Capítulo 21

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Jungkook

Passar a noite com duas pessoas tensas e nervosas foi interessante. Taemin não era normalmente rígido, o que era desconcertante, mas Jimin foi a grande surpresa. Havia me acostumado com sua personalidade quieta, mas, naquela noite, ele estava falando muito. Incessantemente.

Entre mostrar a Taemin seus planos para a sala, "nosso quarto", fazer infinitas perguntas sobre a história da ioga, as perguntas generalizadas sobre cada membro da família Kim e do escritório, assim como qualquer outro assunto que parecia passar por seu cérebro, ele falava sem parar.

Também não se sentava. Ele ficava andando pela sala, usando as mãos para demonstrar suas ideias. Ele pegou, moveu, amarrou e endireitou cada objeto na sala pelo menos duas vezes. Ficava dando tapinha no ombro de Taemin, certificando-se de que ele estava bem, e a compressa fria que manteve no meu pescoço era trocada a cada vinte minutos.

Acho que nenhuma vez ficou à temperatura ambiente. Eu tinha de admitir que, quando ele ficava atrás de mim, falando, eu não me importava que seus dedos massageassem meu pescoço, ou com a forma que ele apoiava minha cabeça em sua barriga e passava os dedos em meu cabelo repetidamente.

O carinho era bom, e minha dor de cabeça começou a se dissipar, apesar da falação constante. Mesmo assim, seu comportamento era perplexo. Até Taemin ergueu a sobrancelha para mim mais de uma vez. Ergui um ombro, sugerindo a única coisa que fazia sentido quando Jimin não estava ouvindo.

— Ele também não gosta de tempestades.

Minha explicação pareceu satisfazer sua curiosidade. Lá pelas dez, a tempestade diminuiu, o trovão se tornou um ruído baixo e menos frequente, embora a chuva continuasse a bater nas janelas ao nosso redor. Taemin se levantou.

— Vou colocar meus fones de ouvido, aumentar a música e colocar minha máscara noturna. Talvez possa dormir antes de dar outro trovão.

Jimin se levantou também.

— Tem certeza de que ficará bem? Posso dormir na chaise e ficar por perto.

Taemin balançou a cabeça e a beijou na bochecha.

— Ficarei bem. Saber que está do outro lado do corredor vai ajudar. Só não consigo ficar sozinha. Geralmente, mamãe e papai estão quando Key está fora. Adam e Julia estão tão ocupados com as crianças e detesto incomodá-los. Vocês estão salvando minha vida hoje. Ele se abaixou e me beijou no rosto. — Obrigado, Jungkook. Sei que já me vê bastante no escritório. Realmente agradeço.

— Não há problema.

— Se precisar de mim, venha me chamar. Jimin ofereceu.

— Vou tentar não fazê-lo. Ele subiu os degraus, deixando-nos a sós.

Eu analisei sua linguagem corporal. Tenso era o mínimo. Se ele ficasse mais rígido do que estava, estaria com dor de cabeça logo.

— Ei. Ele se assustou e olhou para mim com os olhos arregalados. — O que há de errado?

— Nada. Por que pergunta?

Sorri.

— Você está como um gato no telhado quente a noite toda.

Ele se apressou pela sala, arrumando seus arquivos já arrumados, endireitando o jornal que eu estava tentando ler e pegando os copos para levar à cozinha.

— Não sei do que está falando. Está com fome?

— Não.

— Posso fazer um sanduíche.

O Contrato (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora