O fantasma

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Me levantei da cama cedo, e só Deus sabe a felicidade que senti em ver Sakura ao meu lado. Como eu senti sua falta, meus olhos caíram até o curativo no seu braço e os hematomas que já estavam sumindo em seu corpo.

Meus punhos automaticamente se fecharam e eu só queria poder matar todos aqueles desgraçados, mas meu tio já tinha feito aquilo por mim.

Fiz minha higiene matinal e o café da manhã, desci até a padaria do Gai e ignorei os olhares que seu filho me dava.

Quando já tinha acabado o café, me lembrei da história da rosada. Ela falou dois nomes conhecidos, meses atrás eu matei um tal de Kabuto... Será que era o mesmo? Poderia ser, já que Kakashi também já passou pela a sua vida, como professor disfarçado.

E porque o Hatake fingiu não conhecer ela?

Liguei pro detetive e ele atendeu.

- Sasuke?- O homem falou com voz sonolenta.

- Precisamos conversar.

Ele suspirou profundamente.

- Ela contou a história dela?- Perguntou.

- Sim.

- Me encontre no meu escritório pela a tarde.

Encerrei a ligação, eu precisava resolver esse problema antes de seguir com uma vida honesta ao lado de Sakura... Não iria ser difícil, levando em conta que eu sou um futuro ex mafioso e o melhor assassino de Tóquio.

Se realmente eu matei outro "Kabuto", eu teria que me esforçar muito para não ir atrás do segundo. Se a rosada soubesse das coisas que rondavam minha mente, ela iria embora de novo.

Quem faria mal a Sakura?

É hipocrisia minha fazer essa pergunta, sendo que já a machuquei, mas apartir do momento que eu soube do seu sequestro, fiz uma promessa a mim mesmo e a Deus, que se eu conseguisse lhe salvar, iria me redimir de todas as formas possíveis.

- Sasuke-kun.- Meus olhos se fecharam e eu sorri, apreciei o som daquela voz doce que me fez tanta falta.

Senti dois braços pequenos agarrarem minha cintura.

- Não está pensando em matar alguém não é? - Ela sabia me ler tão bem.

Toda vez que eu chegava em casa ela sabia como estava o meu humor, quando eu estava irritado percebia que a mesma caprichava na comida, quando estava feliz - que era raro - ela também ficava mais feliz, e eu notava, sem contar das várias vezes que eu chegava tenso e recebia uma massagem maravilhosa daquelas mãos pequenas.

Como fui tão idiota? Como deixei ela ir embora? Porque não afirmei que estávamos juntos e a levei pro jantar aquela noite? Ah sei! Porque sou um filho de uma bela mãe orgulhoso e estúpido.

- Fiz uma promessa antes de ir lhe resgatar.- Falei.

A mesma me soltou e parou na minha frente me observando de forma confusa.

- Não sabia que era religioso.

- Todos os mafiosos são.- Respondi, e vi seu rosto ficar emburrado.- Eu vou sair da máfia.- Agarrei sua cintura e depositei um beijo em sua testa.- Mas você sabe que não posso fazer isso de uma hora pra outra não é?

Ela não deixou de ficar emburrada, seu bico me deixava estranhamente excitado. Assumo que não estava me reconhecendo, aquela pequena coisa rosa mudou minha vida, meu jeito, mudou meu mundo.

- Promete não matar mais ninguém?- Perguntou.

Não!

- Prometo.

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