentir essas mãozinhas delicadas acariciando-me. - Dito isso, levei minhas duas mãos entre seu pescoço e rosto, mexendo meus dedões. Sua pele quente e macia, fez meu peito se encher. Queria fazer aquilo muitas vezes mais.

- Sua pele é macia. - Falei baixo a olhando. Ela soltou um sorriso que me fez tremer.

- Sim, Andy. A sua também é. A pele mais gostosa e receptiva que toquei em toda a minha vida. - Respirou fundo. - Você está me virando do avesso, mesmo distante sinto que está por perto, porque você não sai da minha cabeça. O que vou fazer com você?

- Eu... eu digo o mesmo para você.

Fechei meus olhos e abaixei a cabeça, logo senti que ela encostou sua testa na minha. Que loucura! Suas mãos subiram para o meu rosto e fez um carinho, ela estava me fazendo sentir coisas que nunca pensei em sentir antes.

- Eu vou ficar com você aqui hoje, mas vou sair antes das freiras acordarem. Elas não podem nem cogitar a ideia de que estou com você aqui. Temos que tomar muito cuidado, elas são alegres e confiáveis, mas se descobrirem, não ficaram enrolando para nos denunciar.

- Tudo bem.

Como minha cama era encostada na parede, me deitei no canto dela esperando ela se deitar ao meu lado. Feito isso, se virou de frente para mim e ficou me olhando. Eu não sabia o que dizer. Estava tudo esquisito. Eu achei que teria forças para lutar contra ela, mas foi apenas olhar em seus olhos que me rendi, acabando por permitir que ela passasse a noite comigo.

- Chegue mais perto, agora que tenho você, não te quero longe nem mesmo um centímetro. - Estendendo os braços, me puxou. Minha cabeça ficou encostada em seu peito e minhas pernas ela fez questão de entrelaçar nas dela. - Quero que saiba que sempre tomarei todo o cuidado para que se sinta bem e confortável. Agora você é minha, e eu cuido do que é meu.

- Eu queria fugir, mesmo que eu tenha prometido me entregar a você. Eu queria não gostar dos seus toques, do seu beijo, dos seus olhos escuros e até mesmo da sua severidade, mas eu gosto. Eu queria ficar longe de você, mas bastou apenas um olhar para eu esquecer tudo. Eu não sei que tipo de poder você tem, mas você me tem, mesmo sem ter me tocado por completo ainda. Só te peço que não deixe as pessoas descobrirem o que temos agora, eu tinha decidido dedicar minha vida a este lugar, mas você tem algo que me fez mudar completamente de ideia. Não deixe que nos peguem, não saberei lidar com isso. - Ao terminar de falar isso, percebi que estava apertando seu braço. Eu precisava sentir segurança.

- Eu sei desde o momento em que te vi que seria minha, por mais que fugisse. Farei todo o possível para que não nos descubram, eu prometo. E, Andreah? Eu não serei sempre carinhosa assim. O negócio comigo é diferente, espero que não se assuste. Eu gosto de tapas e brutalidade, se não gostar, tratarei de lhe fazer mudar de ideia. - Falou apertando minha cintura com força, confesso que gostei.

Apenas balancei a cabeça.

Conversamos por tanto tempo, que nem vi quando dormi. Acordei com a cama vazia, mas os lençóis bagunçados, provando sim que ela tinha passado a noite comigo.

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Vem de chicote, algema e corda de alpinista. Nossa, que maravilha. Agora sim, até depois! Beijinhos.