Deusa, o que acabava de fazer?

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Ficava melhor loira.

Lexa entrou na biblioteca do Aquelarre, um cômodo que também servia como seu escritório e se concentrou na mulher sentada em sua mesa, com uma de suas longas pernas balançando-se. Estava esperando que Clarke Griffin aparecesse a qualquer momento.

Com o fim de descobrir como ninguém a tinha reconhecido enquanto esteve seduzindo Stefan, Lexa teve Alex mostrando fotos suas quando não estava toda brilhante e polida para o gosto de Stefan. Agora se parecia mais a si mesma. Mudou o cabelo de novo a sua cor natural, um loiro morango, e usava um par de jeans gastos, um top de lã negro e um par de botas rajadas em negro. Normalmente não estava tão magra. Lexa suspeitava que tivesse perdido peso de propósito com o fim de insinuar-se ao mundo de Stefan. Ou talvez a dor tivesse tirado alguns
quilos de cima. Em sua opinião, pareceria melhor com um pouco mais de peso.

Seu cabelo era longo e lustroso, emoldurando um rosto ovalado com pele de porcelana e grandes olhos azuis. Sua boca era expressiva. Usava muito pouca maquiagem e não fez muito por seu cabelo mais que escová-lo. Tinha um tipo natural de beleza que requeria pouco adorno e parecia não se importar com a moda. Entretanto, possuía um estilo que gritava confiança em si mesma.

Não só era bonita, parecia inocente. Entretanto, Lexa a conhecia melhor. A senhorita Clarke Griffin tinha uma reputação problemática. A investigação que fez sobre ela revelou imediatamente. Inclusive desde seus primeiros dias na escola primária, Clarke tinha deixado um rastro de problemas atrás de si, entrando em brigas, respondendo mal aos professores. Seus anos de maturidade revelaram uma mulher apaixonada, impulsiva, que não podia permanecer em um lugar, não podia manter um trabalho constante, não podia formar parte em uma relação.

Também era uma bruxa poderosa da água. Lexa podia sentir sua força em toda a sala. Ondas de volátil emoção, o fluxo e vazante da energia psíquica, que eram o selo distintivo de uma bruxa de água e eram impressionantemente evidentes em Clarke Griffin.

Poderosa.

A comandante fechou a porta e falou enquanto se voltava para ela.

— A violência é uma maneira fácil para chorar a alguém que perdeu. Não acha que é melhor salvar uma vida com o fim de honrar uma vida perdida?

Clarke se levantou, apertou as mãos, e se inclinou.

— Buda, é um prazer conhecê-lo — Endireitou-se e pousou uma mão em seu quadril — Não vim aqui para sermões.

Era bonita. Pena que era uma dor no traseiro.

Lexa esmagou sua raiva e se dirigiu para ela.

— Precisa olhar o quadro completo. Ele pode nos ajudar...

— Nos ajudar? Quando esse homem começou a ajudar a alguém que não fosse ele mesmo? Quando fez algo que não fosse por seu próprio interesse? E quando pagou por seus crimes, Sra. Woods ? Quando?

— Me chame de Lexa.

— Senhorita Woods , Lexa, o que for — Ela agitou sua mão, desprezando sua proposta — Vamos esperar que Stefan morra de velho, então? Devemos deixar que saia bem com tudo o que tem feito?

— É óbvio que não.

— Sério? Os não mágicos não vão tocá-lo, por isso cabe a nós fazê-lo, seus pares. Entretanto, não vi o Aquelarre ou o Conselho agirem, encarregando-se dele. Não era essa uma das razões pelas quais foram criados para começar? Não são vocês os que supostamente dirigem os bruxos e castigam os delitos? — Ela golpeou a mão sobre a mesa — Ele não merece viver sua vida de maneira nenhuma que considere oportuno, Lexa.

ᴇɴғᴇɪᴛɪᴄ̧ᴀᴅᴀsOnde histórias criam vida. Descubra agora