Uma tempestade se aproximava

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Tadinha  da Clarkezinha

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Clarke entrou no elegante apartamento de sua irmã em Lincoln Park.

O rico aroma de baunilha e rosas a envolveu logo que entrou. Esteve vivendo ali desde que Ângela morreu e continuou queimando as velas favoritas de sua irmã a cada manhã em uma espécie de vigília.

Deixou as chaves sobre a bancada que separava a cozinha gourmet da sala de estar e olhou a seu redor, ao mobiliário doméstico. O lugar estava decorado em tons tranquilos azuis e prateados, completamente cheios com sofás muito macios e cadeiras, suaves mantas de lã e área de tapetes de felpa cobrindo os chãos de madeira brilhante. Calmantes e modernas obras de arte adornam as paredes, as cores claras se precipitavam e se arqueavam através dos tecidos.

Este lugar era Ângela. Consagrava seu imenso espírito, fresco e composto, emocionalmente centrado, e sensível. Realmente não combinava com a personalidade de Clarke, mas ela desejava que assim fosse. Queria ter um pouco mais das qualidades de sua irmã, em vez das de sua mãe. Ângela deve ter herdado a calma despreocupada de seu pai, quem quer que fosse. O pai de Ângela não era o mesmo que o de Clarke. Sua mãe, Catalina, era uma nômade.

Clarke deslizou seus sapatos, tirando-os, e desatou a pequena e bonita faca com folha de cobre que tinha embainhado a seu pulso. Deitada sobre o balcão, passou o dedo sobre as figuras e espirais gravadas no cabo. Ângela tinha lhe dado esta faca depois de uma viagem que fez ao Peru. E Clarke a tinha levado consigo a caça do demônio depois de assassinato de Ângela. Não estava construído para algo mais que seu aspecto, em realidade era só um gesto simbólico. Uma homenagem a sua irmã.

Logo depois de pescar uma porção de Chunky Monkey fora das fendas do congelador e pegar uma colher, pisou suavemente no tapete do salão a janela que dava à rua com muitas arvores. Ali ficou de pé e contente escolheu os pedaços de chocolate do sorvete, enquanto olhava a uma mulher caminhar, os homens com trajes de negócios chegar em casa depois de um dia no escritório, e as crianças em casa da escola.

Pessoas normais com uma vida normal.

Ângela não tinha morrido em seu condomínio. Pelo contrário, o demônio a tinha seguido a seu trabalho, um escritório de advogados, nada menos. Ângela era uma advogada de defesa, especialista no magicamente favorecido. O Aquelarre principal tinha profissionais, em todos os aspectos da sociedade, ajudando a ocultar sua existência dos não mágicos, pessoa normal com uma vida normal.

O conhecimento de sua existência só traria medo e incinerações, a história o tinha demonstrado com acréscimo. Não havia bruxas suficientes no mundo para lutar contra o que poderia acontecer se sua existência fosse descoberta. As bruxas elementares foram superadas em número, assim infelizmente fizeram todo o possível para ocultar-se.

Dado que ambos os corpos assassinados pelo demônio até agora tinham sido encontrados por bruxas, o Aquelarre estava dirigindo os crimes internamente, dentro do Aquelarre principal, e o faria durante o tempo que fosse possível. Não havia necessidade de envolver autoridades não mágicas, que não poderiam perseguir o assassino ou investigar os crimes paranormais. A polícia não-mágica só terminaria colocando obstáculos nas coisas.

A magia da Terra limpou o lugar e a vítima foi reportada como desaparecida às autoridades não mágicas. Ritos e enterros foram realizados por parentes mágicos da vítima. A maioria das bruxas fizeram testamentos especiais com o Aquelarre que também se dirigiram o Aquelarre principal. Assim quando uma bruxa morria tão violentamente como Ângela tinha…

Clarke fechou os olhos, incapaz de fazer que sua mente emergisse dali. Ainda não se atrevia a recordar o que tinha descoberto quando entrou no escritório de advogados para pegar sua irmã para um jantar tardio. Sua mente ficou em branco quando se aventurou a aproximar-se dessas horríveis lembranças.

ᴇɴғᴇɪᴛɪᴄ̧ᴀᴅᴀsOnde histórias criam vida. Descubra agora