Capítulo 15

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JUNGKOOK

Ele ficou sem palavras. Seus lábios se moviam, mas não saía nada. Então ele fez a coisa mais esquisita.

Ele riu.

Gargalhou alto e de forma escandalosa. Colocou a mão sobre sua boca, mas não conseguia conter a crise de riso. Lágrimas escorriam por suas faces, e ele continuava rindo. Era um som que nunca tinha ouvido dele e, enquanto tinha de admitir que sua risada era altamente viciante, eu não estava achando graça por ele estar rindo. Endireitei-me, cruzando os braços.

— Não acho isso engraçado, Sr. Park.

Pensei que, ao ouvir me referir a ele formalmente, sua histeria iria acabar porque era isso que era para mim. O único efeito que pareceu causar nele foi rir mais. Bati a mão no granito. — Jimin! Ele se apoiou no balcão, secando os olhos. Ele olhou para mim, e começou tudo de novo.

Mais crise de riso. Saí da cadeira e segui direto para ele, sem saber o que fazer quando chegasse lá. Iria chacoalhá-lo? Estapeá-lo? Segurei seus braços e, sem pensar, apertei minha boca contra a dele, silenciando sua loucura de forma eficiente.

Aquele calor estranho desceu por minha espinha conforme o apertei contra meu corpo e o beijei. Usei toda a frustração que ele me fez sentir para puni-lo em silêncio.

Só que não pareceu uma punição. Foi prazeroso. Um prazer quente e pulsante.

Com um gemido, recuei, com o peito arfando.

— Terminou? resmunguei. Ele olhou para mim, finalmente em silêncio, e assentiu. — Antes que você comece de novo, Jimin, vai se casar comigo?

— Não.

Eu o balancei de leve.

— Você disse que casaria se precisasse.

Com um suspiro, ele me surpreendeu de novo. Segurou meu rosto, acariciando minha pele com os dedos.

— Alguém já te disse como você é impetuoso, meu querido?

— A espontaneidade me faz bem.

— Eu chamaria de cabeça quente, mas você pode chamar de qualquer coisa que te deixe dormir à noite.

— Por que está dizendo não?

— Jungkook, pense. Pense nisso. Se sua suspeita estiver certa, e Taehyung estiver desconfiando e você se casar agora, só vai deixá-lo mais desconfiado.

Olhei em seus olhos, e suas palavras foram absorvidas por meu cérebro. Dei um passo para trás, as mãos dele deixaram meu rosto e eu percebi que ele tinha razão.

— É, porra.

— Estou certo, sei que estou.

Eu detestava admitir, mas ele definitivamente tinha razão.

— Está sim.

— Desculpe o que disse? Ele zombou.

— Não abuse da sorte. Ele sorriu, e me ocorreu que ele não estava mais com medo de mim. Eu não sabia se isso era bom ou não. — Vamos adiar esta questão, Jimin.

Ele se desencostou do balcão, dando a volta em mim.

— Então conversamos depois. Ele ergueu as revistas, colocando-as debaixo do braço. — Tenho algumas coisas para ler. Vou pegar algumas ideias para meu quarto.

Ele começou a andar, e eu ergui uma mão para impedi-lo que saísse.

— Enquanto fizer isso, chame o zelador do prédio. Tem alguma coisa errada com a porta do meu quarto. Ele hesitou com os olhos arregalados. — Ah? Peguei uma maçã da fruteira, esfregando-a distraidamente na camiseta. — Eu nunca a tranco, mas está totalmente aberta quando acordo. Não sei o que há de errado. Peça para consertar.

O Contrato (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora