Amor

97 4 1
                                    

Beijos.

Apesar de todas as falhas, tristezas e maldades que assolavam a família Baudelarie Quagmire, o afeto e o amor sempre estiveram em dia.

Mesmo que brigados, Sunny sempre viu Violet, Duncan e Violet se tratando com carinho.
Mesmo que em um dia ruim, Isadora dava beijos nas bochechas de Klaus e ele a enchia de abraços.

Por já conviver com amor, era de se imaginar que Sunny não agiria como uma criança de 13 anos após um beijo, mas; ela agiu.

Enquanto vieta e sentiu como se estivesse apagada.

Quando a enfermeira e os médicos falaram que ela já podia ir, ela fingiu voltar a dormir e foi levada para casa com Violet e Isadora, já que Klaus, Duncan ou Apolo, não estavam mais ali.

Sunny adormeceu no carro, chegando em casa, com o sentimento de que era covarde o suficiente para esconder o acontecimento recente por muito, muito tempo.

Assim que Sunny foi levada para cima e posta na cama, Violet foi até a sala e Isadora para o quarto.

Na sala, Duncan colocava gelo na testa e respirava fundo, enquanto explicava para a esposa o que tinha acontecido.

- Quando eu cheguei, Klaus e Apolo estavam trocando socos, mas, em um ato cego, eu me meti, um soco me atingiu no olho e eu cortei Apolo.

Havia um toque de presunção em sua voz, e Violet bateu em seu ombro.

- Aí!

- Não seja infantil! Você poderia ter se machucado, Duncan.

Duncan deu de ombros, satisfeito demais para se importa.

- Eu me vinguei.

- Pelo que?

- Pelos dias em que eu estava me mordendo de ciúme.

Violet não resistiu ao rir. As mãos de Duncan a puxando para mais perto.

Um beijo foi celado e Violet foi levada para o colo de Duncan, que beijou seu pescoço. O ar saiu por entre os lábios de Violet, mas antes que ela pudesse falar, seus olhos se abriram de leve, e ao lado, ela viu pendurado em um cabide, um casaco.

Não qualquer casaco, mas o favorito de Quigley. Marrom caramelo, com pelo falso na gola e as mangas em bem firmes.
Quando um pensamento a atingiu, sua boca seguiu por instinto e com um arfar ela, disse:

- Quigley.

Duncan se afastou e a olhou confuso.

- O que?

Violet o olhou, notando o que tinha feito, enquanto ele tirava as mãos dela do corpo e se afastava.

- Violet, eu sou Duncan, não Quigley.

Violet negou violentamente.

- Eu sei, mas é que no hospital, ligamos para Quigley e ele não atendeu. Ele saiu de lá horas antes de nós, mas não está aqui.

Duncan permaneceu calmo.

- Ele pode ter ido trabalhar. O sinal não pega bem na trilha.

- Acho melhor ligar de novo, por garantia.

- Desnecessário...-Ronronou Duncan.

Ela o espetou com um dedo.

- Ele ligaria se fosse com você.

Duncan revirou os olhos, mas ligou para o irmão, enquanto a esposa mandava mensagem.

Quando Klaus se deu conta do que havia feito ao empurrar Apolo para longe do quarto, ele estava no carro, voltando para casa com Duncan

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quando Klaus se deu conta do que havia feito ao empurrar Apolo para longe do quarto, ele estava no carro, voltando para casa com Duncan.

Quando cada um foi sofrer sozinho, Klaus tomou banho e após se arrumar para dormir e colocar o gelo na cabeça, imaginou que torturas Isadora usaria.

Quando a esposa surgiu na porta do quarto, com o braços cruzados, Klaus soube que estava perdido.

Ele, que sempre havia sido bom cm palavras, as perdia quando se tratava de estar contra ou se defendendo de Isadora.

Seus olhos focavam no rosto dela, seus sentidos se bagunçavam e ele se sentia perdido. Klaus imaginava se grandes homens, como: Da Vinci, ou Shakespeare, também ficavam assim perto de suas esposas.

- E então?

Klaus respirou fundo, tentando não olhar Isadora.

- Apolo tentou se aproximar de Sunny. Eu o empurrei, ele me empurrou e o empurrei de novo. Ele me socou, eu devolvi e começamos a brigar. Duncan chegou, ele o socou e depois disso, Apolo saiu machucado, com a mão suja de sangue. Eu e Duncan fomos expulsos e viemos para casa, sozinhos.

Isadora apenas assentiu, falando: "Hm." E seguindo para o banheiro.

Se fosse só isso, não teria problema, mas Klaus conhecia a esposa e sabia que não era só isso. Segundos depois, Isadora saiu, também pronta para dormir.

Usava uma linda camisola rosa e enquanto dividia a cama com uma barreira de travesseiros, Klaus sentiu seu rosto esquentar.

- Isadora!

- Você sabe porque.

- Eu só perdi a cabeça.

- E agora, os travesseiros estão aqui.

- Os travesseiros que se fo...

- Boa noite, Klaus!

Isadora se virou, ficando de costas para ele.

- Isso não é justo!

- Não? Por quê?

Ela se virou e eles ficaram frente a frente.

- Se você tivesse se machucado sério, o que iria acontecer?

- Ele queria entrar no quarto e ver Sunny!

- E agora, você foi expulso de um hospital. Você poderia ter simplesmente pedido para que Apolo fosse mantido longe do quarto.

Klaus abriu e fechou a boca, como se procurasse argumentos do ar. Por fim, Klaus respirou fundo, vencido.

- Tudo bem, você está certa. Me perdoe!

Isadora assentiu e Klaus se aproximou com os olhos brilhando.

- Agora pode, por favor, tirar esses malditos travesseiros daqui? Eu quero abraçar minha esposa.

Isadora sorriu, se esticando e tirando todos os travesseiros, e eles começaram a se beijar, mas o coração do casal morreu quando o grito de Sunny soou pela casa.

Continuando: Desventuras em SérieOnde histórias criam vida. Descubra agora