PARTE 14

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My hands, your hands tight up like two ships drifting

Weightless, waves try to break it,

I'd do anything to save it


Louis se encolhe no colchão, o rosto vermelho e as lágrimas lavando seu rosto. Ele balança a cabeça várias vezes negativamente, e eu não entendo. Me viro para o garoto loiro, que só rola os olhos.

Ele se aproxima de Louis e diz num tom energético:

— Olha só quem está aqui.

Não entendo isso também e procuro os olhos azuis aguados de Louis, mas eles não me dizem nada. Louis parece apavorado.

— Geralmente, eu sou a pessoa que bebe, entende? — explico para Niall.

— Você vai se sair bem — ele diz, sorrindo de forma encorajadora para mim. — Vem, eu te ajudo.

Ando até a cama e vou para o lado onde Louis está.

— Louis? — eu o chamo, mas não obtenho resposta. Niall sai da frente, e eu me inclino para Louis, que solta um gemido, comprimindo-se nos travesseiros.

Eu alcanço seu tronco e o puxo para que ele se sente. Louis continua balançando a cabeça de um jeito totalmente esquisito, mas eu ignoro o gesto.

— O que aconteceu? — eu pergunto para o loiro, estudando a melhor forma de içar Louis do colchão e fazê-lo caminhar, mesmo que precariamente.

— Algumas coisas. Mas a principal é que ele e a namorada terminaram.

Fico surpreso.

Eu o chamo de novo e tento limpar suas lágrimas do rosto da maneira mais gentil que consigo, enquanto ele tenta me afastar.

Coloco de novo os meus braços ao redor de seu tronco e o levanto. Sinto sua respiração quente perto da minha orelha e dou um pequeno passo para trás, sem soltá-lo.

— Tudo bem? — pergunto, oferecendo um sorriso a ele para que entenda que não precisa continuar apavorado.

Niall vai para o outro lado e, juntos, nós caminhamos com Louis até a escada da casa. Essa é a parte mais complicada, mas poderia ser pior. Niall abre a porta da frente, e conduzimos Louis até meu carro. Prendo o cinto nele e me despeço de Niall, que me agradece sem parar, meio afobado.

Louis já parou de fungar, mas sua face permanece marcada com os rastros de lágrimas. Seguimos em silêncio até a King's College e é difícil explicar por que estamos atrasados para o toque de recolher. O porteiro só nos deixa passar, porque vê o estado de Louis.

Liam me ajuda nas escadarias, enquanto Taylor acompanha a cena. Fico feliz por Louis não ter vomitado, seria bem pior.

Eu agradeço a ajuda e fecho a porta do quarto.

— Agora vamos para a etapa banho, ok? — anuncio para Louis, que não fala nada.

Preciso ajudá-lo com as roupas, porque sua coordenação está péssima. Eu o empurro para debaixo da água apenas de cueca e, finalmente, ele diz algo. Reclama da temperatura. Eu acabo rindo e o seguro ali embaixo por alguns minutos, enquanto sinto seu corpo tremer.

Eu o seco com cuidado e rapidez. Louis se livra da cueca sozinho, já no quarto, meio aos tropeços, e cai na cama, me olhando como se estivesse reparando em mim pela primeira vez em muito tempo.

Too YoungOnde histórias criam vida. Descubra agora