Depois da Chuva

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Alguns dialetos populares, nos fazem acreditar que após a chuva, vem o arco-íris, mas, isso é uma grande mentira.

Após a chuva, dependendo do clima, pode vir o sol, ou uma tempestade, que podem virar furacões, ventanias ou vendavais, para aí então, talvez, vir o arco-íris.

Era madrugada quando Apolo deixou o quarto de Sunny, usando a janela e saindo pelos fundos, o mais discretamente possível. Apesar de ter sido um gesto silencioso, ainda poderia ter sido visto por Klaus, Duncan e Quigley, se os três não tivessem dormido no carro.

O carro de Duncan era um daqueles carros antigos, de bancos macios e tanque confiável, para que quando estivesse investigando ou trabalhando, não chamasse atenção.  Ao contrário do carro de seus irmãos, já que Quigley tinha um jeep para trilha em tom escuro e Isadora havia comprado um novo e brilhante conversível vermelho assim que conseguiu.

Klaus e Violet possuíam o mesmo carro, mas um preto e um prateado, enquanto Sunny tinha ganhado uma moto de Narcisa.

Isadora e Violet por outro lado, haviam subido para um dos quartos de hóspedes, onde após Violet dormir, Isadora limpou sua pele, tirou seus brincos, seus sapatos e em seguida, dormiu junto a amiga.

A manhã na casa Baudelarie Quagmire havia começado com um grande e terrível clima pós evento.

Um clima pós eventos pode ter vários significados, como: o clima emocionante após um pedido de casamento ou o clima após entrar em um berçário bem cuidado. Entretanto, o clima que se passava na casa, era algo mais denso e pesado, como: o clima que se instala após um péssimo monólogo, ou nesse caso, o clima que se dá após uma discussão.

Violet e Isadora já estavam na sala de jantar quando Klaus, Duncan e Quigley entraram pelos fundos. Klaus passando as mãos poes cabelos, e pescoço, Duncan, após rapidamente trocar um olhar sofrido com Violet, subiu sem falar mais nada.

Isadora e Klaus se olharam, e então, Quigley se aproximou, pedindo espaço com o olhar para a irmã, que entendeu o recado e subiu as escadas com o marido.

Assim que o casal Baudelarie sumiu de vista, Quigley se aproximou de Violet, a abraçando, e permitindo que ela chorasse em seus braços. Após o último soluço, Quigley ergueu o rosto da mesma e a beijou nas bochechas.

- Quer me contar o que aconteceu?

Violet assentiu.

- Eu estava no escritório, em reunião quando Duncan chegou gritando e perguntando por mim. Eu saí, vi o desespero dele e acabei entrando na onda. Meus chefes me liberaram mais cedo e por fim, fomos para casa. No carro, ele me contou tudo. Eu fiquei tão assustada... Mas quando cheguei, não tinha nada, e as únicas provas dele eram as mãos sujas de sangue e o machucado de quando ele caiu.

Quigley assentiu.

- E você não acreditou nele?

- Eu não soube como acreditar na hora. Eu conheço ele e sei que ele não me prejudicaria, mas, na hora da confusão, eu...

As palavras escaparam de Violet, mas para sorte dela, Duncan, Isadora e Klaus não eram os únicos que eram bons entendendo palavras e frases não completas.

- Eu entendo. - Garantiu Quigley, beijando a testa de Violet e se sentando ao lado dela.

 - Garantiu Quigley, beijando a testa de Violet e se sentando ao lado dela

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