Alarme

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Algo triste e alegre sobre a história de Sunny Baudelaire, é que, ela não se lembrava muito de suas aventuras quando mais nova, e algo triste, é que consequentemente, ela também não se lembrava de seus pais.

Tudo o que uma criança deveria aprender: Como nadar, como andar de bicicleta, como usar o garfo e a faca, etiquetas e postura correta foram ensinadas por Klaus e Violet.

Uma das poucas lembranças que Sunny tinha de sua mãe, era ela falando: "É importante saber reconhecer quando o alarme sooa, porque nem sempre, sabemos qual será o alarme."

Na mesma noite, Sunny Baudelaire recebeu três alarmes diferentes. Porém, antes de recebê-los, foi levada inconsciente para o hospital, onde após estava na entrada, se sentando ao lado de uma garota que agora tinha mão enfaixada.

Ele tentava consola-la, mas assim os Baudelarie's entraram ao lado dos Quagmires, segurando Sunny, sua feição mudou.

Ele se levantou enquanto a colocavam em uma maca, e se pós ao lado dela, segurando sua mão, confirindo seu pulso.

- Sunny...

O murmuro saiu baixo, e se eles não soubessem, poderiam jurar que nos olhos de Apolo, havia amor de verdade.

A mão dele foi até o rosto pálido dela e ele se virou para os irmãos, uma fúria tão forte que fez com que uma das enfermeiras recuasse.

- O que vocês fizeram?! O que fizeram com a Sunny?!

As mãos em punho, enquanto se aproximava de Violet. Em um passo forte, Duncan se pós na frente, ficando cara a cara com ele.

- Se afaste.

A voz de Duncan soou firme, mas calma. A mão dele, foi de encontro as costas da esposa, a mantendo atrás dele. Talvez não fosse o melhor momento, mas a forma como ele a protegeu e tocou, vez borboletas nascerem no estômago de Violet.

Apolo se afastou, encarando Klaus.

- O que aconteceu?

Klaus, ao contrário de Isadora que ficou repentinamente tensa, permaneceu calmo e impassivo, firme como uma Rocha.

- Não vejo como isso possa ser da sua conta, já que tem menos de um dia que viajamos e você já estava em um hospital, de mãos dadas com outra.

Apolo não se intimidou e ainda riu, com escárnio.

- Jenny é amiga de Sunny, e só o fato de vocês não saberem quem ela é, mostra que vocês não sabem nada sobre a irmã de vocês.

Antes que as discussões piorassem, Sunny foi levada para o quarto e por precaução, para garantir que o bebê de Violet estava bem, ligaram para Quigley e fizeram uma bateria de exames.

Quando Apolo tentou se aproximar do quarto, acabou que quando ninguém estava olhando, foi Jenny quem entrou e se sentou ao lado de Sunny, esperando ela acordar.

Quando Apolo tentou se aproximar do quarto, acabou que quando ninguém estava olhando, foi Jenny quem entrou e se sentou ao lado de Sunny, esperando ela acordar

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"Alguns dos fatos mais óbvios, são os que mais precisam ser falados, pois por vezes, podem ser os menos claros." - Por Amanda Krayne.

Quando Sunny acordou, a primeira coisa que a atingiu, foi uma pontada na cabeça, como quem recebeu uma bordoada. Quando abriu os olhos, tudo ficou momentaneamente embaçado, e por alguma razão, seu coração se acalmou de imediato ao ver Jenny sentada a sua frente, com um livro, e com uma das mãos enfaixadas.

Jenny era linda, e isso era um fato que não se negava, especialmente, quando distraída. Aquilo, por mais que fosse nítido, só fora percebido por Sunny naquele momento.

Quando os olhos verdes de Jenny foram até os de Sunny, ela sorriu e se aproximou a amiga.

- Oi! Como está se sentindo?

Sunny umideceu os lábios para falar.

- Bem... E você?

Os olhos dela foram para a mão da garota.

- Foi só um acidente no curso. Apolo me trouxe, mas...

Sunny esperou, e Jenny sabia que se não contasse, seria pior.

- Seu irmão, Duncan Quagmire e Apolo brigaram e foram proíbidos de entrar novamente aqui.

Sunny respirou fundo, passando as mãos no rosto.

- E Violet e Isadora?

- Estão em um consultório, garantindo que o bebê não seja atingido por estresse.

Sunny assentiu.

Poderia estar magoada, irritada ou frustada com a irmã, mas o bebê ainda era sobrinho ou sobrinha dela. E então, mais um pensamento ocorreu a Sunny, que voltou a olhar para Jenny, se sentando com cuidado.

Vários pensamentos e formas de expressão surgiram em sua mente, mas ela usou a menos grosseira.

- Você ficou.

Jenny assentiu, com um meio sorriso tímido.

- Eu só... Achei melhor ficar. Não quis te deixar sozinha nesse estado.

Um ar quente e doce soprou sob o peito de Sunny, o enchendo de carinho. A preocupação que havia sido prestada, a gentileza e o cuidado, a fizeram sorrir.

Sunny nunca havia realmente falado, mas adorava Jenny.
Era uma de suas únicas amigas, e era uma de suas leitoras mais fiéis. Sempre lendo, comentando, compartilhando e apoiando.
Ao contrário de Sunny, Jenny parecia literalmente brilhar.

Era isso que sempre atraia companhia para ela, aos olhos de Sunny. Brilho.

Puro e Dourado.

E sem ver, sem notar ou pensar no que estava fazendo, Sunny beijou Jenny, e Jenny, perdidamente apaixonada, retribuiu.

Continuando: Desventuras em SérieOnde histórias criam vida. Descubra agora